Henry acordou três semanas depois, num quarto de hospital.
Se sentia dolorido, parece que tinha batido a cabeça. Não fazia ideia de como fora parar ali. Só se lembrava de uma coisa: "Quod est tibi nomen, daemon?"
Não fazia ideia de onde tirara aquela frase que parecia de algum idioma estranho... talvez latim.
A enfermeira veio lhe avisar que ele tinha uma visita. Henry ficou pensando ser seu pai ou sua mãe, mas se surpreendeu ao descobrir que na verdade era o padre exorcista.
- Como está, Henry? - Perguntou ele.
- Acho que bem... e o senhor? - Repondeu Henry.
- Também. Tenho que te contar algumas coisas Henry. Sua casa está segura... por um tempo. Aqueles succubus e incubus são simples de se derrotar. O exorcismo é a maneira mais fácil. O problema é o poltergeist que os mantém presos lá por algum motivo.
- Como assim?
- O que quero dizer é que um deles, talvez o mais forte, está ligado a todos eles. E ele próprio está ligado a alguma coisa na terra... ou, mais precisamente, na sua casa.
- E como eu vou conseguir expulsá-los então?
- Primeiro, você precisará saber quem é o poltergeist. Não é uma coisa fácil, mas seu livro te dará algumas dicas. Precisa encontrar o que o mantém preso a este mundo, e queimar, de preferência após ter jogado uma grande quantidade de sal grosso. Outra opção é tentar eliminar os incubus/succubus primeiro, desligando-os do poltergeist. Mas isso o livrará somente deles.
- E quanto tempo minha casa estará segura?
- Talvez algumas semanas. Mas tome cuidado para não se deixar controlar novamente.
- Como? - Perguntou Henry. Mas o padre já estava saindo do quarto.
Henry tentou clarear a mente. Parece que não seria tão fácil assim se livrar daqueles espíritos.
Continuava com aquilo na cabeça apesar de não saber o que significava: "Quod est tibi nomen, daemon?"
*O que aconteceu enquanto Henry estava apagado: O padre tinha visto Henry ofegando com as veias meio que pulsando para fora, então resolveu jogar água benta nele para tirar uma prova... Quando a água atingiu Henry, saiu fumaça de sua cabeça, então quase imediatamente seus olhos ficaram vermelhos. Esse padre em particular porém, ao contrário do outro, já tinha passado por isso antes, e sabia exatamente o que fazer. Precisou dizer algumas palavras em latim:
- Quod est tibi nomen, daemon? - Perguntou ele.
- Numquam revelabunt. - Foi a resposta.
O padre pegou uma cruz e colocou à mostra. Henry gemeu de dor, quando seus olhos a viram. O padre aproximou-se mais. Jogou um pano na cabeça de Henry e pronunciou:
- Ego præcipio tibi, ut dimitterentur
- Paenitet, sed noli modo!
Dizendo isso, soltou um grito horrendo e desmaiou.
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Apenas um Conto de Terror
ParanormalHenry Acabou de se mudar para sua nova casa depois de uma discussão com os pais. Mal sabe ele o destino que terá de enfrentar devido a essa escolha.