Capítulo 37 - "Eu levarei você comigo...!"

111 8 0
                                    

Narrado por Matt

É domingo e estou ajudando minha avó Eleanor a por a mesa, Emily deve chegar a qualquer momento, minha vó gosta mesmo da Emily porque ela fez um monte de comida e eu realmente não sei se a Emily vai comer tudo isso, mas eu com certeza vou, posso até comer por nois dois se for o caso, eu termino de pôr os pratos distribuídos sob a mesa e os talheres quando a campainha toca, eu deixo a mesa e vou até a porta.
Eleanor: não precisa correr, ela não vai fugir. - escuto a risada da minha avó ignoro, só não quero deixar a Emily esperando do lado de fora, abro a porta e lá está ela, tão linda com seus olhinhos.
Emily: ooi, estou atrasada? - ela fala com uma travessa de alguma coisa na mão e um sorriso enorme no rosto, eu acho que desaprendi a respirar, eu tô a tanto tempo calado olhando para ela que o sorriso em seu rosto vai sumindo lentamente.
Emily: se eu tiver atrapalhando eu posso voltar, Miguel ainda está parado ali. - ela aponta para o carro e Miguel faz um sinal com a cabeça, eu finalmente recupero a fala.
Matt: porque ele trouxe você?
Emily: ele vai levar a Ana para ver uma casa, daí me ofereceu carona, como eu recebi uma bronca sexta por ter saído sem avisar e sem dizer com quem eu estaria eu preferi não discutir. - eu franzo a testa para ela.
Emily: eu te conto depois, eu devo ir embora ou você vai me deixar entrar?
Matt: claro, desculpa entre. - eu dou espaço para que ela entre, ela passa por mim e eu sinto seu perfume doce, eu fecho os olhos respiro fundo e escuto uma buzina, quando olho para a rua vejo o Miguel rindo e fazendo sinal de coração com as mãos, eu mostro o dedo do meio para ele que rir mais e dirige sumindo rua abaixo, eu fecho a porta e vou até minha garota a levando para a sala de jantar.
Matt: vó a Emily está aqui. - ela pega a jarra de suco e se vira para nós fechando a geladeira.
Eleanor: Olá menina, você está linda, meu neto é mesmo um menino de sorte.
Emily: obrigada senhora Ortega, eu trouxe uma torta para a sobremesa.
Eleanor: coloque aqui, depois iremos devorar ela inteirinha.
Nos sentamos para almoçar e Emy para minha surpresa come um pouco de tudo sem pena ou fazer cara feia, na verdade ela parece gostar muito até repetiu, minha avó de vez em quando me olha e sorri quando Emily não está prestando atenção, eu sei o que ela está pensando, mesmo a Emy sendo magra come como uma esfomeada, eu adoro isso nela.
Emily: o Natal já está perto, a senhora irá fazer algum jantar especial?
Eleanor: oh querida, todos os natais que passamos aqui era só eu e Matt, Daryl saia e não voltava até o dia 26 e nem me dizia onde estava, Luís só mandava um cartão nem ligar para mim ele ligava, esse ano, se Matt quiser posso fazer algum prato favorito dele.
Matt: eu vou adorar vovó. - ela sorri para mim e aperta minha mão esquerda que está em cima da mesa, minha outra mão está mexendo no cabelo da Emily, fiz questão de aproximar minha cadeira da dela.
Emily: se não for abuso, madrinha e eu gostaríamos de convidar a senhora a passar o Natal com todos lá em nossa casa. - dona Eleanor me olha e eu afirmo com a cabeça uma vez, se ela aceita será muito bom, pelo menos assim ela terá com quem conversar, não passará mais um Natal assistindo aqueles programas chatos na tv com um neto que só por a cabeça no colo dela e dorme de barriga cheia.
Eleanor: eu vou adorar minha querida.
Emily: ótimo! Madrinha ficará feliz em ter sua presença. - o sorriso da Emily é tão grande que eu fico pensando se a bochecha dela não dói, eu acabo sorrindo com seu entusiasmo, minha avó também.
Eleanor: tenho certeza que sim, só espero que o Matt não apronte uma das suas. - eu paro de sorri na hora e olho para minha vó.
Matt: o que?
Eleanor: ora Matt, das vezes que tivemos natais em que você saia bagunçando tudo pela frente.
Matt: eu não me lembro disso.
Eleanor: você era criança, minha querida esse rapazinho pintava o sete. - Emily rir e olha para mim.
Emily: você era travesso? Nunca suspeitaria disso. - eu olho para ela estreitando o olhar, ela rir e apoia a cabeça no meu ombro escondendo o sorriso dos meus olhos, minha avó começa a tagarelar, contando uma história atrás da outra.
Eleanor: Matt adorava correr pelado pela casa, ele dizia que era um índio e estava caçando. - minha avó resolveu que contrar minhas peripécias do passado alegraria Emily o que parece está funcionando, pois ela está vermelha, só não sei se é de tanto rir ou porque ela sente minha vergonha.
Eleanor: eu dizia " menino, desça desse sofá e vá vestir uma roupa, o seu pintinho vai pegar um resfriado", era um pintinho pequenino que saltitava. - Emily se engasga acho que com saliva pois ela nem conseguiu beber seu suco ainda.
Matt: vó acho que já chega e talvez a senhora não lembre, mas sempre foi grande e continua sendo.
Emily: aí meu Deus! - Emily tosse com o guardanapo na boca, minha avó resolve então contar sobre outras travessuras que eu e meu irmão fizemos, e as vezes que apanhavamos por quebrar algo de casa.
Depois de algumas histórias engraçadas ela começa a contar as tristes, então eu resolvo interrompe, não quero falar de coisas do passado que a deixam triste.
