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Livro 1
Série Homens de Honra
Abigail Wright estava desesperada e orando por uma solução em sua vida. Sua fazenda estava caindo aos pedaços, seu gado e seus cavalos iam morrer de fome e ela não sabia como sobreviver sozinha no i...
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Levanto da cama sem fazer barulho e observo minha esposa dormindo, todos esses dias não consigo dormir direito, estou muito preocupado.
— Ava, porque você mentiu que estava evitando a gravidez? — Pergunto sem obter resposta. Com o passar dos meses sua barriga cresceu, mas ela está definhando a cada dia. Sempre perguntei se estava usando a esponja para evitarmos uma nova gestação, ela sempre confirmava, mas descobri que mentiu para mim quando sua barriga começou a aparecer.
Tudo por causa dessa obsessão em ter um filho homem, sempre lhe disse que estava satisfeito com nossas filhas. Nessas últimas semanas permanece deitada e dormindo muito. O médico nos avisou que não poderíamos engravidar muitas vezes seguidas, tenho medo que sua teimosia a leva à morte.
Ando em direção ao armário e pego a jarra, faço a higiene matinal, troco de roupas e saio sem fazer muito barulho, na cozinha a governanta está fazendo o desjejum.
— Bom dia, senhora. — A cumprimento assim que entro.
— Bom dia, patrão. Minha filha vai chegar para cuidar das meninas.
— Obrigado. — Sento à mesa e tomo um café da manhã farto. Preciso me alimentar para fazer o serviço pesado.
Termino de comer e vou para os campos, o inverno acabou há pouco tempo e estamos preparando a terra para o plantio. Trabalho no sol, preparando o terreno e plantando as sementes, volto antes da hora do almoço, e continuo muito preocupado.
Paro na bomba manual lavando as mãos, o rosto e me refresco. Hoje de fato é um dia quente. Entro na cozinha e minhas filhas estão sentadas à mesa comendo, sorrio dos seus rostos sujos.
— Papai. — Vou até elas e beijo seus cabelos.
— Minhas filhas. — Vou para próximo da governanta e falo baixo para que elas não escutem. — Como minha esposa está? — seus olhos demonstram preocupação.
— Patrão, a senhora comeu um mingau e dormiu a manhã toda. A barriga está arriada, o menino deve nascer para esses dias. — Solto o suspiro alto de insatisfação. Não me conformo com o que minha esposa fez, ela sabia dos riscos e não pensou nas nossas filhas. Se ela morrer, como vou criar meus filhos sozinho?
Sento e como um pouco para não perder o apetite para o almoço, termino de comer e ajudo as meninas a terminarem seus lanches e as levo para sala, para brincarem com suas bonecas no tapete, as deixo ali e vou até o quarto abrindo a porta devagar.
Olho para minha esposa dormindo, sua pele está pálida e ela tem olheiras escuras ao redor dos olhos, nessas últimas semanas ela está emagrecendo muito, parece que está definhando.
