Fantasmas não são apenas espectros vazios de pessoas mortas
Você se torna um, e por vezes nem nota.
Sinto falta de uma parte de mim que amava
Aquela louca, alegre, que se importava.
Costumava andar com um sorriso, sem forçar ou esperar,
Nada disso.Era mais que momentâneo. Simplesmente espontâneo.
Um bom-dia sempre me saía dos lábios
Um desconhecido com graça era presenteado.
Mantinha conversas por horas a fio
Mesmo sem assuntos mútuos ou importantes.
Fazia até o clima ficar interessante.Era autêntico, esperto, falante
Era a parte que eu mais gostava em mim, aquela não torturante.
A que eu não fingia, aquela que eu não mentia
Nem me deixava preocupado.
A que me fazia ser quem sou,
Ou quem eu era.Não sei mais.
Sinto falta da minha energia,
De conversas sobre livros que se estendiam pelo longo dia.
Não consigo manter um papo decente.
Me sinto inquieto, sem assunto e pronto para fugir,
O que me surpreende.
Vasculho minha mente em busca de assuntos
Mas parece que eles fugiram para outro mundo.Não falo com desconhecidos.
Não sorrio mais com facilidade.
Pode ser o peso da idade?
Fazer gentilezas me deixa nervoso
Fico pensando que a pessoa pode não aceitar
E talvez me tratar mal
Odeio fazer papel de bobo.Mas talvez esteja na minha cabeça.
A inquietação, a paranóia, a dor, a desesperança, a insegurança, a ansiedade.
Desejo que tudo isso desapareça.Me tornei uma sombra do que já fui.
Quieto e calado.
Meio atormentado.
Sempre me sentido rejeitado, mesmo sem motivo.
Sou um espectro do que quer que já tinha sido vivo.
Apenas vagando por minha existência.
Não demonstro mais resistência.
Deixo acontecer.Se eu morrer...
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Textos Não Tão Cruéis Que Devem Ser Lidos Rapidamente [Concluído]
RandomEscrever é como respirar. A inspiração invade meus pulmões, corre por minhas veias e é expirada em uma corrente ininterrupta de palavras. Confusas, desordenadas e um tanto poéticas. Nesse contexto, respirar é como ser livre. Sem medos, sem amarras...