Point Of View: Lauren Jauregui.
– Vamos, Lauren. Iremos nos atrasar. – Ally me avisou.
– Eu não vou. – falei, colocando o travesseiro na minha cabeça.
Ally já estava arrumada, sentada na sua cama, usando um vestido branco de alças finas. Até ela iria, e ninguém a obrigou. No fundo eu acreditava que ficar tanto tempo confinada mexia com o psicológico dos outros.
– Se eu fosse você... Me vestiria antes que Normani chegue.
Me dei por vencida, me arrastando da cama até meu guarda roupa. Vesti uma blusa preta de mangas longas e uma calça jeans rasgada nas coxas e nos joelhos, calcei o primeiro tênis que achei largado em baixo da cama. Me olhei pela primeira vez no espelho, checando se minha aparência estava tão horrível assim, por sorte eu não estava tão ruim, passei as mãos alinhando meu cabelo.
Eu estava pronta.
As exatamente onze horas da noite, Normani bateu na porta. Ally abriu rapidamente, afinal Normani não poderia passar muito tempo do lado de fora, se algum superior passasse ela estaria encrencada. Logo elas entraram no quarto; a morena conhecida como minha melhor amiga, Lucy e também Verônica.
– Prontas? – Normani indagou.
Pronta eu não estava, mas eu não iria contrariar todos naquele momento.
Eu e Ally balançamos a cabeça positivamente.
– Aonde vamos? – perguntei, fechando a porta do quarto.
A verdade era que eu nem queria saber aonde iríamos, tudo que eu só desejava dormir.
– Bom, não é o melhor lugar do mundo. Mas é bem escondido e ninguém vai nos encontrar. – minha melhor amiga disse rapidamente.
– E onde seria esse lugar incrível? – meu tom era completamente sarcástico.
– O deposito de ferramentas.
Abri minha boca incrédula demais, perderia uma noite de sono para ficar em um deposito de ferramentas? Bom, eu sabia que poderia está bancando a chata do grupo, mas eu prezava por uma noite de descanso. Nunca fui do tipo que virava noites em baladas ou em bares, até porque a marinha sempre ditou regras e eu tinha que obedecer ou sairia.
Eu não pronunciei nada, contudo Normani parecia me ler a metros de distância.
– Sem piadinhas, Lauren. – eu sorri abertamente.
– Eu não ia falar nada.
– Você pensa que me engana. – ela rebateu.
Caminhamos segurando lanternas e me tremendo de medo de ser descoberta, porém para sorte de todos conseguimos chegar a cabana sem dificuldades ou surpresas.
– Conseguiram as bebidas? – Normani dirigiu o questionamento para Lucy e Verônica.
Elas sacaram da bolsa duas garrafa de vodka (que por sinal era a melhor, baseando na minha curta experiência de "alcoólatra").
– Que a festa comece. – Lucy levou seu copo.
Assim como todas nós fizemos em seguida.
Lucy havia conseguido maço de cigarros também, e eu me questionava onde ela teria arrumado tantas coisas em tão pouco tempo. Não fiz questão alguma de perguntar, aceitei prontamente quando ela me ofereceu o cigarro que ela fumava aceso.
Aquele era um dos vícios que eu não havia me livrado, desde quando servia a Marinha, foi um hábito que eu adquirir, contudo havia diminuído em grande escala se eu fosse comparar com aquela época.