O Peregrino II - Caça ao Rapinante.

Entre gás e fogo.

— Maldito!!! Pare o carro! — Karen faz o que é pedido, Apollo abre a porta e sai do carro. —Leve ele até a delegacia, sabe onde é?

— Sei sim! Pode deixar!

Karen então acelera o carro em direção da delegacia de polícia de Fallow City. A nuvem de gás já estava grande, rodeada de flâmulas amarelas, vermelhas e laranjas do fogo. Tinha sido uma explosão enorme, explodiu janelas de centenas de km de distância, podia ser vista até mesmo da própria Unit City. Peregrino tinha que lidar com o psicopata que lá estava, iria causar grande estrago caso não fosse detido a tempo. E assim foi, utilizando sua grappling gun, pulando e correndo de telhado em telhado, ele demorou alguns minutos para chegar onde queria. O frio intenso da cidade dava lugar a um grande calor escaldante daquele lugar praticamente destruído, 100% queimado.

Apollo antes de entrar no raio do gás tóxico. Ele ativa seu filtro respiratório.

— Apollo, cuidado! Esse filtro tem capacidade para apenas meia hora! Vai ter que ser rápido! Ou vai começar a sufocar, o gás é muito forte! — Avisou Dante, vendo a densidade da fumaça.

— Certo! Entrando! — Apollo então pula do prédio de 5 andares até a casa vizinha e já entra naquela nuvem de gás tóxico.

Estava tudo distorcido e difícil de ver com uma neblina densa e meio esverdeada, o visor do capacete ficava meio embaçado e Peregrino tinha que ficar limpando toda hora.

— Venha, Toxicor! Me enfrente! –Gritou Apollo.

Toxicor responde ao fundo com algumas gargalhadas.

— Então você tem a audácia de me chamar? Você tá bem fodido! Por que você não prova o sabor DAS MINHAS CHAMAS!

Apollo vê um forte brilho vindo em sua direção, ele rola para o lado com tudo e a rajada de fogo passa por ele. Apollo saca sua arma e atira na direção da onde o fogo havia vindo, mas nada.

— Você é um bosta mesmo hein? — Toxicor o provoca — Cê acha mesmo que eu tenho medo de você?

— Então apareça! 

Apollo não podia usar sua visão especial pois só tinha distância de 5 metros, e a neblina a incapacitava, visto que deixava muito ruim de ver. Ele só tinha como ajuda o áudio aproximado. Teria que se virar apenas com isso. Novamente ele vê uma rajada de fogo vindo em sua direção, Ao desviar novamente, ele escuta uma arma carregando, e um tiro o acerta no ombro.

Peregrino sente a dor, embora mais leve que o tiro de Oneshot, ainda doía bastante.

— Filho, fui treinado pra ver nessa neblina, de um jeito ou de outro eu te acho nessa nuvem. Desiste, vai. Só desiste.

"De um jeito ou de outro" ele disse, parece que ele não pode de fato me ver, mas foi treinado para descobrir onde suas vítimas estão na neblina. Vou me aproveitar disso, e fazer dele, minha caça.

— Vamos Toxicor, você prometeu demais e nada de ação, cadê minha morte? — Provocou-o, Peregrino percebeu que esse mercenário é impaciente e provocador, em um deslize de fúria, poderia cometer um erro.

Toxicor disparou com seu lança-chamas mais uma vez, agora mais do que uma simples rajada, uma onda de fogo foi para cima do vigilante. Ele virou com tudo, e por um micro segundo, viu o relance de Toxicor. Ele desviou para o lado esquerdo e viu que a luminosidade que as rajadas de fogo faziam ao atravessar a neblina, permitiam que o Rapinante conseguisse ver quem as jogava. Assim podia saber seu local de origem. 

— Ahhh, mas que porra! Fique parado, e eu te dou a honra de uma morte rápida. É rapidinho! — Pigarreou Toxicor.

