Protegida (CONCLUÍDO)

Capítulo 26 - Mire, respire e atire

Narrado por Matt

Esteban: Você só usa a arma em último caso, você trabalha na segurança e não no exército, até no exército eles sabem disso.

Esteban: Mire, respire e atire. – ele levanta minha mão que segura à arma, eu tremo um pouco e apoio com a outra mão.

Esteban: você tem que ficar confortável, busque manter a postura e a arma sempre erguida. – eu faço que sim com a cabeça e respiro novamente, escuto alguns disparos e me assusto, eu não apertei o gatilho.

Daryl: CARA, ISSO É DEMAIS!

Antônio: a sensação é boa não é? A arma te dá poder.

Daryl: isso foi incrível! – engulo em seco e olho para meu irmão, não sei como ele conseguiu, eu tremo só de segurar a arma.

Esteban: mantenha a calma Matt, lembre-se você só usa a arma em último caso.

Matt: tudo bem, tudo bem. – abaixo a arma por um segundo, arrumo minha postura, tento relaxar os ombros, levanto a arma novamente, Miró no alvo logo à frente e atiro uma vez.

Esteban: bom, de novo. – eu atiro novamente mantendo a posição.

Esteban: vamos lá Matt! – eu disparo a arma mais umas cinco vezes e paro, Esteban aperta um botão e o alvo vem para onde nós estamos e consigo ver onde acertei os tiros, no braço, no ombro, acima na barriga e os outros passaram longe.

Daryl: pelo menos acertou em algum lugar.

Matt: quantos acertou? – ponho a arma em cima da mesa e viro para ele pondo as mãos no bolso da calça.

Daryl: vem ver. – ele fala todo animado, eu o sigo até a mesa dele, o alvo no qual ele atirou já está ali, ele teve mais acertos que eu, joelho, ombro, barriga, peito e um bem perto do rosto.

Daryl: mandei bem não é? – ele fala me olhando e esfregando as mãos.

Esteban: com mais treinamento vocês conseguiram ser mais precisos. Estão liberados, vejo vocês depois.

Saímos da sala e passamos pelos quartos do dormitório, quando saímos de lá seguimos para a Academia, antes mesmo de chegar escuto a voz do meu tio Luís.

Luis: Matt, Daryl quero falar com os dois, venham. – damos a volta e sentamos num banco no jardim, meu tio fica em pé a nossa frente.

Luis: vocês agora serão designados a cuidar de vigiar a mansão, ficarão perto dos cercados indo e vindo apenas para garantir que ninguém entre aqui sem autorização.

Daryl: qual é? Esse lugar parece até aquele lugar onde os monges vivem, nem mosca entra aqui, coloca a gente em algo bom.

Matt: não vejo problema.

Daryl: claro, agora você vai poder ficar mais tempo com a Emily já até esqueceu porque estamos aqui. – ele fala mais baixo no final.

Matt: eu não esqueci, mas você não achava que ele suspeitaria de estarmos aqui há tão pouco tempo e nem trabalhamos simplesmente chegamos perto dele e acabamos com tudo sem nem ter um plano.

Luis: garotos... -olhamos para o nosso tio e ele coça a cabeça, pega um cigarro no bolso e o acende, ele traga e respira fundo, ele parece nervoso de repente.

Luís: Matt tem razão, seria suspeito vocês entrarem aqui num dia e já irem direto trabalha diretamente com Dominic Morato, tem que conhecer o território e os hábitos do seu inimigo, atingir ele no ponto fraco e só trabalhando vocês vão descobrir.

Matt: viu só. – olho para Daryl e cutuco-o com meu cotovelo, ele afasta meu braço e olha para longe.

Daryl: e aí ficamos nisso por quanto tempo?