Secrets of Past (A.I)❀

We could be friends ❀

"Sei que é meio incomodo logo no primeiro dia de trabalho estar a pedir-te isto mas, não te importas de jantar comigo? Preciso de rever um contrato e..." – interrompi-o, levantando-me.

"Tudo bem, Sr. Collins." – sorri. – "Espero por si na receção." – arrumei rapidamente as minhas coisas não lhe dando oportunidade de dizer qualquer coisa.

Optei por descer pelas escadas já que tinha que ligar a Luke para o avisar do cancelamento dos nossos planos de uma maratona dos meus filmes favoritos.

"Luke?"

"Não, é o Ashton. O que é que queres?" – a voz rouca de Ashton soou do outro lado, arrepiando-me.

"Podes dizer ao Luke que vou chegar tarde? Para ele não se preocupar." – suspirei.

A minha vontade de falar com ele era nula, contudo não queria que Luke ficasse preocupado por causa da minha demora a chegar a casa.

"Porque é que vais chegar tarde?" – inqueriu.

Estranhamente, a sua respiração estava a ficar cada vez mais acelerada, sendo que não aprecia a única no mesmo ambiente que ele.

"Não te interessa! Faz o favor de avisar o Luke. Adeus."

Desliguei o telemóvel e concentrei-me na tarefa de descer aquelas escadas sem cair. Quando cheguei à receção, o Christian já lá estava à minha espera .

"Peço desculpa." – sorri envergonhada por ter chegado atrasada.

"Tudo bem." – abriu um sorriso divertido mas reconfortante, como se realmente não se importasse com o meu pequeno deslize.

Saímos da empresa, o seu corpo sempre razoavelmente afastado do meu, como se soubesse que repudio ser tocada por homens que não sejam o Luke.

A noite estava fria sendo possível vislumbrar o vapor de água que saía das nossas bocas, bailar no ar. O céu estava escuro tendo apenas a lua para o iluminar, nem as estrelas tinham aparecido naquela noite sombria.

Apertei o casaco contra o meu corpo, tentando diminuir o frio que entrava pelas minhas roupas dentro.

Entramos no seu carro e ele rapidamente o ligou. O seu cheiro pairava por todo o lado e, juntamente com o ar quente do ar condicionado do carro, criava um ambiente agradável. Tão reconfortante que chegava a deixar-me sonolenta.

"Não adormeças." – brincou.

"Está difícil." – sorri, virando-me ligeiramente para ele.

De perfil, o seu rosto parecia ainda mais bonito, os seus olhos verdes e intensos continuando a ser o ponto que mais se destacava.

"Não me trates por senhor, por favor, faz-me senti um velho." – riu.

"Tudo bem. Só estava a tentar ser profissional." – ele sorriu, mas não disse mais nada, de modo que a sonolência voltou.

Depois do que pareceram longos minutos, ele estacionou em frente a um restaurante que eu não conhecia. Saiu do seu carro abrindo a minha porta logo de seguida.

Quando entramos no estabelecimento, muito mais quente que o ambiente do lado de fora, o rapaz que se encontrava ali à entrada sorriu para Christian.

"Há quanto tempo, Chris." – abraçou-o e brindou-me com um grande sorriso.

"Daisy, este é o Harry. Harry, esta é a Daisy uma...hum...amiga." – sorriu para o amigo.

O rapaz sorriu para mim mas rapidamente se voltou para o amigo novamente.