Capítulo 38

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AGRADECIMENTOS
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Lorena

Beto disse que vamos embora amanhã pela manhã, não sei para que raio de lugar  ele quer me levar, mas a cada dia que passa tenho mais medo do que ele está planejando fazer comigo.
Estou muito machucada, meus olhos roxos, minha boca com sangue descendo ao lado, meu corpo inteiro dói, minhas pernas estão machucadas e andar tem sido tarefa difícil.
Quando Beto sai, me levanto vou até a janela e imploro por socorro, mas o local onde estamos deve ser um local afastado e meus gritos não tem nenhum efeito, e fico rouca depois, faço isso todos os dias, e sinceramente, não sei há quantos dias estamos nessa cabana.
Beto saiu há alguns minutos, disse que precisava ir um pouco longe pra comprar as passagens para irmos embora amanhã, ele saiu todo disfarçado, irreconhecível, devem estar procurando por mim.

Olho pela pequena abertura que tem na janela, e vejo várias árvores, estamos em um local distante mesmo, quando faço menção de sair da janela, vejo um menino, e atrás dele uma mulher, meu coração acelera.

- Aonde ela estava?

- Dentro da cabana, mãe. Olhamos pelo buraquinho e vimos ela no chão, toda machucada chorando.

Meu Deus... São pessoas, são pessoas.
Tento gritar, mas minha voz sai muito baixa, e eles não me escutam, então caminho até a porta e começo a bater, e pedindo ajuda, mesmo com minha voz baixa e rouca, bato.

- Meu Deus!

A mulher diz, o menininho diz para ela olhar pelo buraco que olhei há alguns minutos atrás, caminho até lá e bato novamente na parede, implorando por ajuda.

- Por favor... Me ajuda...

- Oh meu Deus! Meu Deus! Eu... Eu vou te tirar daí... calma!

- Ah! Obrigada! Obrigada!

- Gabriel, procura por uma madeira. Algo pesado. Rápido filho! Rápido!

Ela corre até a porta e começa a tentar abrir, mancando, caminho até a cama e me sento chorando, pela dor que estou sentindo e por saber que estou prestes a sair dessa lugar.
Escuto a voz do menino dizendo que achou algo, depois a voz da mulher dizendo para ele se afastar, logo um baque forte vem em contato com a porta, a mesma estufa, mas não cai. Em seguida, mais um, e ela estufa mais um pouco, depois de 4 tentativas, a porta da cabana finalmente cai e logo a mulher entra.

- Oh meu Deus! O que fizeram com você, menina?

- Por favor - minha voz está completamente embargada pelo choro. - por favor me tira daqui antes que ele volte... me ajuda! Me ajuda!

- Vem... Se apoia em mim!

Ela me ajuda a levantar, jogo meu braço esquerdo em seu pescoço e caminhamos, eu mancando, na direção da porta.
Mesmo mancando, andamos o mais rápido possível, logo chegamos em uma estradinha quase impossível de ver e fito uma caminhonete preta estacionada.

- Gabriel... abra a porta do carro, filho!

O menininho corre e abre a porta do banco do carona, ela me ajuda a sentar, sorri e então fecha a porta, logo o menino e ela estão dentro do carro e saímos do local onde estávamos.
Acho que demoramos pelo menos uns 5 minutos para chegar em uma fazenda, quando o carro para, me sinto um pouco mais tranquila por saber que estou longe daquela cabana.

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