[Oi! Eu peço que não esqueça de votar <3]
Sorte. Nunca pensei que fosse uma pessoa de sorte até escapar da morte há alguns minutos. O lobo que me abordou simplesmente desapareceu como poeira na noite, bem diante dos meus olhos. Talvez eu não devesse me mover agora, mas sinto que não quero mais ficar aqui, porque aqui não é lugar para mim. Desde que cheguei, me sinto deslocada.
Após alguns minutos completamente imóvel, meus olhos vagam pelo jardim, procurando por ele. Giro nos calcanhares, mas, assim que me viro, vejo a figura de um homem à minha frente. Provavelmente um dos amigos do Sai, sua fisionomia não me é estranha.
— Tão sozinha aqui fora, está tudo bem com você? — Ele pergunta, mantendo as mãos casualmente nos bolsos, com uma postura elegante e ereta. Seu nariz é empinado, e na hora não sei se ele é educado mesmo ou só está tentando fazer charme.
— Eu queria respirar ar fresco, só isso. — digo, e para convencê-lo, dou um passo à frente e continuo: — Não gosto muito de música alta e, honestamente? Só vim porque minha amiga insistiu muito. — Minha declaração o faz rir de forma anasalada, parece que fui sincera demais.
— Você é autêntica, além de ser muito bonita. Me desculpe, nem me apresentei. Meu nome é Sasori, estou a seu dispor. — Ele fala de maneira espontânea, mas não esconde um certo cinismo. Primeiro ponto negativo. Digamos que eu não confie muito em caras bons de papo que tentam esconder suas reais intenções a todo momento.
— Me chamo Sakura, é um prazer. — De repente, a música acaba e parece que vão iniciar alguma coisa, mas eu já quero ir embora. Dou um sorriso mínimo e peço licença enquanto passo por ele. Sigo andando de volta para dentro, sentindo que ele está logo atrás de mim. Pelo que parece, estava rolando uma espécie de aposta entre os caras com queda de braço. Vejo Ino instalada do outro lado da sala e decido ir até ela. Apesar de estar calma, a imagem daquele lobo não me sai da mente nem por um segundo.
— Ei, testa de marquise, onde você estava? — Ela pergunta, enquanto ingere um drinque com aspecto de vodca, ou talvez whisky. Sinto que fiquei bêbada só com o bafo que saiu da boca dela.
"Parece que você bêbada era só o que me faltava," — pensei. — Ino, já te pedi para não me chamar assim em público. — Ela faz uma cara desdenhosa e vira o rosto. — Olha, eu não estou me sentindo bem e quero ir embora. — Isso a faz me olhar de volta; quando ela bebe, vira a dona da razão.
— Não fode. A gente chegou aqui faz nem duas horas, e você já quer ir embora? Ah, me poupe, Sakura. — Ela revira os olhos, alterada por causa da bebida. Por outro lado, o namorado dela percebe que estamos discutindo nos bastidores e vem até nós. Ele é bem bonito, não posso negar, mas é um classista meio racista às vezes.
Esta noite, ele está vestido com um suéter azul profundo, quase preto, por baixo da jaqueta de couro. Seu estilo é meio rockstar. Ele mantém um corte de cabelo militar, com a parte traseira e as laterais quase raspadas, enquanto a parte de cima é maior e colocada para trás.
— Algum problema, garotas? — Ele pergunta simpático.
— Problema nenhum, está tudo bem. Não é, Ino? — Falo, tentando aliviar a barra da loira, mas ela não colabora, e sinto como se estivesse dando algum vexame. Ino se põe a falar meio alto, chamando a atenção das outras pessoas, e isso pra mim é o cúmulo da vergonha alheia. Continuo: — Não estou acostumada a beber, e acabei tomando uma taça de vinho. Não estou me sentindo muito bem, mas não precisam se preocupar comigo. Vou pedir ao meu pai para vir me buscar.
— Entendo. — Ele diz: — Vou te levar para casa agora mesmo. — Sei que ele está sendo muito prestativo comigo, mas a casa dele está cheia de convidados e, além disso, tem a minha amiga problemática também.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Night angels (Concluída)
FanfictionEu sou apenas uma garota de 17 anos que não tem coisas legais para contar ou namorados para colecionar. Haruno Sakura, este é o meu nome. Moro nesta cidade pacata desde que nasci e o inverno por aqui é rigoroso e a neve severa muitas vezes impossibi...