Estou ficando cansado desses joguinhos, e além do mais, posso não ter muito tempo restante.

— ONDE ESTÁ? É TUDO QUE TEM???

Toxicor se enfurece e dispara chamas como ninguém. 

Ao ver aquelas rajadas vindo, vendo pela borda do fogo, conseguia ver onde estava Toxicor. Ao terminar de se esquivar, correu com tudo e pulou como um tigre para pegá-lo. E deu certo, Apollo o agarra com força e os dois caem, uma luta corporal começa mas Toxicor está em clara desvantagem. O mercenário consegue alcançar o lança-chamas e o dispara, mas antes do fogo sair, Apollo entorta com cano pelo qual o fogo ardente saía. Após isso, Peregrino o ergueu pelo pescoço e andou, para fora da nuvem de gás, pôde retirar seu filtro, faltava apenas 8 minutos para acabar. Toxicor se debatia tentando sair da mão de Apollo, mas elas estavam cravadas tão firmes em seu pescoço que estavam como a de um Falcão Peregrino na vida real. Depois de sair e Apollo se sentir seguro que estava sem nenhum gás alí. O jogou no chão, Toxicor se contorceu de dor, apenas para ver Apollo arrancando sua máscara de gás de olhos vermelhos de sua face. O próprio Apollo se assustou com aquilo.

— Uau... Então você é realmente um moleque. — Apollo vê dentro da máscara, e lá diz. Propriedade de John Winston. —John Winston...

John assume seu semblante odioso 

— Eu tô tentando fazer dinheiro, cara! Mas que merda, por que você tem que estragar tudo? É sempre você.

— Meu trabalho é estragar o seus trabalhos. Ou matá-lo, Quem sabe? Eu nunca me decidi se eu mato ou deixo vivo.

— Namoral cara? Faz o que você quiser, se minha irmã morrer, o sangue tá nas suas mãos!

— Irmã?

— Minha irmã tá no hospital de câncer de Crawn, eu envio dinheiro pro tratamento dela, mas se ela morrer, A CULPA É TODA SUA. — John  gritou, olhando diretamente para os olhos verdes do visor de Apollo.

— Passe-me todos os dados disso.

— Não precisa, tá aqui um papel com tudo que você precisa saber, disso. Se você tocar nela... — John entrega um papel com as informações, endereço, nome, etc.

— Vou ajudá-la. –Apollo pisa na mão de John, que grita de dor. — Mas não pense que deixarei fácil pra você, ainda vai apodrecer na cadeira.

Apollo o soca na face, o desmaiando completamente. Ele o ergue sobre seu ombro, vê um carro abandonado, testa se ele liga com chave direta, Não ligou. Ele testa com outro e dá completamente certo. Coloca John no banco da frente por precaução. E começa a dirigir nas ruas brancas de Fallow City, cortando a neve que caia na sua frente, foi em direção a delegacia de polícia, viu alguns vândalos no caminho. Simplesmente os atropelou. Após isso continuou seu caminho. e chegou na porta da delegacia, não havia ninguém lá, os policiais estavam todos lá dentro. Ele pegou um pedaço de papel e caneta que estava em um compartimento do carro e escreveu algumas coisas que os policiais precisavam saber.

"John Winston, um dos mercenários que estão aterrorizando Fallow City. 

Extremamente perigoso, não o deixar em uma cela com energia elétrica, chances dele fazer alguma faísca e o prédio queimar."

Ele colocou o papel sobre John dormindo e o deixou na porta, deu 3 toques fortes e rapidamente pegou seu gancho e subiu para a delegacia.

Ao subir, ele vê sangue. E o corpo de uma ninja, estava empalada com uma espada na barriga, ele estranha isso. Tira algumas fotos com o seu visor para investigações futuras. 

Bem, preciso resolver o problema da irmã de John. Não vou deixar a pobre criança sem tratamento...