Apenas um Conto de Terror

Parte 3 - Quero ser o primeiro

*Nota do autor: essa história está sendo revisada, os capítulos anteriores foram reescritos, mas daqui em diante, ainda estamos na versão anterior.

Quando Henry se virou, viu a porta de sua casa aberta. Um homem estava parado lá. Ele tremeluzia, ficando muito escuro, ou transparente. Henry olhou de volta para o banheiro. Não havia mais sangue ou garotinha. 

- Por favor, me deixe entrar. - Pedia o homem.

- Suma daqui. - disse Henry.

- Sinto muito, mas terá que que me deixar entrar primeiro.

- Entrar onde? - Henry já estava de saco cheio daquele papo.

- Em sua casa, quero ser o primeiro.

Então o homem olhou nos olhos de Henry, que desmaiou por algum motivo.

Quando acordou, estava em sua cama. "Ótimo - pensou ele -, foi apenas mais um pesadelo" . Olhou no relógio. Eram novamente 3 da manhã. Ouviu objetos sendo jogados pela casa, barulhos de vidro, jarros entre outras coisas sendo quebrados. Correu por toda a casa desesperado, mas não encontrou nada, não havia nada fora do devido lugar. 

"Psiu." - Ouviu de algum lugar próximo.

Olhou em volta e se assustou quando viu uma mulher tremeluzindo em sua janela. Seus cabelos pretos tampavam-lhe o rosto. Sua pele parecia ter alguma deformação, e tinha uma cor estranha, como se tivesse alguma doença repugnante em sua pele.
- Quem é você? Está louca? O que faz em minha janela à essa hora? - Perguntou Henry.

- Apenas desejo entrar.

Henry estava ficando irritado. Que porra havia naquela casa que todos queriam entrar?

- Não! Vá embora daqui!

A mulher sorriu e desapareceu lentamente em uma névoa.

- Alguma hora você terá de nos aceitar de volta, Henry. Ou continuaremos te importunando. 

De manhã, Henry começou a se dar conta de que aquelas coisas estranhas poderiam realmente estar acontecendo. Pensou em falar com os pais, e sabia que tinha alguma coisa importante e não resolvida entre eles, que estava deixando passar algo batido, mas seu orgulho falou mais alto novamente. "Tenho que resolver isso sozinho - pensou ele - ou nunca serei independente". Foi aí que teve uma ideia. Se quisesse se livrar de todos aqueles tormentos, teria de saber o que eram eles primeiro. Já que tinha sido demitido (ele ainda não havia engolido aquele papo de que ele mesmo havia se demitido), teria muito tempo livre até arrumar outro lugar para trabalhar . 

Foi primeiro à uma biblioteca, para ver o que encontraria por lá.