Capítulo 12

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O nosso plano era ficar o dia todo juntos na cama, mas isso não pode acontecer porque Juampy queria minha presença sem falta hoje na pista para tirar as medidas para o figurino da final da competição. Entramos de mãos dadas, cumprimentamos Morgana na recepção e fomos até a pista onde o resto do pessoal estava. Ruggero passou pra trás de mim me abraçando e dizendo o quanto eu estou maravilhosa, eu dava risada quando ele raspava a barba na pele descoberta do meu pescoço. Era uma cosquinha excitante.

— Amor, sério você é muito gostosa!

— Ruggero! – o repreendi rindo e batendo na sua mão.

— Só tô falando a verdade, baby.

— Você é um pervertido.

— Quem é vivo sempre aparece! – Guillermo exclamou assim que eu entrei.

— Ah me deixa, eu nem ia vir! – resmunguei encostando minha cabeça no ombro de Ruggero que deixou um beijo na lateral do meu rosto. – Gui, esse é o Ruggero, você já o conhece. Vida, esse é o Guillermo meu parceiro de patinação.

— Sabia que ela te usou pra fazer ciúmes em mim? – Ruggero perguntou divertido me apertando mais quando eu tentei bater nele.

— Mentira! Minha mãe disse que você é bonito e eu só concordei. – eu justifiquei rápido me embolando nas palavras.

— Aliás, você também é muito cheiroso! – novamente tentei bater nele, mas ele me segurou mais forte.

Guillermo só sabia rir, senti meu rosto quente sabia que eu estava vermelha por isso escondi meu rosto no pescoço de Ruggero, seu peito vibrou com a risada gostosa que ele soltou.

— Você é um babaca! – falei baixinho perto do seu ouvido.

— Você não achava isso hoje de manhã! – ele sorriu malicioso, acertei um tapa no ombro dele antes de Marcelo, o figurinista me chamar.

Marcelo tirou minhas medidas enquanto a gente conversava animadamente sobre o figurino da final, ele disse que tinha um figurino ideal para mim e que ficaria divino no meu corpo. Quando ele terminou me virei para voltar para onde Ruggero e Guillermo estava, mas acabei esbarrando com Júlio que estava atrás de mim.

— Desculpa. – sorri em educação e tentei desviar, porém o abençoado me segurou.

— Posso conversar com você? – ele perguntou ainda segurando meu braço.

— Sobre? – puxei meu braço com força tirando das mãos dele.

— Sobre alguns passos que eu e a Valery não conseguimos fazer e você e o Gui sabem perfeitamente.

— Olha Júlio, outro dia eu te ajudo ok? – forcei um sorriso tentando passar por ele novamente. – Com licença, mas vou voltar lá com meu namorado.

— Espera. – ele segura meu braço de novo. Lancei um olhar impaciente para ele. – É... eu queria saber de você gostaria de sair comigo um dia desses? – ele coçou a nuca, sem jeito com o convite.

— Olha Júlio, nada pessoal, mas eu já tenho namorado e da mesma forma que eu não gostaria que ele saísse com uma mulher ele, ele também não gostaria que eu saísse com outro. – me afastei quando percebi que seu corpo estava próximo demais do meu.

— É apenas como amigos, Kah! – ele sorriu e eu pude ver a maldade naquele sorriso. Esse menino me dá medo.

— Desculpa Júlio. A resposta continua sendo não. – puxei meus lábios em um sorriso falso e sai de perto dele indo em direção a Guillermo que ainda conversava com Ruggero, mas havia mais uma pessoa ali, a loira estava de costas para mim e pude ver sua mão com as unhas grandes e vermelhas passando pelo braço do meu namorado. Ruggero tinha um sorriso incomodado nos lábios e tentava desviar das mãos ousadas de Valery.

O que deu nesse povo hoje?

Quando cheguei perto o suficiente para Ruggero me ver, ele abriu um enorme sorriso, retribui selando nossos lábios em um selinho simples.

— Demorou amor. – ele reclamou agarrando minha cintura. – Já estava com saudades dessa sua boca. – capturou meus lábios novamente em um beijo gostoso.

— Vocês são tão doces que me deu até diabetes. – escutei Guillermo dizer, separei meus lábios do de Ruggero para gargalhar.

— Vai pegar a insulina, anjo. – me virei para meu amigo. Valery ainda estava ali com os braços cruzados e olhando com raiva para as mãos de Ruggero em minha cintura.

— Oi, Valery, acho que você já conhece meu namorado, né? – sorri cínica ainda com minhas mãos na nuca do italiano. – Príncipe, essa é Valery, ela faz parte da equipe. Bom, já vamos indo. Bye.

Quando pisamos na calçada Ruggero solta uma gargalhada alta, ele inclina o tronco pra frente se apoiando no próprio joelho enquanto ainda gargalha. Olhei para ele sem entender merda nenhuma, apoiei minhas mãos uma em cada lado da minha cintura esperando a crise de risos dele parar.

— Tá rindo por que, oh retardado? – perguntei impaciente depois de 2 minutos de crise de risos dele.

— Você é muito ciumenta, linda! – ele me abraçou ainda rindo. – Meu Deus o que você não tem de altura, tem de ciúmes.

— Ah vai se fuder, Pasquarelli! – bati no ombro dele ficando com minhas mãos presa ali quando ele me abraçou mais forte me apertando contra ele.

— Você é incrível, adoro quando você é ciumenta, minha baixinha! – ele beijou minha testa, tentei segurar o sorriso, mas não deu, quando eu percebi já estava sorrindo que nem idiota.

— Você é um babaca! – resmunguei divertida beijando seu maxilar.

— Eu te elogio e você me xinga? Que tipo de relacionamento é esse? – ele se afastou um pouco me olhando indignado.

— O tipo de relacionamento que vai dar certo por que está perfeitamente equilibrado. – ergui as sobrancelhas sorrindo confiante.

— Você não sente frio né? Por que você sempre está coberta de razão!

Gargalhei alto me soltando dele depois de ficar na ponta do pé pra beijar sua bochecha.

— Você está certíssimo, italiano.

— Vamos para casa, minha mexicana não mexicana?

— Mexicana não mexicana? – olhei confusa para ele parando de andar.

— Sim, você nasceu aqui, mas viveu boa parte da sua vida no México e seus pais são mexicanos.

— Faz sentido. – dei de ombros segurando a mão dele. – Você é tão inteligente. – zombei fazendo voz fofa. Bati meu dedo na ponta do nariz dele o fazendo rir.

— Bobona.

— Nossa Ruggero, que boca suja.

— Haha, engraçadinha você hein? – ele me abraçou por trás me erguendo do chão e correu pela calçada chamando atenção de todos que passavam ali.

Amanhã provavelmente sairia matérias sobre isso e o twitter iria à loucura, mas eu estava pouco me importando com isso, eu estava com meu italiano.

Oi oi amores da minha vida, como vocês estão?
Capítulo curtinho, mas já avisando preparem o coração.
Beijos no core e até o próximo.

Corrigido.

𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐅𝐚𝐦𝐨𝐮𝐬 || 𝐑𝐮𝐠𝐠𝐚𝐫𝐨𝐥 Onde histórias criam vida. Descubra agora