Uma Nova História - Completo - Em Revisão

Capítulo 36

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AGRADECIMENTOS
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Lorena

Senti um peso grande em minha cabeça e uma dor imensa, algo tinha acontecido e eu não sabia o que era.
Abrir meus olhos e percebi que o teto não era como o do quarto de Heitor, era um teto diferente, era o teto de uma cabana, ou casa de campo sem andar de cima.
Devagar, me sentei, sentindo a dor em minha cabeça aumentar gradativamente, senti algo em minha testa, quando coloquei o dedo e fitei todo aquele sangue, tudo veio em minha mente como um furacão.
Eu fiz Daniel dormir, ele estava chatinho, por causa da vacina que tomou e fiz ele dormir pra ver se ele melhorava. Quando consegui, peguei Dora e fui para o jardim, e tudo o que eu me lembro e de sentir um golpe em minha cabeça.
Meu Deus...

- Ah! Acordou...

Meu coração acelerar quando vejo Beto na minha frente, me levanto, sentindo uma dor imensa percorrer todo o meu corpo, principalmente minha barriga e minhas costas, encosto na parede, caindo no chão de tanta dor.
O que está acontecendo?

- A dor deve ser por causa da surra que te dei há mais ou menos, deixa eu ver, há mais ou menos 5 horas. Não lembra?

Da uma gargalhada e sinto um enjoo me invadir... Beto está com raiva, está furioso e eu temo pela minha vida.
Ele caminha até mim, agacha ficando bem pertinho, abre um sorriso e diz:

- Isso é pouco, muito, muito pouco para o que eu quero fazer com você, sua vadia!

Quando menos imagino, Beto me acerta um tapa em meu rosto, me fazendo bater o rosto no criado-mudo. Sinto uma dor imensa e já não consigo controlar minhas lágrimas.
Ele levanta, pegando uma cadeira e sentando, me encarando com o maior desprezo do mundo.

- Se Raissa não fosse minha avó. Eu juro que matava ela. Juro que acabava com a vida dela, da mesma forma que quero acabar com a sua!

Apenas olho para ele, as dores que sinto me impedem de falar, meu corpo todo dói, meu rosto dói, minha cabeça... e eu não me lembro de nada.

- Agora vc não tem ninguém pra te ajudar... Somos apenas nos dois! Apenas, nós dois!

-  Dora...

Digo sentindo uma pequena força me invadir quando lembro da minha filha. Ela estava comigo. Estava comigo antes de tudo acontecer.

- Cadê... - acabo tossindo, respiro fundo. - cadê minha filha?

- Sua filha... - levanta da cadeira, caminhando até uma sacola e pegando uma garrafa de cerveja. - Até nisso você fez minha avó mentir pra mim. Não se preocupe, sua filhinha está bem... Ela está em um lugar muito melhor. Está muito melhor que nós dois, Lorena!

Ele matou a Dora?

- Não! Não...

Minha voz embarga, e sinto uma dor gigantesca, mas não uma dor física, sinto uma dor no meu coração.

- Você... oh meu DEUS! Você matou a minha filha? A... A... A minha filha? Meu D... Beto?!!!

Beto da uma gargalhada, rindo do meu desesespero, começo a chorar pensando no que ele fez, meu Deus, ela matou, ele matou a minha filha. Apenas uma criança... Um bebê...
Mesmo com dores, me levanto do chão e parto pra cima dele enchendo  seu peito de murros e tapas, chorando e demonstrando o quão desprezível ele é, o quão monstro ele é... E enquanto eu esmurrava ele, Beto dava gargalhadas.