Capitulo 79 - Pressagio

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Narrado por Emily

Acordei meio zonza parecia que eu tinha levado uma pancada na cabeça tento me lembrar o que tinha acontecido, minha mente em um vazio, me sento no colchão que está num chão úmido, eu levanto meus olhos olhando redor sem entender o lugar que estou, uma sala vazia com nenhuma janela a única iluminação do lugar é de uma lâmpada no teto que pisca toda hora, uma porta com a aparência enferrujada e outra pequena com uma parte descascando parece prestes a cair da parede, eu me levanto do único objeto daquele espaço o colchão que eu observo com gratidão parecer novo sem nenhuma mancha visível, eu ando até a porta enferrujada tentando abrir mas ela nem se mexe, sigo para a porta de descascada e descubro que na verdade é  um banheiro com um vaso bem sujo uma pia que também está suja e um chuveiro em uma situação melhor se não fosse pelo pinga pinga, nenhuma janela, voltando para a sala um barulho chama minha atenção eu olho para o teto num canto da parede uma câmera muda sua posição virando-se para mim eu percebo o momento que ela foca e faz um barulho suave, minutos depois a porta enferrujada faz um barulho alto sendo aberta pelo lado de fora, eu me assusto procurando algo para me defender, mas além de um colchão e um banheiro imundo não há nada aqui que eu possa usar como uma arma, corro até o canto do quarto onde está o colchão esperando pelo o que está atrás daquela porta.

O homem que entra pela poeta me deixa ao mesmo tempo surpresa e com medo, já li muitos livros de homens que sequestram meninas para o prazer deles ou ate para serem escravizadas em clubes, aquilo aumenta meu pânico porque eu tinha que lembrar disso logo agora, o homem em um terno entra na sala com um charuto enquanto descansa sua mão direita no bolso da sua calca atrás dele o rapaz jovem todo tatuado anda ate um canto da sala se recostando cruza os braços enquanto não tira ao olhos de mim.

- Estou feliz por finalmente conhece-la mia cara. – voltando meus olhos para o cara de charuto percebo que ele se aproximou mais, eu me encolho mais no canto da parede olho em volta de maneira inútil constato que não tem por onde sair em uma fuga a porta por onde ele entrou esta fechada e um outro homem esta encostado nela com cara de poucos amigos, fora o tatuado que eu me lembro bem foi quem me derrubou no banheiro.

Emily: porque estou aqui? – já que não tem com o que me defender nem para onde correr é melhor eu tentar descobrir os motivos disso tudo.

- direto ao ponto gosto disso. -ele traga o charuto soltando aquela fumaça densa em minha direção com um cheiro horrível. – Hector Maccini um velho conhecido do seu pai. – eu olho para este homem da cabeça ao pés me lembrando vagamente de já ter ouvido esse nome.

Emily: porque estou aqui? -ele olha para o jovem encostado a parede sacudindo a cabeça ele volta a olhar para mim.

Hector: você é exatamente como seu pai, mia cara você esta aqui para negócios.

Emily: não faço negócios com sequestradores. – ele rir um som gutural que eu tenho quase certeza que a rouquidão seguida pela tosse é por causa dos charutos e por ele já ser um senhor de idade.

Hector: é claro que não, mas seu pai sim e ele me deve.

Emily: então resolva com ele, o que eu tenho haver?

Hector: cuidado, estou sendo ate muito paciente com você. – não querendo provocar uma reação do desconhecido eu permaneço em silencio.

Hector: provavelmente seu pai não deve ter falado de mim para você, então deixe me contar uma história, anos atrás seu avo e eu tínhamos um acordo de paz que foi quebrado quando ele matou meus homens em uma emboscada, foi um inferno ele retribui-o matando mais dos meus e eu fazendo o mesmo, sua esposa na época gravida de sua ultima criança implorou para que uma trégua fosse feita entre as partes, mas ele não quis ouvi-la nos atacando mais uma vez ele matou minha esposa e eu fiz o mesmo com a esposa dele, depois disso ele entendeu que não teria um fim ate que nos dois fossemos os últimos ali, ele decidiu então por um acordo de paz, o filho dele que assumiria o seu lugar teria que se casar com minha filha, mas você deve saber que isso não aconteceu seu pai conheceu sua mãe se rebelando contra o pai e fazendo assim o acordo de paz virar fumaça. -ele enfatiza soltando mais uma vez aquela fumaça do charuto. – nessa brincadeira você nasceu por um tempo acreditei mesmo que você mia cara tinha morrido naquele incêndio, ate que meu sobrinho em uma das suas muitas viagens a Califórnia atropelou ou quase atropelou uma jovem, cabelos pretos, olhos claros que eram exatamente como sua mãe, ao ir ate o hospital ele não conseguiu nenhuma informação sua ate Hugo aparecer e ele achar estranho aquilo, ele me contou o ocorrido e aquilo me deixou em alerta, Hugo um dos homens de Morato um dos meus rivais, teria tido uma filha ou seria filho do Morato, aquilo me interessou é claro, um detetive foi o que me deu a brilhante luz para entender a historia, você não era filha de Hugo ou Morato, mas sim de Ricardo, neta do Giordano, percebi que além de ter sido enganado o fruto da traição do nosso acordo ainda estava andando por ai, tendo uma vida descente e estudando numa das melhores escolas da Califórnia sendo bancada por meu inimigo, quando fui mais fundo nessa historia, descubro que Giordano tinha feito um acordo comigo e o filho dele um acordo com Morato, percebe mia cara onde quero chegar, ninguém faz Hector Maccini de idiota, é por isso que esta aqui seu pai e seu avo terão que me explicar direitinho como acharam que iriam manter isso em sigilo por tanto tempo e claro de que maneira eles vão pagar por isso, eu tenho algumas ideias, acredito que você já imagine também. – eu engulo saliva tentando me acalma o que não funciona, percebo tarde demais que eu deveria ter usado o banheiro, porque agora eu não consigo pensar direito com a bexiga cheia e sede muita sede.

Protegida (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora