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- Swang

Surpreendentemente tinha dormido à noite inteira sem sobressaltos; sem pesadelos. Aliás, tinha dormido tranquilamente e sentia-me energizada à medida que agora acordava com o som da televisão a ressoar a partir do fundo do quarto.

Expulsei a réstia de dormência dos meus músculos ao esticar-me pela cama enquanto abria os olhos e já tinha um sorriso na cara por vê-lo. Contive o meu pé quando este chocou contra algo pesado no fundo da cama.

"Bom dia" Balbuciei depois de me sentar. Até então O'Brien permanecia em pé, de olhos cravados nas notícias e boxers nas ancas. De costas para mim, eu podia ver o quanto ele andava a apostar no ginásio para os seus próximos projetos. A vista era agradável, mas assim que ele se virou, ao som do meu cumprimento matinal, o sorriso que me mostrou provou ser mais agradável ainda.

Sorri de volta enquanto se deslocava para me alcançar em poucos passos. Sem as lentes e sem os óculos eu descodificava tudo o que me rodeava por serem formas familiares. Assim descobri Spinee na ponta da cama e um tabuleiro de madeira ao seu lado.

"Pequeno almoço na cama" Ronronei, quase, antes de alcançá-lo. Contornei o seu rosto e beijoquei as bochechas duas ou três vezes enquanto o sentia sorrir. "Obrigada" com as pernas cruzadas começamos por comer as panquecas e a fruta, mas eu estava deliciada com o batido que me tinha preparado.

"Acho que devia de dormir aqui mais vezes" Brinquei e surpreendi-me com o seu sorriso de cúmplice.

Perguntou-me se tinha dormido bem. "Estranhamente..." murmurei vagueado pelo prato com o garfo. "...dormi mesmo bem"

"Isso é bom!" Comentou. "Eu liguei a dizer que não me estava a sentir bem hoje"

As minhas sobrancelhas cruzaram-se em confusão. " porque haverias de fazer isso?" Com a palhinha entre os dentes questionei. O'Brien parecia bem, sem qualquer sinal de má disposição.

Os seus ombros encolheram ligeiramente "assim posso fazer-te companhia"

"Já estamos nessa fase?" Era uma piada, mas no momento em que caiu da minha boca eu soube que não foi a melhor escolha de palavras. "Tu não precisas de fazer isso. Aliás, eu tenho que ir à casa do Harry de tarde" podia descodificar tanta surpresa quanto curiosidade nos seus olhos esbugalhamos na minha direção. "Ele ofereceu-me um trabalho para que funcionasse como um género de consultora de arte"

"Uau! Isso é incrível, eu quero dizer t-"

"Não vou aceitar" interrompi-o. "Não faz sentido aceitar e eu sei que um trabalho seria boa ideia, mas trabalhar para ele está fora de questão!" Previa determinada.

"Porque não?" Dylan falou como se fosse a voz da minha consciência.

Elevei os ombros não sabendo como expor o real problema.

"Eu acho que devias de aceitar. Afinal vocês já resolveram as coisas e agora são amigos"

As suas palavras pareciam ecoar na minha cabeça durante o resto do dia até ao momento em que, nesse dia, mais tarde, estava a cumprimentar o segurança que me deixava passar para o interior do território do Harry.

As suas palavras pareciam ecoar na minha cabeça durante o resto do dia até ao momento em que, nesse dia, mais tarde, estava a cumprimentar o segurança que me deixava passar para o interior do território do Harry

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