Narrado por Emily
Descendo as escadas lentamente enquanto o efeito do remédio não acontece eu vou para cozinha reconhecendo um cabelo negro misturado a uma bagunça colorida.
Emily: LOU! Veio filar a bóia? - ela vira o corpo na cadeira apoiando o braço no encosto para as costa e tenta sorri com a boca cheia de bolo.
Louise: tu acha? Vim te ver.
Emily: é claro, Bom dia! - digo a todos que se encontram na cozinha ou na mesa comendo eles me respondem uns com sorriso, com aceno de cabeça " Bom dia Emily" ou apenas levantam suas xícaras, e eu penso que belo dia amo tudo isso, suspiro sentindo o cheiro maravilhoso da comida me sentando ao lado da Louise.
Emily: onde você foi ontem? Te procurei com o Matt.
Louise: eu me perdi. - eu a olho parando de por meu suco no copo, não precisa de muito para perceber que ela está mentindo.
Eu decido que se ela não quer falar não vou obrigar e meu dia está ótimo para ser estragado com as manhas da Louise, eu me levanto para preparar ovos mexidos e bacon de peru, obviamente depois de pronto Louise rouba um pouco eu como devagar saboreando a comida enquanto ela parece esganada, Matt entra na cozinha com cabelo molhado e roupas diferentes da que ele estava ontem ele sorri para mim que retribuo, ele olha para meu prato e eu sei que ele também quer, então me levanto e faço mais oferecendo a ele que aceita e repete umas duas vezes.
Matt: é a primeira vez que vejo você comer ovos e bacon.
Louise: ela está sempre de dieta.
Emily: não exagera.
Louise: quem é que come Bacon de peru?
Emily: eu.
Louise: fitness.
Matt: eu acho bom, você pode ficar mais forte.
Louise: ouviu só Olivia palito.
Emily: não sou tão magra assim.
Matt: não mesmo, só quis dizer que você ficaria mais forte pra poder sei lá, treinar junto comigo.
Emily: o que bater em alguém? Não nunca.
Louise: eu ia gostar de dá um soco em alguém de um jeito profissional. - Matt ri enquanto morde um pedaço de bacon.
Matt: não é bater, é se defender.
Emily: ah defesa pessoal, seria interessante.
Matt: mas para isso você tem que se alimentar não só de frutas como você costuma fazer.
Louise: ela vegetariana?
Emily: não, mais meu desjejum é sempre mais leve.
Louise: minha mãe fala que nosso café da manhã deve ser um banquete real, almoçar como um príncipe e jantar como um vegano. - é minha vez de rir junto com o Matt e Fabrícia que está sentada a nossa frente.
Matt: porque?
Louise: ela é médica ela fala cada coisa.
Emily: vou pensar no assunto.
Louise: sobre o que minha mãe disse?
Emily: também, mas falei sobre defesa pessoal.
Matt: vou ficar feliz em treinar com você. - eu sorrio para ele depois volto a comer e assim todos fazemos até está como bucho cheio.
Estamos no fundo da casa no jardim conversando, segunda eu começo a acompanhar a mãe da Louise no hospital e depois de decide o que quero preciso apenas acordar cedo e ir para a faculdade, nem acredito que já vai começar as aulas, meu aniversário está perto e a Louise sugere que a gente faça uma festa pra comemorar o que é claro eu nego não tenho tantos amigos assim e nem sou muito fã dessas festa fora que aqui é o quintal dos Morato, a Louise devaneia demais sobre isso e eu começo a me sentir cansada só de olhar para ela falando, quando foi que a gente mudou de personalidade?
Lou para de falar olhando para seu celular, na mesma da hora seu rosto iluminado muda, Matt me olha franzino a testa e eu dou de ombros.
Louise: desgraçado. - ela murmurou.
Emily: o que disse?
Louise: Noah é um desgraçado.
Emily: você ainda fala com ele?
Louise: não desde ontem. - eu respiro fundo tendo minha resposta, Louise estava com ele ontem e pelo jeito não acabou bem, só não entendo porque ela se permite sofrer por um idiota como ele.
