Capítulo 14

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Capítulo 14

Quatro meses depois...

Sabrina

Depois de ter me livrado da vida antiga que levava naquela casa, tive que procurar um emprego para retornar a faculdade. Comecei a trabalhar em um escritório que estava me deixando louca! Henrique queria me dar um emprego na sua empresa, mas achei muito abuso da minha parte, então resolvi procurar um.

Na manhã seguinte

Acordei às sete da manhã, olhei pela janela do quarto e vi que estava chovendo muito forte, levantei, fiz minha higiene matinal e fui para a cozinha tomar café. Estava morando sozinha em um apartamento que Henrique me deu, fiz de tudo para não aceitar, mas ele acabou me fazendo mudar de ideia e acabei aceitando.

Assim que parei no ponto para poder pegar um táxi, passou um carro às pressas, que acabou atirando água para todos os lados, ensopou meu jeans dos joelhos para baixo. Aquele motorista idiota!

Olhei para o relógio e marcava oito e vinte, eu já estava atrasada e não tinha como voltar em casa para trocar de roupa, teria que ir assim, completamente ensopada. Acabei chegando vinte minutos atrasada, o meu chefe disse:

— Além de chegar atrasada, você me aparece assim, toda molhada? Como irá me acompanhar na reunião assim, Sabrina? — perguntou ele, me olhando.

— Me desculpe, Junior, acontece que, ao sair de casa, um motorista passou e...

— Ah, tudo bem, vá ao banheiro se secar. Quero você na minha sala em dez minutos — disse Junior, indo em direção a sua sala.

Marchei em direção ao banheiro para me secar.

Quando entrei na sala de Junior, ele me diz que a reunião foi adiada para o próximo dia.

Voltei para minha mesa e tentei resolver a pilha de papéis que estava em cima dela, para compensar o atraso que tive hoje. Meu telefone toca, ao atender, ouço a voz de Junior.

­­­­­— Preciso desses papéis na minha mesa até as cinco! — falou Junior, assim que atendi o telefone. Trabalhei o mais rápido que pude naqueles documentos.

— Ok, às cinco os papéis estarão em sua mesa — disse, voltando ao meu trabalho.

Passei a tarde inteira organizando a pilha de papéis e contratos, mas às cinco os papéis estavam em sua mesa.

Saí do escritório um pouco depois das seis, peguei um táxi e, assim que entramos na avenida, havia um engarrafamento, me arrependi, pois esse horário era um pouco complicado mesmo. Pessoas saindo da escola, da faculdade, do trabalho, bem, de tudo que você imaginar.

Entrei em meu apartamento, joguei as chaves e minha bolsa em cima do sofá e fui tomar um banho. Deixei a água quente escorrer pelo meu corpo esperando relaxar, relaxei um pouco. Vesti uma roupa leve e fui ver meu jantar que girava dentro do micro-ondas.

Quando terminei meu jantar, coloquei os pratos e talheres dentro da lava-louças. Meu celular tocou.

— Vamos sair amanhã? — disse Henrique, antes mesmo que eu conseguisse dizer alô.

— Oi para você também, Henrique. Como foi o...

— Você vai, não é? — ele me interrompeu. — Não vai me enrolar outra vez, Sabrina.

Ele respirou fundo do outro lado da linha. Quase conseguia ver o bico que ele devia estar fazendo.

— Calma, eu irei sim, aonde iremos?

— Olha, meu amor, é surpresa. Preciso desligar agora. A gente se vê amanhã, te pego às sete em ponto, está bem?

— Ok, meu amor — fiquei curiosa para onde iríamos.

Acordei na hora certa, para variar. Graças a Deus era sexta-feira! Cheguei às oito em ponto ao escritório — sem meu jeans molhado e sem papelada na minha mesa.

O dia no escritório transcorreu como sempre. Saí do escritório e fiquei esperando por Henrique. Olhei para o relógio, que já marcava seis e trinta e oito. Ainda estava vestida com as roupas de escritório: jeans escuros e camisa preta de mangas curtas, os cabelos presos num rabo de cavalo. Nem muito profissional, nem muito descolada, não daria tempo de ir até em casa para me arrumar de forma mais casual.

Saímos para jantar e, mais tarde fomos para a casa de Henrique, bebemos um pouco, ou até demais, perdi as contas de quantas taças de vinhos tomamos.


Uma Noite Prazerosa (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora