Thirty Six.

600 63 23
                                    

Disagreements
(Desentendimentos)

Acordei no dia seguinte lembrando dos acontecimentos da noite anterior.
Jantar. Eu e Joel. Maya e Christopher. Vivian e Yashua. Zabdiel e Vivian. Briga. Ciúmes.
Muitos eventos pra uma simples sexta-feira à noite.

Levantei, tomei banho, coloquei uma roupa simples para ir tomar café da manhã, e antes de sair, meu celular tocou.

Joel Pimentel

— Alô!? — Atendi.

— Bom dia! Não sabia se você estaria acordada, por isso não mandei mensagem. — Explicou.

— E por que você queria que eu estivesse acordada?

— Pra abrir a porta pra mim. — Falou.

Me dirigi até a porta, abri, e lá estava ele, com o celular próximo ao ouvido. Desligamos a ligação e ele me estendeu um copo grande de vitamina de abacate.

— Eu disse que ia trazer. — Deu de ombros.

— Eu já disse que você é um anjo? — Dei um beijo em sua bochecha e peguei o copo. — Já tomou café?

— Na verdade, não.

— Vou só colocar meus chinelos, um segundo. — Voltei ao quarto e assim o fiz.

Chegando no restaurante, apenas o Zabdiel estava lá. Pegamos nossa comida e sentamos com ele na mesa.

— Bom dia! — Cumprimentamos e ele nos respondeu.

— O Christopher nem quis descer pra comer. — Contou. — Disse que está com dor de cabeça e não quer ver a Maya.

— Ela nem está aqui. — Falei o óbvio.

— Eu sei, mas ele nem quis argumentar.

— Pode me dar o cartão do seu quarto? — Pedi.

— Aconselho a você não ir lá. É capaz de receber um travesseiro na cara como resposta. — O Zab disse.

— Ele precisa comer e tem que parar com esse joguinho de não querer conversar com ela. Uma hora eles precisam se resolver.

Ele acabou me passando o cartão e eu pedi licença, indo para o quarto deles. Bati duas vezes na porta antes de entrar, por precaução, e entrei. Ele estava jogado na cama, todo coberto e encolhido.

— Já te falei que não vou descer agora, Zabdie-

Ele parou de falar quando se descobriu e viu que era eu.

— Oi. — Dei um sorrisinho.

— O que houve?

— Vim te chamar pra descer e comer.

— Eu não vou agora, Alexa, desiste. Quando a Maya sair de lá, você me avisa.

— Ela não está lá e acredito que não vai acordar tão cedo depois de ontem.

— Eu tentei ajudar, Lexa, e ela foi ingrata. — Ele disse ainda sentado na cama.

— A Maya é orgulhosa, Chris. Ela não vai dar o braço a torcer, por mais que saiba que você tenha tentado ajudar. Mas não adianta ficar aqui falando isso pra mim, sendo que você precisa se resolver com ela, não comigo.

— Traz café da manhã pra mim? — Fez bico.

— Ah, mas é muito folgado mesmo! Levanta daí! — Puxei-o pelo braço.

— Não, por favor! — Ele puxava seu corpo para trás.

— É muita mordomia achar que eu vou te trazer café da manhã na cama por pirraça. Anda, levanta daí e vai colocar um short.

Feel Something | J.P.Onde histórias criam vida. Descubra agora