Emily: então?
Louise: nos estávamos no boliche e ele saiu com outra garota, meio que ele me esnobou.
Emily: meio?
Louise: completamente.
Emily: loli eu não entendo...- ela me atropela.
Louise: não preciso de sermão e também não preciso prometer que não vou mais atrás dele, eu coloquei um ponto final e é isso.
Emily: ok. - eu levanto as mãos me rendendo e ela cruza os braços sentada em sua cadeira com uma cara de birra, é tão linda quanto é teimosa.
Matt: já que as aulas vão começar em breve... - nos duas olhamos para ele ao mesmo tempo, com certeza agradecidas por nós livrar desse momento tenso.
Matt: não deveríamos comprar os materiais? - eu salto da cadeira na hora batendo na minha testa.
Emily: aí minha nossa, ele tem razão como eu pude me esquecer. - antes de sair correndo para pegar minha bolsa eu escuto a Louise dizer "depois de você ela ficou mais relaxada." Acho que é isso mesmo o Matt de certa forma me tirou toda aquela ansiedade que eu tinha, eu sempre fui muito organizada e regrada nunca sair da linha, mas com ele eu não sei que poder ele tem mais eu passei a ser mais tranquila em relação a algumas coisas.
Nós passamos a tarde fazendo nossas compras, almoçamos juntos e depois a Louise foi para casa, Matt e eu retornamos para a minha cheios de sacolas.
No meu quarto eu organizo minha nova mochila separando os materiais que vou usar e aqueles que irei guardar para o caso de emergência, eu também comprei um novo par de tênis branco o que a Louise protestou ela não entendi que tênis branco é a coisa mais linda que existe e o que eu comprei tem detalhes de brilho é muito lindo.
Meu celular apita e eu o pego para ver uma mensagem de Louise.
Louise>Emily
Sua "mãe" retorna na quinta, mas ela não estará em Los Angeles até a sábado.
Meu coração dá um salto logo estarei de frente para a mulher que me gerou, nem acredito que meu pedido que fiz ao 10 anos vai se realizar agora, depois de tanto tempo, eu respondo.
Emily>Louise
Mal posso esperar.
Louise>Emily
Finalmente as coisas ficaram esclarecidas.
Eu envio uma mensagem a ela e outra ao Matt falando sobre isso, ele respondeu com uma carinha surpresa e palmas, depois ele envia uma pergunta se podemos ficar juntos no jardim o que eu aceito é claro.
No jardim
Matt: você está mais empolgada com a experiência de conhecer as áreas da saúde no hospital, sobre o início das aulas, seu aniversário que está perto, ou por conversar com sua mãe?
Emily: tudo isso. - ele beija meu ombro e fica com o queixo apoiado nele, estamos sentados abraçados eu com minhas costas em seu peito e seus braços ao meu redor, uma de suas pernas está dobrada no bando de vez em quando eu aperto seu joelho, minhas pernas também estão em cima do banco dobradas, de onde estamos conseguimos ver parte da sala que está iluminada, mas ninguém está nela por enquanto.
Matt: são muitos acontecimentos um atrás do outro.
Emily: acho que minha vida já esteve parada por tempo demais, e na verdade é até bom assim terei algo para pensar ultimamente eu só tenho visto as folhas dessa árvore caírem da janela do meu quarto.
Matt: você vai precisar procurar um emprego.
Emily: é eu sei, mas onde?
Matt: você não pode fazer um estágio na área que você quer trabalhar?
Emily: ainda não, preciso de tempo de estudo.
Matt: e como você vai para o hospital essa semana inteira? O que vai fazer?
Emily: observar e aprender e entender o que as diferentes áreas da medicina faz, para assim eu decidir se é pediatria mesmo o que quero fazer.
Matt: humm, eles ainda estão tentando fazer você mudar de ideia?
