Nova York, cinco de junho, sexta feira, 13h48min.
- Quer quantos para me dizer ao menos um pouquinho do que se passa nessa cabecinha?-- Bruno se pronuncia após vê que Helena está concentrada em algum pensamento que a compromete, enquanto olha pela janela o caminho todo do restaurante.
- Dinheiro nunca será problema.-- Helena tenta despistar qualquer detalhe de fraqueza que deixou transparecer, e sorri maliciosamente para seu companheiro que dirige dividindo a atenção entre si própria e a estrada.
- Eu sei.-- Seu sorriso de alarga.- Mas estou tentando jogar com todas minhas peças.
- No final eu direi se é um bom jogador.-- Helena sussurra mais para si do que para seu acompanhante.
- Abusada.-- Bruno sussurrou, porém Helena ouviu, e sorriu rapidamente sem deixar transparecer.- Estou dirigindo para um restaurante que eu já visitei com minha filha, ele é a sua altura, bela dama.
- Não sabia que conhecia Nova York.-- Helena pulou para um assunto, pelo menos tentou não mostrar seu nervosismo.
- Visitei algumas vezes a negócios, e em uma delas eu trouxe Júlia comigo.
-- Humm.-- A bela mulher sussurrou sabendo bem os negócios.- Eu já vim aqui.-- Disse após Bruno estacionar no enorme estacionamento subterrâneo do melhor restaurante de Nova York.
- Não sabia que conhecia os locais dessa cidade.-- Bruno se adiantou para abrir a porta do carona, galanteador.
- Conheço.-- Helena desceu após ele lhe dá a mão para ajudá-la.- Já fiz alguns desfiles aqui, antes eu trabalhava sozinha.
Helena sorriu, ela não mentiu, em parte, e isso estava a fazendo repensar se devia prosseguir nesse terreno. O terreno que a aproxima do coração de Bruno, a constatou que poderia ser um terreno perigoso. Por tanto tempo Helena fora fria, e agora está dando satisfações para alguém.
- Agora poderá dividir comigo.-- Bruno pronuncia, mas não diretamente no trabalho, e sim os pensamentos que não deixam a bela dama.
- Não seja invasivo, meu caro.-- Helena fez questão de mostrar o afeto que causava no cavalheiro.Bruno quase demonstrou o que sentiu ao ouvir "meu", mas antes de acontecer o seu celular tocou descontroladamente em seu bolso.
- Suba.-- Bruno fitou Helena, e se viu encantado pela beleza da dama.- No terceiro andar, peça para que a leve até a mesa, está em seu nome a reserva.
Helena pensou em debater, sentiu até algo ruim dentro de si, como uma decepção. Ele irá mesmo me deixar sozinha?-- Perguntou para si mesma. Balançou a cabeça enquanto se afastava de Bruno que estava com o celular sobre o ouvido, entrou no elevador enquanto sussurrava para si "Eu sempre vivi sozinha, não preciso de ninguém."
Bruno conseguiu alcançar a entrada da bela dama no elevador, porém afastou os pensamentos ao ouvir mais uma vez a voz de Rafael do outro lado da linha.
- Consegui algumas coisas sobre a viúva negra.
- Algo que nos coloque a cima dela?
- Não. Só fiz uma pesquisa bem a fundo sobre a jovem de cabelos pretos. Como que ela consegue continuar tão jovem? Consegui até uma foto, mas tive quase que vender meu rim para conseguir, ela é como a noite, dizem que ela não acostuma aparecer para muitas pessoas, e quem tirou essa foto que consegui já não está mais vivo, ela o matou. A...
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A máfia italiana
ChickLitUma pessoa fria, já foi muito quente, mas o destino acabou esfriando o seu interior, o tal clichê que tudo dará certo no final, acabou se tornando mentira, os dias se passaram, e a beleza começou a aparecer, longos anos acabaram esfriando o interior...