11. Narração 🔥

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Felix está sentado na pequena mureta do terraço da escola. O acesso para alunos nessa área é completamente estrita por ser um canto perigoso, mas em meio a tantas pessoas que nem sequer fazem questão de olhar em sua cara e a energia se pesar sempre que respira no mesmo ambiente que eles, é sufocante. Estar sozinho nesse lugar se tornou costume, vem sempre quando não está em um dos melhores momentos, acima de tudo, é confortável de se estar.

O cortante vento desse inverno que começou há pouco tempo bate contra sua pele pouco protegida, o céu está nublado, respingos de chuva caem sobre sua pele, e o Lee sente todo seu corpo tremer, os pelos eriçarem e os lábios ressecarem rapidamente. Está sem roupas pesadas porque saiu apressado de casa, porta apenas o uniforme escolar para a estação, portanto não é o bastante para esquentá-lo. Acordou atrasado após pegar no sono tarde, fazendo deveres atrasados e por isso, na pressa, esqueceu completamente de um agasalho.

Isso o deixa ainda mais frustrado. Quem sabe, durante a semana, acabe adoecendo, o que é pior, dado suas circunstâncias em que se vive. Sozinho. Tomar conta de seu próprio corpo estando saudável é uma luta, doente, só deixa as coisas mais catastróficas, de toda forma, nada que não venha fazendo há bons anos.

Contudo, sua chateação não é apenas por não estar coberto, tampouco porque as pessoas entortam a cara quando está perto, nem mesmo pela exagerada lerdeza de Hwang HyunJin, acima de tudo, por não controlar suas emoções e descontar em que estava sendo o único a se mostrar interessado nele de verdade, a quem estava fazendo uma amizade sincera. Se sente um babaca, um otário. Dentro de seu âmago há um sentimento de arrependimento, que o faz pensar em como tratou o Hwang de forma estúpida, tão pior de como chegaram a o tratar e o tratam.

Sua ignorância, às vezes, passa das barreiras. Não é porque ele quer, mas sua impulsividade machuca quem não espera. Até mesmo ele, e isso o deixa doente. Acredita que as coisas ruins que vem fazendo o deixam dessa forma, e nem se compara com um resfriado.

O Lee está com a cabeça baixa, há um desconforto, tanta dor que o resto de seu corpo reclama. Então ele se envolve com os braços na esperança de amenizar o frio, suas lamúrias, o peso que carrega e nunca para de aumentar. Ao que encara as pessoas embaixo, sente que é como eles: pequeno. Pela primeira vez se sente parecido, se sente humano, não monstro como falam, por outro lado, mesmo assim, estão sempre com alguém.

Felix não sabe como e nem quando chegou a esse ponto, às vezes sente ciúmes de ver os outros sorrindo e brincando, enquanto ele, estuda, trabalha e trabalha, quase não tem tempo de se dar mimos ou respirar corretamente, tão puxado é sua rotina. Hyuna, uma moça que está sempre com ele no trabalho, ofereceu uma vez sua casa e a do namorado para que morasse com eles, é claramente mais confortável, mas pensou que estaria atrapalhando a privacidade e então negou.

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