Emily: deixa ela pensarem que vão conseguir. - ele beija meu pescoço e morde minha orelha e eu encolho o ombro sentindo o arrepio e rindo o que faz ele me provocar mais, quando ele finalmente para é quando ele segura meu queixo virando meu rosto, ele me apoia em seu braço me fazendo ficar de lado e me beija prendendo meus lábios, eu volto minha postura sentindo seus braços fortes ao meu redor.
Matt: o que você gostaria de ganhar de presente de aniversário?
Emily: não sei, eu gosto de ser surpreendida. - sorrio com o canto da boca já criando expectativas, maldita ansiedade espero que ele tenha pego a deixa.
Matt: gosta de surpresas é? Vou pensar em algo.
Emily: assim que se fala.
Matt: ah é?
Emily: é sim.
Matt: ora sua atrevida. - ele começa a fazer cócegas e eu escapo de seus braços correndo para longe dele, ele me persegue enquanto dou a volta na mesa do jardim, depois corro para dentro de casa com ele jurando que vai me fazer mil cócegas e rindo comigo, eu passo pela sala colocando Adelaide na minha frente que grita nós batendo com um pano, eu vou para a cozinha fazendo Carmen e Fabrícia se agitarem sem saber o que fazer e com medo de que nos dois derrubamos as panelas, eu consigo fugir para a entrada da casa e corro pela propriedade até que o Matt me alcança me segurando pela cintura e me girando no ar, quando ele me põe no chão eu pulo em suas costas e ele corre comigo me fazendo gritar e rir ao mesmo tempo.
Daryl: a hiena escandalosa. - eu olho para ele ainda nas costas do Matt e mostro a língua, ele bufa e revira os olhos. De onde nós estamos eu consigo ver o Julian apoiado em uma mão com o pai com as mãos no bolso na janela do escritório, é a maior janela da mansão que vai do chão ao teto uma vista e tanto.
Eu os ignoro descendo das costas do Matt, peço ao Daryl para pegar a bola com o Miguel ele sai correndo e volta minutos depois onde eu e o Matt esperávamos ele provocando um ao outro, Miguel está com ele junto com Fabrícia que sempre brincou comigo e Miguel de bola, começamos apenas tocando a bola um para o outro e assim passamos o sábado a noite.
São dias assim que fazem gostar de morar aqui, apesar que antes eu não tinha opção ou era isso ou ficar trancada no quarto, agora não, eu faço isso mesmo podendo sair com o Matt e ele parece gostar porque não tira o sorriso do rosto provocando o Miguel, Daryl, Fabrícia e a mim com suas piadinhas nos chamando de frangos corremos um atrás do outro tentando tirar a bola dos pés daquele que consegui pegar, eu não sei como Julian, Edgar ou Mia se divertem, mas provavelmente não tem a mesma emoção de estar fazendo algo simples com que a gente gosta.
Nem o frio nós impediu de ficar até tarde fazendo jogos com a bola ou criando estratégias para roubar a bandeira dos times que criamos junto com Ana que por milagre estava muito boazinha, o que eu achei super estranho, mas se você ver alguém que não é receptivo tentando ser você deve dá uma chance e ela realmente parecia está curtindo está com a gente eu até esqueci que ela já me fez ser acusada e levar broncas e mais broncas da Tereza.
Eu só vou para casa quando Adelaide diz que já está tarde e que o senhor Morato vai reclamar se não pararmos de fazer tanto barulho, Miguel sugere jogos de cartas e assim ficamos madrugada a dentro na sala, Hugo e Adelaide junto com Carmen e Luís também fizeram sua equipe e todo mundo estava realmente aproveitando.
Antes do amanhecer todo mundo se despediu e foi para seus quartos, eu já estava deitada no sofá quando senti alguém me suspendendo e me carregando, a voz de Adelaide ao longe dizia para ter cuidado com minha cabeça, quando eu abri os olhos eu estava no meu quarto, e alguém colocava o cobertor em cima de mim, eu olhei para seu rosto e era o Matt, ele beijou minha testa e já estava saindo quando eu disse.
Emily: fica.
Matt: Adelaide me castra.
