Karol é uma mulher que não liga muito para essas coisas de internet e gente famosa, ela tem, digamos que uma repulsa por possas desse tipo. Traumatizada por um namoro de adolescência, ela decide não se envolve amorosamente com ninguém.
Tem 24 anos...
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— Não temos nada para conversar! – voltei a andar em direção a mesa, mas ele segurou meu braço me virando para ele.
— Temos sim, eu preciso falar com você. – suplicou dando ênfase no 'eu'. Agora suas duas mãos estavam em meus braços me segurando sem me machucar, me impedindo de sair. – Eu sei que eu fui um idiota, que eu te magoei demais, eu te peço desculpas por que nunca foi a minha intenção de fazer isso com você. – ele suspirou abaixando o olhar. – Você é boa demais para mim Karol! Agustín me fez perceber isso quando a gente conversou, ele me contou o que você passou com seu ex, e eu sinto muito por ter sido igual a ele. Malena ficava falando no meu ouvido e eu só queria me livrar dela.
— Pelo que eu vi você não parecia nada incomodado com a presença dela. – ri irônica virando o rosto para olhar em outro lugar sem ser ele.
— Ei. – ergueu sua mão ainda tocando na minha pele me fazendo arrepiar, depois colocou em meu queixo erguendo para olha-lo. – Eu detesto a Malena, ela é uma megera, eu não consigo ficar perto dela, mas eu fui obrigado por Gary.
— Ah estava demorando muito para você jogar a culpa em alguém. – me soltei dele cruzando os braços. – Assuma seus erros, Pasquarelli.
— Eu assumo, assumo que fui um fodido quando fingi que nada entre nós aconteceu, assumo que fui um baita filho da puta quando virei às costas para você! – ele bufou passando a mão nos cabelos. – Karol, você tem noção que nesse último mês eu não consegui fazer nada, eu só consigo pensar em você, você está em toda parte no meu coração e na minha cabeça!
— Pensasse nisso antes de fazer merda.
— Mas eu não pensei ok? Eu sou a merda de um ser humano que erra. Karol, você se tornou o meu tudo, eu preciso de você.
— Pois eu não preciso de você. – me virei para voltar a andar.
Quando estava perto da mesa senti meu corpo ser virado rapidamente e lábios macios tocarem o meu. Ruggero estava me beijando, na frente de todos os nossos amigos, ele agarrou minha cintura aproximando mais meu corpo do corpo dele. Não tive forças para me afastar dele, mesmo não admitindo eu gostava dele e também precisava dele.
Separamos-nos devagar, meus olhos se perderam nos olhos dele, quando o pessoal começou a gritar eu voltei pra realidade e me afastei dele correndo para fora do restaurante. Quando me aproximei do carro de Agustín fiquei escondida ali, o carro de Jorge estava longe do dele e provavelmente Ruggero iria com ele.
Por que eu tenho que gostar desse babaca? Por que essa merda sempre acontece comigo? Eu nunca tenho sorte no amor, eu sempre apanho da realidade quando eu começo a gostar de alguém. Ok ele sente a mesma coisa por mim, mas falar é uma coisa, qualquer um pode falar um sentimento que ela não está realmente sentindo. É por isso que eu odeio falar sobre sentimentos, para mim uma demonstração vale mais do que mil palavras.
