A força de uma garotinha.

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Apollo não tirava o fato de prender alguém que ajudava sua irmã da cabeça, ele estava certo, mas fez o errado em tirar o único suporte daquela criança. Ele precisava ajudar, ele deve ajudar.

Apollo tinha todas as informações em um papel, papel esse que John usava para não se esquecer de nada, Rivers estava decidido que iria lá, daria uma pequenina pausa para essa causa, mas antes precisaria ir para o apartamento.

E então assim foi, Apollo dirigiu até o apartamento... Não poderia entrar na cidade com o traje, dessa vez ele iria como um civil...

~

Apollo deixa o carro estacionado. E entra pelo mesmo lugar de sempre. Ao entrar, ele encontra Dante mexendo em seu PC, viu também Karen no sofá, comendo salgadinho de queijo.

Apollo tira seu capacete, e vai falando enquanto vai tirando sua armadura torsal.

— O que vocês estão fazendo?

— Eu tô vigiando ruas, vendo atividades, nada além de vândalos, arruaceiros, esses tipos. — Dante responde, com certa monotonia na voz.

— Eu tô descansando, o rolê pela delegacia rendeu. — Karen pegou mais salgadinhos e colocou tudo na boca.

— O que aconteceu? –Apollo começava a tirar suas ombreiras.

— Digamos que você tem menos um mercenário na sua cola. — Karen falava de boca cheia.

— Sim, prendi o Toxicor. — Completou Apollo.

— Não... Eu peguei um.

— Uau! Como? — Apollo tirava rapidamente sua armadura.

— Você parece meio apressado. — Karen se aborrece. Franzindo sua testa.

— Eu vou sair daqui a pouco, tenho assuntos em Crawn.

— Crawn?? — Dante parou de mexer no seu PC — O que vai fazer lá? Esqueceu que tem mais 5 mercenários na sua cola?

— Não esqueci Dante, mas isso é algo pessoal...

— Pessoal? A cidade inteira está sendo depredada porque novamente o governo cagou pra gente!

Apollo aumenta sua voz.

— Eu NÃO me esqueci de nada disso, a questão é que tem uma garotinha que vai MORRER por que eu prendi o irmão que custeava os tratamentos dela. Eu vou pagar alguns meses dela, eu iria pedir pra você...

— Tome, Apollo. –Karen interrompe tira do bolso interno do seu sobretudo preto, algum dinheiro alto. — Pague o máximo que isso puder. Depois lhe empresto mais, gostei da sua causa... — Karen entrega o dinheiro.

Apollo sorri. 

— Obrigado, Karen. — Apollo se dirige para o quarto para tirar a parte debaixo do traje, depois disso, ele volta com uma roupa de civil, apenas com a grappling gun. — E Karen, tome isso — Joga a arma. — Preciso que cuide de tudo enquanto estiver fora. Confio nas suas habilidades.

— Okay, Apollo. — Karen acena a cabeça, sinalizando sim.

Apollo pula pela janela, e entra no carro que veio. Ele parte para Crawn, através da avenida principal. A viagem dura algumas horas, o frio exaltado ainda não havia chegado lá, a medida que Apollo viajava, ele percebia isso com o tempo. Ele passou por lugares mais rurais, e no horizonte, conseguia ver o deserto, mesmo deserto que o deu poderes sobre-humanos. Ele conseguia ver Crawn já, nunca havia visto aquela cidade, muito menos pisado nela, estava surpreso com os arranha-céus. Que deixavam os de Fallow City anões. A medida que se aproximava de Crawn, via também uma parte escura, como se fosse uma sombra, era a parte pobre da cidade. Apollo também ficou surpreso com a desigualdade reinando lá. Até que enfim, chegou na fronteira.

O Peregrino II - Caça ao Rapinante.Onde histórias criam vida. Descubra agora