Emily: está tarde ela não vai se importar.
Matt: eu bem que queria, mas ela foi clara " coloque ela na cama e dê o fora." - eu choramingo e faço bico, ele suspira e se senta na minha cama.
Matt: eu vou ficar até você pegar no sono, tudo bem?
Emily: tá bom. - ele beija minha bochecha e fica mexendo no meu cabelo até que eu pego no sono.
Pela manhã eu reparo que a porta está aberta e Adelaide me observa dormir, eu sorrio sonolenta me espreguiçando quando eu sento na cama eu levo um susto, Matt está deitado ao lado da minha cama no chão seu rosto está tão calmo, sua mão esquerda está esticada sobre minha cama como se ele tivesse dormido me fazendo cafuné, eu sorrio e olho para Adelaide que suspira.
Adelaide: eu já vi que proibir não adianta nada.
Emily: eu pedi para ele ficar. - falo rapidamente, não quero que ela brigue com ele.
Adelaide: eu sei, você e ele já? Bom...como posso dizer? - ela torce as mãos enquanto olha para o nada claramente desconfortável.
Emily: sim, nos já. - ela me olha com os olhos quase do tamanho de um pires e mordo uma risada e ela enxuga a testa.
Adelaide: vocês usaram?...você sabe?
Emily: mãe... - eu levanto da cama tomando cuidado para não pisar no Matt e vou até ela para não falar tão alto, não quero atrapalha o sono do Matt.
Emily: Matt e eu nos cuidamos, não sou irresponsável e nunca dei motivos para senhora dúvida disso.
Adelaide: eu sei, é claro. - ela respira aliviada, passando a mão por meu cabelo.
Adelaide: ainda assim vamos na ginecologista, um contraceptivo vai me deixar mais tranquila. - eu luto para não revira os olhos apenas afirmando com a cabeça e sorrindo sem mostrar os dentes, ela sai me prometendo marcar uma consulta ainda essa semana, eu suspiro e ela se foi quando eu me viro o Matt está sentado no chão me olhando com um sorriso malicioso.
Matt: bom dia. - sua voz é rouca e eu sinto meu corpo responder a essa simples saudação, que loucura.
Emily: o quanto você ouviu?
Matt: tudo.
Emily: você estava fingindo que dormia?
Matt: não, apenas ouvi você falando e comecei a prestar atenção eu estou sempre alerta quando se trata de você.
Emily: fofo.
Matt: quer dizer que agora você vai usar contraceptivo?
Emily: aparentemente. - dou de ombros prendendo meu cabelo num coque, me lembrando de que acabei de acordar e devo parecer uma zumbi.
Matt: bom, isso é muito bom. - eu olho para ele sem entender ele se levanta estalando o pescoço ainda com aquele sorrio malicioso.
Emily: porque é"booom"?
Matt: você vai descobrir quando eu não precisar usar camisinha com você. - eu sinto meu rosto esquentar, ele morde o lábio e se aproxima me abraçando pela cintura, ele beija meu pescoço e me aperta, eu retribuo o abraçando pelo pescoço.
Matt: eu tenho que ir, preciso trabalhar vejo você depois?
Emily: não vai comer?
Matt: poxa Emily eu bem que queria, mas acho que Adelaide desconfiaria porque eu ainda não desci e viria até aqui conferi o que estamos fazendo.- eu recuo o olhando sem entender.
Emily: o que? - ele rir e beija minha testa.
Matt: até mais meu anjo. - ele sai do quarto e eu fico parada sem entender nada, até que eu entendo, me lembro da Louise dizer algo parecido quando na verdade ela estava falando sobre sexo, eu levo a mão na boca e tento não rir.
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Protegida (CONCLUÍDO)
FanfictionSEM REVISÃO!! Emily foi criada como filha pela governanta da Mansão do Dominic Morato, nunca lhe faltou nada, uma garota sensível, sonhadora, ela irá descobrir segredos que podem mudar toda sua vida num piscar de olhos. Os irmãos Ortega buscam vinga...