*Espero que todos tenham entendido a referência que eu fiz no fim do capítulo anterior...
"Droga." Pensou Henry. Estava cansado de ficar em situações sem saída. O lado bom era que por enquanto ele havia se saído bem em todas elas, então quem sabe não teria uma chance?
Os quatro espíritos em sua frente estavam bastante intimidadores, mas também um pouco intimidados, agora que não tinham mais tempo para nada além de matar Henry (o que provavelmente havia se tornado agora o projeto de vida... ou morte deles).
Henry estava se tornando expert em correr. Foi o que ele tentou fazer novamente, mas os espíritos pareciam estar raivosos o suficiente para impedí-lo sem dificuldade, fazendo-o flutuar. Em alguns segundos, Henry pôde ver mais um deles meio que estourar, e depois se desfazer em névoa. Certo. Haviam apenas três espíritos agora. Henry levou a mão ao bolso, onde talvez tivesse sal ou água benta ou crucifixos... Um deles ia atacar, mas Henry teve uma grande surpresa quando ele foi impedido por Berta, que com um gesto o fez desaparecer, junto com o outro. Então ela disse:
- Temos de conversar, Henry. E não temos tanto tempo. Se tentar alguma coisa eu te mato em menos de um segundo, e você sabe que posso fazer isso.
Ele só havia percebido agora, mas as chamas de Berta eram negras. E ainda estavam longe de se transformar em vermelho. Ou seja, teria de improvisar novamente.
- Certo. Sobre o que você quer conversar? Garotas? Carros? Video-game? - Respondeu Henry.
- Não sei se você entende a gravidade da situação, mas eu estou começando a me arrepender de ter te salvado. Agora mesmo aqueles espíritos estão conversando com dois amigos seus. Tenho que te alertar que um deles não é lá um amigo que alguém queira ter...
- Como assim?
- Qual é... você já deve ter percebido...
- E porque eu confiaria em você?
- Quem disse que preciso que confie em mim? Só estou te dando... meus últimos cumprimentos, pela ajuda.
- Ajuda? Que ajuda?
Berta soltou um suspiro.
- Tentar me mandar para o além... sabe a quanto tempo eu quero ir para lá?
- Mas... você é uma succubus. Se alimenta dos medos de humanos. E quer a todo custo voltar à vida.
- Claro. Mas, acha que gosto de ficar presa a esse maldito e imundo lugar até achar um humano estúpido para possuir?
- Pode parar com isso. Qual é o seu plano? Tentar me possuir no seu último suspiro?
- Comos vocês vivos são idiotas. Seu erro foi confiar demais Henry. Só não te matarei agora mesmo porque talvez a ameaça faça sua... como posso dizer? Sua segunda personalidade tomar o controle. E eu não faço ideia de para onde Calvin pode ter ido depois...
Berta parou de falar subitamente, como se tivesse visto ou ouvido algo estranho. Então deu um sorriso sarcástico e disse:
- Boa sorte...
Pouco tempo depois, um clarão apareceu à frente de Henry, que se surpreendeu ao ver Alícia.
...
O padre tinha visto um clarão ao longe. Eram cores meio estranhas, mas pelo menos era algum ponto de referência. Enquanto se encaminhava para lá, aconteceu algo. Ele sentiu um calor atrás de si, e uma luz incandescente vinha da dirção. Então fechou os olhos com força. Ouviu uma voz:
- Ora, ora... não é o cara que tentou me expulsar? Acho que poderemos nos divertir nos meus últimos momentos...
...
- Olá, Henry. Acho que finalmente conseguiu. - disse Alícia.Alícia estava com uma aparência bem molhor agora.
- Bem... acho que sim. Finalmente vencemos.
Alícia olhou para Henry e deu um sorriso caloroso.
- Errado. EU venci.
- O quê? Do que está falando?
- Do que eu estou falando? Agora é a hora em que Berta e o Padre poderiam te dizer: "Eu bem que te avisei!" Bem, acho que temos tempo para uma história. Sabe por quê os demônios são tão fortes? Porque no inferno, eles torturam diversas almas. Digamos que é dali que eles obtêm tanta energia. E adivinha o que você acabou de me ajudar a fazer? Achou realmente que estaria livre do espíritos? Você realmente pensou que a estúpida da Berta fosse o poltergeist? Isso só acabará quando eu quiser. Estou tão forte agora que acho que até poderia enfrentar vocês...
- Nós?
- Pare de se fazer de idiota Henry! Você sabe muito bem do que eu estou falando!
Então Henry se lembrou da voz... da vez que perdeu o controle... e finalmente, de um sonho.
- Então você me influenciou a fazer isso só para ganhar poder?
- Exato. O seu... amigo oculto me contou como fazer... e digamos que eu não pude recusar a proposta. Mas agora estou forte o sufiiente. Não preciso de você! Nem dele... e não me leve a mal... no início eu até desejava te ajudar, mas depois que você perdeu o controle...
Alícia não terminou de falar, porque uma mão segurando uma cruz a atravessou, disse algumas palavras em latim e fincou a cruz no chão, enquanto Alícia era banida daquele lugar temporariamente.
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Apenas um Conto de Terror
ParanormalHenry Acabou de se mudar para sua nova casa depois de uma discussão com os pais. Mal sabe ele o destino que terá de enfrentar devido a essa escolha.