✰ Q U I N Z E ✰

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[jisung p.o.v. - d-day]

jisung seguia os passos de minho pretendendo não estar nervoso - coisa que não funcionava pois ele tropeçava nas próprias palavras constantemente e isto denunciava seu sentimento - enquanto o mais velho aparentava estar calmo, caminhava tranquilamente em direção a uma suposta cafeteria cujo jisung não fazia ideia de qual era; conhecer seul não era seu grande forte, apesar de ter residido na cidade varias vezes durante sua vida, não havia muito para se recordar referente as localizações.

ao chegarem na cafeteria jisung sentiu seus músculos relaxarem levemente , o cheiro típico e delicioso invadia as narinas de ambos. prontamente sentaram-se em uma mesa aleatória próxima a janela e minho iniciou o diálogo:

- o que você quer beber?

todos os tipos de respostas percorreram a mente de jisung, talvez um simples "nada, obrigado" seria uma boa escolha, imagine se ele não gostasse da forma como jisung toma sua bebida? seria o fim do mundo!

- macchiato de caramelo, por favor. - jisung sorriu levemente sendo retribuído por minho que levantou-se da mesa afim de realizar os pedidos. que sorriso mais lindo. quanta sorte, han jisung.

sem muita demora minho retornou à mesa com as bebidas, ainda meio receoso sobre a forma que deveria agir diante daquela situação.

- então... você é minha alma-gêmea, tipo, 100% de certeza? - minho levava esse assunto de alma-gêmea muito sério, seu coração quebraria em milhares de pedacinhos se fosse apenas outra ilusão.

- sim, eu senti um puxão no avião e... a sua foto da tela de bloqueio me relembrou de um episódio na Lan House, eu senti um puxão naquele dia também. - "ah, eu também li seu diário, onde você guardava seus pensamentos mais profundos em relação a tudo... mas é só isso..."

- portal 2. - mais um sorriso.

- você já sentiu algum outro puxão? - jisung perguntou, mesmo estando ciente da resposta que receberia.

- eu já senti diversas vezes, a primeira vez foi... quando eu era bem pequeno.

- no parquinho?

- um menino estava sentado na gangorra, sozinho.

o coração de jisung errou algumas batidas, mesmo tendo certeza de que o outro era sua alma-gêmea relembrar a primeira memória que ambos viveram juntos era... inexplicável.

jisung engoliu todas as suas palavras e minho ficará nervoso com o pequeno silêncio que se fez presente.

- aliás... por que estava sozinho naquele dia?

- eu ia encontrar um amiguinho da escola mas, ele meio que esqueceu de mim...

- ah... que pena. - minho ficou sem jeito.

os dois estavam sem jeito, ninguém disse que seria assim seu encontro, tão... atípico. era difícil estar naquela situação, jisung tinha medo de estragar as coisas logo de início, minho também. mas, talvez eles fossem assim, minho e jisung: encontros atípicos e diálogos cheios da "falta de jeito". minho e jisung.

- minho... - ao ganhar a atenção do outro para si ele desviou o olhar para o centro da mesa. não conseguiria continuar sua fala olhando nos olhos dele. - eu não sei fazer isso. relacionamentos. - sua bochechas pegavam fogo naquele ponto - acho que faltou um manual de instruções para mim mas... você é minha alma-gêmea, e, não quero estragar tudo... como... sempre faço, então, preciso que você me prometa uma coisa... - jisung se atrapalhava todo na hora de falar, se sentia patético por tal fato. na concepção do lee era tão fofo.

- o que for. - minho sorriu tentando confortar o mais novo. conseguiu.

- não me deixe, nunca. - estendeu seu mindinho para o mais velho que logo retribuiu o gesto.

- nunca.

minho aproveitou a proximidade das mãos e entrelaçou as duas. parecia certo. era certo. o ato de minho tinha uma intenção tão genuína, as inseguranças desapareciam, dissipavam-se a cada instante.

- só preciso saber de uma coisa... você gosta de gatos?

love through threadsꓼ 𝗆𝗂𝗇.𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora