※ Sete ※
Sou uma vilã de verdade sim. E uma muito boa. Sou uma vilã que irá alcançar as maiores conquistas já sonhadas por qualquer vilão realmente bom. Eu serei a chave para a gloria da vilania, derrotando todo e qualquer herói orgulhoso e sintético que se coloque no meu caminho.
Nós somos vilões, Cinco, Seis, Oito... Eles são como eu, são valiosos e únicos. Nós somos especiais.
Nós somos o trunfo do que é desumano.
Montros invencíveis.
Ninguém irá nos parar, não importa o que aconteça ou o que seja posto em jogo, risco é fundamental, estamos dispostos a correr todos. Sem hesitar.
Este homem grande e com um sorriso brilhante e irritante logo irá cair e ser esmagado por nossos pés também. Assim como seus amigos foram. Não me importa o quão difícil seja, vamos derrota-lo. Preciso ajudar os outros agora, preciso vencer esse escuro sombrio que cerca meus olhos e voltar a superfície para lutar ao lado deles. Podemos vencer qualquer coisa juntos.
Por isso... Por isso... Preciso acordar!
VAMOS SETE, ACORDE! ACORDE! ACORDE!
..........
— ...te.
......
— ...indo?
....
— ...ete!
..
— ...vindo?
.
— Sete, está ouvindo?
Ouvi uma voz conhecida chamando de longe, o som estava abafado de mais, como se meus ouvidos estivessem sobre pressão. Um rosto começou a se formar na luz branca que ofuscava minha vista e fazia meus olhos arder. Aos poucos, quando foi tomando forma, fui identificando quem era, e quando o fiz não podia acreditar nos meus olhos. Tentei mexer os braços mas meu corpo todo estava paralizado, eu sentia cada músculo, pareciam estar rasgados, enquanto meu coração batia tão devagar que pensei que iria parar em breve.
— O qu...
— Ah, você finalmente acordou. Otimo. Vou reportar isso.
Minhas palpebras pesadas aos poucos foram se erguendo, enquanto a pupila se acostumava com a luz do ambiente e eu enfim pude ver onde estava. Uma sala cheia de aparelhos médicos e um armario com frascos estranhos numa língua que não sei identificar de longe. Era diferente da sala da base, não... Não tem como ser a sala ou qualquer laboratório lá, eu queimei tudo, destruí tudo, deixei a lava tomar conta de tudo. Isso não foi um sonho. Virando o rosto para o lado, sentindo meu pescoço estalar, vi o corpo de Oito desacordado. Senti algo totalmente contrário as minhas chamas, era frio e mórbido, morte. Mas ele não estava morto, era só o medo da morte, de que ele estivesse morto, de que fracassei ao tentar liberta-o. Oito respirava bem devagar, nada nele se mexia muito, seus dedos estavam todos enfaixados, os corativos subiam até os ombros. Ele tinha cicatrizes no rosto e braços também.
— Onde est..ta...
— Shhhhhh.
Uma mão gelada tocou meu braço e a picada de uma agulha furou minha pele. Virei e dei de cara com o doutor Cohrl, concentrado em grudar esparadrapos para que a agulha não saisse da minha veia. Eu estava tão confusa que nem conseguia raciocinar. O que? Como? Por quê? Onde?
— Não foi um sonho. — Ele começou dizendo, colocando a ultima fitinha sobre a agulha. — Vocês destruiram mesmo a base subterrânea das montanhas.
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Akai Tenshi - Anjo Vermelho
FanfictionEla foi criada para ser a queda de todos os heróis. Com um passado orquestrado para que o ódio fosse seu maior companheiro e vingança corressem em suas veias. Sua motivação não passa de um intuído construído por homens loucos e mentirosos, desejand...