Matt: certo eu vou tirar a mesa, vocês querem mais da torta doce?
Emily: Ah não eu já estou satisfeita, obrigada.
Eleanor: meu menino deixe que eu arrumo tudo, vai mostrar a Emily seu quarto. - eu a olho com olhos arregalados enquanto Emily tosse novamente.
Matt: vóoo... - tento chama atenção dela, acho que ela não percebeu o que acabou de dizer.
Eleanor: o que foi? Ela precisa ver a bagunça que é, é capaz de encontrar um ninho de rato naquele lugar.
Matt: não tem ninho nem um, meu quarto é limpo.
Eleanor: claro que é, agora vai. - eu me levanto e Emily me acompanha, ela começa a recolher os pratos da mesa e leva até a pia, mas minha avó não deixa, nos fazendo sair dali.
Matt: bom acho que não faz mal eu te mostrar o quarto. - eu coço a cabeça sem jeito esperando que a Emy diga algo.
Emily: por mim tudo bem...você já conhece tão bem o meu. - ela sussurrou a última parte e piscou um olho para mim, bom isso é verdade, eu seguro sua mão e a levo pelo corredor até o meu quarto, eu paro na porta e apontando para outras porta eu falo.
Matt: aquele é o quarto do Daryl, nessa outra da minha vó e em frente ao meu quarto temos o banheiro. - ela olha para cada porta e depois olha novamente para mim, eu entro em meu quarto esperando por ela encostado na parede ao lado da porta, ela entra olhando tudo em volta num silêncio que me deixa incomodado.
Matt: então o que achou?
Emily: bem a sua cara mesmo.
Matt: eu tenho cara de bagunçado. - ela rir com vontade.
Emily: não disse isso, é por causa das imagens de motos e boxe.
Matt: Ah é isso é verdade. - ela continua andando pelo quarto olhando as fotos, CDs e objetos, depois senta na beirada da cama, ela põe uma mecha de cabelo atrás da orelha e me olha, acho que ela falou alguma coisa mais eu não escutei nada nem uma vírgula só olhando para ela, cara ela tá no meu quarto, eu nunca trouxe ninguém no meu quarto, na verdade nenhuma garota já esteve no meu quarto, eu sei que meu irmão já trouxe garotas para cá, mas eu nunca e agora tem uma garota aqui, no meu quarto, sentada na minha cama, deixando seu perfume doce espalhado por todo o quarto, eu engulo saliva porque de repente minha boca ficou seca.
Emily: matt?
Matt: oi.
Emily: você não respondeu, posso ver sua coleção?
Matt: minha coleção?
Emily: sim, de mine motos.
Matt: claro, espera. - eu ando até meu armário e pego a caixa onde guardo meu tesouro, eu volto com a caixa em mãos até a cama onde eu começo a mostrar para ela uma a uma, explicando para ela cada e como as consegui.
Emily: daí você decidiu colecionar quando percebeu que todos te davam essas motos?
Matt:na verdade eu acho que eles perceberam que eu gosto, ele passaram a compra um por mês não só no natal ou meu aniversário.
Emily: você pretende ter uma?
Matt: sim.
Emily: e você me levaria na sua garupa? - ela me olha de um jeitinho tão meigo que eu não resisto, eu apuxo para mim colocando minhas mãos em seu rosto e a beijo, ela apoia suas mãos em meu ombro, com muito custo eu paro nosso beijo lentamente mordendo o lábio inferior dela no fim.
Matt: eu levarei você comigo até o fim, viajariamos por todos os países, só eu e você.
Emily: e onde dormiriamos?
Matt: você ficaria bem em meus braços? - ela sorri mordendo os lábios.
Emily: eu acho que sim, mas precisaríamos de uma cama. - ponho uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e olho para cama voltando a olhar para ela.
Emily: o que...Matt você não está sugerindo...
Matt: porque não?
Emily: porque não? Sua avó pode vir aqui a qualquer momento. -ela diz num sussurro, eu beijo o nariz dela, depois a bochecha, depois o queixo e por fim a pontinha da orelha onde eu fico alternando entre beijos, mordidas e lambidas, eu escuto sua respiração mudar.
Matt: se bem eu conheço a senhora Eleanor, ela vai acabar cochilando no sofá. - ela suspira, eu aproveito e a beijo mostrando toda a fome que tenho controlado todo esse tempo, ela geme baixinho quando nossas línguas começam uma dança, eu a pego pela cintura a deitando na cama, eu empurro a caixa com as miniaturas de moto que caem com um baque no chão, eu não paro continuo a tirar de cima cama tudo que possa machucar ela, quando não encontro mais nada, eu volto a beija ela rir.
Emily: Matt, você derrubou sua Caixa de motos.
Matt: não tem importância. - eu beijo e mordo seu pescoço uma das minhas mãos segura seu cabelo e a outra passeia por seu corpo, ela mesmo ofegante continua falando.
Emily: mas...
Matt: são só brinquedos Emy... - eu a beijo e pressiono meu quadril em uma de suas coxas, ela meio que engasga e abre os olhos, eu continuo a beijando, acho que agora ela entendeu que eu não tô nem aí para a minha coleção, tem uma barraca montada em minhas calças e tudo por ela, eu tiro a mão do seu cabelo e me apoio no cotovelo, minha outra mão desliza para dentro de sua camisa eu a sinto tremer assim que toco sua barriga.
Emily: Matt... A porta.
Matt: o que tem?
Emily: não seria melhor.... - antes mesmo que ela termine eu levanto, mas invés de fechar a porta eu saiu do quarto.

Protegida (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora