Capítulo 35

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Heitor

Os dias passaram voando, hoje é véspera de Natal, tento demonstrar tranquilidade para Lorena, deixar ela tranquila e esquecer que tem um louco solto por aí... Não sei se consigo passarb isso a ela, mas não posso negar o quão desesperado e com medo de algo acontecer com ela, Beto está solto há muitos dias, a polícia está procurando ele, seguindo rastros, pistas, mas sem sucesso.
Esse silêncio dele tem me deixado perturbado...
Sabe quando você joga aqueles jogos de tabuleiro? Onde você anda por casas, e se tiver azar, tem que voltar algumas casas e as vezes, precisa voltar ao inicio.
É assim, exatamente assim, que me sinto... Parece que conseguimos avançar muitas casas, mas por azar, voltamos ao início de tudo.

Semana que vem vai acontecer a primeira audiência de Dante, nosso advogado acha que ele vai pagar muitos anos de cadeia.
Ainda não consigo entender o porquê dele querer me matar, mesmo Lorena me contando tudo, mesmo falando o que ele disse pra ela, eu não entendo. Nunca fiz nada de ruim a ele, nunca...

Sento na cama e seco meu cabelo, ainda molhado depois do banho, logo Lorena adentra ao quarto com Dora nos braços.
As duas já estão prontas para a ceia de Natal, Dora usando um macacão vermelhor e uma tiara branca com um lacinho perfeitamente feito, já minha mulher, está usando um vestido vermelho, com um cinto branco, o cabelo cacheado solto e usando um salto alto preto.
Lorena põe uma mão na cintura e me dá uma bronca:

- Ainda não está pronto, Heitor?!

- Estou quase, meu amor! Me arrumo rapidinho... - digo sorrindo.

- Está tudo bem?

- Sim... Só estou pensando em muitas coisas. Pensando na semana que vem... - respiro fundo.

- Amor, - ela senta ao meu lado. - está pensando na primeira audiência do Dante, não é?

- Eu ainda não entendo...

Lorena acaricia meu cabelo, e deita sua cabeça em meu ombro, selo meus lábios em sua testa. Quando faço menção de dizer algo, sinto a mãozinha pequena de Dora tocar meu antebraço, abaixo meu olhar e minha filha está me olhando, com seu olhar cheio de pureza.

- Diz ao papai que tudo vai acabar bem, meu amor!

- Sabe por que eu tenho certeza disso?

Lorena me encara.

- Porque eu tenho vocês! A minha família... - ela abre um sorriso largo - Eu te amo, Lorena! Te amo!

Algumas pessoas dizem que o que une uma família, depois de algum tempo, são os enterros dos entes queridos. Sempre achei isso algo desumano, pode ser porque a minha família se une, todos os anos, no Natal.
É uma tradição linda, um tradição que ensinarei aos meus filhos e todos os anos estaremos aqui, comemorando o Natal e revendo nossos familiares.
Nesse Natal, temos mais uma família, os pais de Lorena e nossos filhos, e eu me sinto o homem mais feliz de todo esse planeta por ter eles na minha família.
Eles foram de uma família peculiar, para a familia que me ensinou que mesmo com tanta diferença, o amor sempre prevalece.

Uma Nova História - Completo - Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora