Você voltou?

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Depois de tentar reanimar Marinette por diversas vezes, Adrien viu que não obteria sucesso, então resolveu chamar um uber para leva-la ao pronto socorro mais próximo. Tendo ajuda de duas pessoas que caminhavam pela rua no momento, ele conseguiu coloca-la no carro e assim foram para o hospital.

Quando chegaram lá, a pegou no colo e caminhou rápido pela recepção onde pediu por ajuda desesperadamente, logo sendo atendido por alguns socorristas que puseram Marinette em uma maca iniciando os procedimentos para verificar o que tinha acontecido com ela.

Adrien teve que aguardar em um dos corredores. Sozinho, ele andava para os lados angustiado, passando a mão sobre a testa, tentando se acalmar, mas o coração não permitia. Sentia-se assustado, nervoso e a todo momento o rosto desacordado de Marinette vinha na sua cabeça.

Ela estava pálida, muito mais do que o normal e bem gelada, parecia até que tinha morrido.

Céus... só de pensar nessas coisas uma sensação ruim percorria todo o seu ser e ele rezava em silencio, pedindo inúmeras vezes que nada tivesse acontecido com ela. Porque se alguma coisa de ruim acontecesse... aconteceria a ele também, porque ela não poderia morrer, ela não poder ir embora.

Não agora. Não naquele momento onde finalmente a tinha encontrado de novo.

Sentou-se em uma das cadeiras colocando os dois cotovelos sobre os joelhos e fechou os olhos. De alguma forma, tentava mandar energias positivas para onde Marinette estava e ficou desse modo por um momento até ouvir passos indo em sua direção. Quando se deu conta, olhou para o lado e viu um enfermeiro segurando uma prancheta.

Rapidamente levantou-se da cadeira para perguntar o que tinha acontecido e o enfermeiro que aparentava ter seus trinta anos, explicou de forma pausada e que Marinette havia desmaiado por conta da anemia crônica que possuía e ela parecia não ter se alimentando devidamente naquele dia, o que ocasionou no seu desmaio.

O profissional procurou tranquilizar Adrien dizendo que a situação dela iria se normalizar logo, mas para isso, ela precisaria ficar um tempo no hospital recebendo os devidos cuidados e vendo o estado no qual Adrien se encontrava, o enfermeiro indicou para que ele fosse vê-la no local onde permanecia ainda deitada dormindo.

Depois então de agradecê-lo, Adrien seguiu apressado para a enfermaria onde caminhou alguns metros até chegar onde Marinette adormecida em cima de uma maca.

Ela tinha uma bolsa de sangue ligada em uma das veias e ao ver a agulha perfurando sua pele branca, Adrien sentiu um aperto no coração. Não somente aquela agulha, mas por estado todo de Marinette que lhe causava uma mistura de incomodo e tristeza. Era como se dentro da sua mente, ele soubesse que ela não era assim, que ela já fora uma mulher saudável e cheia de vida.

Aproximou-se com cuidado até ficar mais próximo onde com os olhos, percorreu o braço estendido na maca e elevando sua mão esquerda segurou a dela, que estava fria, juntando seus dedos.

Com os olhos tristes e cheios de compaixão, acariciou o pequeno rosto desfalecido com carinho, apertando seus lábios quando viu os dela tão secos e sem cor.

-...vamos... acorde... não fique presa nesse sono que te leva pra longe de mim...

Ficou a admirá-la por um tempo e com o olhar fixo nos lábios dela, abaixou sua cabeça.

Sabia que Marinette era uma mulher casada e tinha tentando achar o telefone do marido para ligara para ele, mas não conseguiu. O celular dela estava bloqueado. Ele não a conhecia. Ela era proibida. Ele sonhava com ela sabendo que não podia.

Mas nada disso importava.

Não, não importava e não importava mais ainda naquele momento.

Pois tudo o que queria, era dar um pouco da sua vida, para que ela pudesse acordar. Porque se havia alguma razão, algo que realmente acreditava, era que tinha que ter a encontrado... tinha que conhecê-la, e ele tinha, não, ele precisava beijá-la naquele exato momento.

E foi o que fez. Sem arrependimentos, sem olhar para trás. Mesmo que depois toda a sua razão voltasse como um instalo depois, ele não ligava.

Com os olhos fechados, continuou pressionando seus lábios quentes contra os dela que estavam frios, tentando aquecê-los, e se pudesse, subiria naquela maca para abraça-la e dar a ela todo o calor que havia em seu corpo. Manteve-se assim até senti-la movendo sua boca dentre o beijo, foi então que se afastou para olhar seu rosto, onde já não estava mais sem reação nenhuma, ela agora, sorria.

Era um sorriso tão lindo que fez Adrien sorrir também e voltar a acariciar sua face com uma das mãos enquanto a outra segurava a dela. Marinette se ajeitou na cama enquanto ele abaixava a mão sobre seu ombro acariciando sua pele e afastando um pouco seus cabelos da nuca.

De ainda fechados, ela sussurrou com a voz fraca -... meu amor... você... voltou... você esta aqui...

-Estou meu amor, eu nunca fui embora, eu nunca te deixei... – Ele respondeu com o mesmo tom de voz, não sabendo e nem ouvindo exatamente o que dizia. Apenas deixou seu coração falar mais alto.

-... eu sinto tanto a sua falta...

- shiii... você não precisa sentir mais... eu to aqui... eu vou sempre estar aqui.

Marinette sorria, apertando mais ainda a mão com a de Adrien -... não me deixa meu amor... não vai embora, nunca mais.

-... nunca meu amor, eu nunca vou te deixar.... – dizendo isso ele se aproximou de novo e antes de beijá-la novamente, sussurrou dentre seus lábios -... nunca mais vamos nos separar.

Ele a beijou com mais vontade onde aos poucos sentiu Marinette correspondendo aos movimentos, foi quando, no meio do beijo ele sentiu as duas mãos dela o afastando bruscamente. Assustado se moveu para trás e logo olhou em direção ao rosto assombrado da mestiça que o encarava completamente transtornada.

-...você....? O que você está fazendo aqui?

- Marinette... mas o que...

-... Onde está o Luka, pra onde ele foi????

De volta para o seu amorOnde histórias criam vida. Descubra agora