12.

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Teve uma época que eu tinha vergonha do meu corpo de proporções grandes, então antes de me aceitar e me empoderar como uma pessoa que foge do padrão de estética convencional da sociedade, buscava me satisfazer sexualmente sozinha. Era sempre mais fácil para eu me relacionar emocionalmente com alguém do que sexualmente porque eu teria que mostrar partes de mim as quais não me orgulhava e não me sentia confortável em exibi-las. Creio que a fase mais difícil da minha existência foi de fato a adolescência porque eu sofria bullying constantemente e quando raramente surgia alguém verdadeiramente interessado em se relacionar comigo, eu simplesmente o afastava porque a insegurança me fazia cometer autossabotagem, não me sentia sensual, nem acreditava que alguém poderia se atrair por mim e me desejar com tanta fartura para oferecer. Quando finalmente consegui me libertar dos preconceitos que eu dirigia a mim mesma influenciada pelas pessoas ao meu redor, pude me entregar sem pudores ao ato carnal, porém só quando havia interesse amoroso da minha parte. Também não foi muito fácil entender minha sexualidade complexa, mas hoje posso respirar aliviada porque venci a mim mesma me conhecendo profundamente. E quando consegui adquirir o domínio de mim mesma a opinião alheia não pôde mais me limitar e afetar. E se eu realmente quisesse emagrecer, também não teria problema algum em admitir isto, porém eu não almejo e nem vejo necessidade de fazer nenhuma cirurgia por agora e estou 100% feliz e satisfeita com minha situação atual, seja ela psicológica e física, além da afetiva é claro... Eu abri mão de um orgulho bobo e enfrentei meus receios para arriscar me acertar com Diana e estar na presença dela é inestimável.

Ela não pode ser a única a me dar prazer. Também ansio sentir o gosto de seu fluido, me saciar nele e fazê-la arfar de êxtase. Então a puxo para mim com uma certa agressividade e a beijo intensamente. A empurro para que fique na posição em que eu me encontrava e começo tirando suas roupas. Diferente de mim, Diana não possui nenhuma intervenção artística. Sua pele é totalmente natural como veio ao mundo, nela não há tatuagens e muito menos piercings, somente algumas pintas de nascença, sequer há estrias ou celulites. Diana também não é de usar acessórios como brincos, colares e pulseiras, no máximo anéis e relógios. É como se estivesse despida para uma fisiculturista, entretanto, não me sinto nada envergonhada, tímida ou insegura. E ao contrário do que ela me fez pensar assim que nos conhecemos, se mostra muito excitada com minhas formas cheias. Isto tornou-se bem óbvio agora que já estou com minha boca na sua intimidade pulsante, depois de me esbaldar em seus seios de um tamanho médio com aréolas acastanhadas e mamilos pequenos. Ela entranha os dedos de unhas curtas nos meus cachos e geme exultada com a destreza com a qual lhe faço um oral. Diana está absurdamente molhada e eu me lambuzo em cada gota de sua excitação me causando a mesma ou mais poderosa satisfação do que eu à ela. E em poucos minutos ela atinge o ápice tremendo com minhas mãos segurando fortemente em suas coxas e minha língua deslizando em movimentos circulares por seu clitóris já menos tenso graças ao orgasmo. Aproveito para abrir os olhos e analisá-la com os seus fechados delirando com o cume de seu prazer. Ela os abre e percebe que eu ainda estou olhando-a, sorri de canto com a descoberta porém nada tímida e sim corada por suas expressões faciais serem o centro da minha atenção, e eu a acompanho.

— Vem cá, senta na minha boca — ela pede com uma voz recheada de lascívia e eu sinto até minha alma estremecer.

Hesito me recordando da fase da minha vida que eu tinha pânico de ficar por cima da pessoa numa relação sexual. Eu tinha medo dela se assustar, não aguentar meu peso ou perder o desejo me vendo por este ângulo. Contudo, Diana não me dá tempo de falar ou pensar mais nada, simplesmente me puxa e em questão de segundo estou sentada em sua boca com sua língua ávida me proporcionando mais prazer. Ela deixa a língua rígida e me penetra até o fundo, enquanto segura firme nas minhas nádegas, revezando por minha cintura, quadril e até minhas gorduras abdominais. Acho que não é só impressão minha e ela sente prazer em me apertar dessa maneira. Há um tempo até esse simples gesto me incomodava imensamente, hoje eu só quero ser plenamente de Diana sem me importar com um resultado de balança porque o amor e o tesão que existe entre nós jamais o superará. Eu já desnudei minha alma para ela. Ela já me conhece inteiramente sem máscaras e não há do que eu me envergonhar. Somos uma da outra e estamos entregue a um oceano de impossibilidades...

Seguro em sua cabeça com uma das mãos e a outra resvala para sua fenda úmida que recebe dois de meus dedos num ritmo frenético. Ela geme respirando descompassadamente na minha vulva e eu correspondo em uníssono.

De repente, ela para com tudo e me coloca de quatro. Há um silêncio e em seguida escuto apenas um grunhido de sua parte para depois ganhar um tapa muitíssimo forte na minha nádega direita.

— Caralho Gwen! — ela deita sobre mim e sussurra empolgada em meu ouvido. — Você tem noção do quão gostosa é com tudo isso?

Solto uma gargalhada:

— Pior que tenho sim...

— Assim que eu gosto! Bem dona de si e se garantindo... — complementa com uma risadinha significativa ainda com a boca colada na minha orelha e eu tenho imediatamente um orgasmo auditivo.

Me pego rindo novamente só que de júbilo.

Diana se afasta, percorre a língua quente e eufórica por minhas orelhas, nuca, pescoço, costas até chegar nas minhas nádegas, movê-la em espirais, dar mordidas ( meu Deus, devo estar toda vermelha e amanhã ficarei roxa e dolorida, mas eu amo as dores prazerosas)...

Ela volta a introduzir a língua na minha vagina e salivar em mim me deixando de pernas bambas com tantas sensações deleitosas a serem digeridas, e logo sou invadida por um de seus dedos, depois por outro e eu sou fodida com precisão e rapidez. Rebolo em sua mão e a ouço lufando com a visão. Mais um de seus dedos adentra minha abertura relaxada e são necessárias apenas mais algumas estocadas para que eu me desmanche num orgasmo violento ao ponto de me tremer toda.

Mas não demoro a me recuperar. Me ajoelho em frente a ela para que possamos ficar mais ou menos na mesma altura levando em conta que ela é exageradamente alta e colo nossos lábios enquanto meu dedo do meio vai de encontro a seu sexo novamente, entrando e saindo sem parar.

Insaciáveis é a palavra que nos define no momento e eu creio que uma vida toda ao lado de Diana será insuficiente para expressarmos fisicamente todo nosso sentimento.

O Amor Na Balança ( Sáfico) Onde histórias criam vida. Descubra agora