Forty Eight.

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Rain
(Chuva)

Ficamos descansando do almoço na sala, alguns sentados no sofá, outros sentados na mesa, alguns foram dormir no quarto, etc.

Essa parte da casa não tinha muita divisão de paredes, visto que a mesa de jantar era logo ao lado da cozinha e a sala principal de televisão ficava em frente. Tudo junto, mas bem grande e espaçoso.

Eu estava sentada na mesa, mexendo no computador e checando alguns e-mails. Até que a minha visão periférica detectou alguma coisa se mexendo perto de mim.
Quando eu olhei, era uma barata.
Levantei correndo da cadeira, indo para a parte da cozinha e soltando um grito na hora do susto.

No entanto, para a minha raiva, quando eu já estava afastada, vi o Rich sentado no chão, escondido e rindo muito.
Ele colocou uma barata falsa em cima da mesa.

— Porra, Richard! Isso não se faz. — Eu me debrucei no balcão da cozinha, escondendo o rosto. — Meu coração está muito acelerado. Eu vou matar você, garoto, até minha cabeça começou a doer!

Encostei-me no armário da cozinha, coloquei a mão no coração e fui escorregando as costas até sentar no chão.

Então eu vi outra barata aparecendo no canto do balcão da cozinha e me assustei mais uma vez.

— Para! — Soltei um grito e me levantei, vendo o Chris agachado atrás do balcão começando a rir descontroladamente. — Eu odeio vocês!

Eu fui para cima dele e distribuí varios tapas em seu braço, fazendo-o rir mais ainda.

— Não tem a menor graça, eu quase morri do coração!

Decidi pegar a barata que estava no chão, pegar a outra em cima da mesa e joguei as duas no lixo da cozinha.

— Vocês vão ver, me aguardem. Vai ter volta!

— Não, minha barata! — O Richard gritou quando eu coloquei ambas dentro do lixo.

Fui sentar-me no sofá junto com os outros para acalmar meu coração, que estava a mil, enquanto todos riam da situação e eu tentava segurar o riso.

Depois de um tempo apenas conversando e com todos ainda sentados no sofá, de repente ouvimos a Clara dando um grito na cozinha:

— AH! MERDA!

— O que foi? — O Zabdiel perguntou.

— Eu fui jogar um negócio no lixo e tem duas baratas lá dentro!

No momento em que ela falou isso, todos nós gargalhamos incessantemente, deixando-a sem entender nada.

— O que foi? Qual é a graça?

Ela perguntou e nós explicamos o ocorrido, esclarecendo que eram baratas de mentira e deixando-a mais aliviada.

— Precisamos ir ao mercado, ou amanhã não vai ter comida. Já está acabando o que nós compramos. — Ela disse.

— Nós podemos ir, se quiser. — O Richard ofereceu.

— Se vocês estiverem dispostos, eu aceito. Só tomem cuidado, por favor.

— Podemos aproveitar e comprar os ingredientes pra Alexa fazer brigadeiro. — O Joel lembrou e todos concordaram.

— Fechado. Vamos? — Me prontifiquei.

Os dez levantaram do sofá e nos arrumamos para ir ao mercado; a pé mesmo, porque não era muito longe de casa.

Era um mercado bem grande, daqueles que você encontra não só alimentos, mas até uma parte de material de construção tem lá.
Pegamos dois carrinhos grandes e fomos pegando os ingredientes que estavam escritos em uma lista.

Feel Something | J.P.Onde histórias criam vida. Descubra agora