Romance que te conto

O melhor lugar da cidade

Era uma sexta-feira, se não me engano, estava escuro. Eu tinha acabado de brigar com meu pai, a gente estava brigando a tempos e dessa vez foi ainda pior. Ele me bateu e para mim essa foi a gota d'agua, sai de casa correndo e fui para o lugar que mais me dava paz... o "nosso" lugar, era uma praça calma, sem muito movimento, era o melhor lugar da cidade.

Eu estava sentada na grama olhando o céu, aí ele apareceu do nada na minha frente perguntando o que eu estava fazendo ali e ainda veio me dar sermão por eu estar na rua à uma hora da manhã, fumando.

Ele tinha o cabelo enrolado, olhos castanhos, aqueles olhos que pareciam ler a minha alma. Ele era minha paz, minha droga mais viciante, ele me enlouquecia com aquele jeito de falar, de agir.

- O que você está fazendo aqui?! Está muito tarde para uma mocinha indefesa como você ficar andando por aí... - ele disse em tom brincalhão - Brigou com seu pai outra vez? - perguntou preocupado

- Pois é... Ele foi longe demais dessa vez, passou de simples xingos a uma agressão física. Como você faz isso, sempre sabe quando eu preciso de você. - disse com uma risada fraca

- Sabe como é neh, é um dom - disse convencido - Mas não muda de assunto. Ele te machucou? - disse já se sentando ao meu lado

- Um ou dois hematomas... Nada demais, eu vou ficar bem - disse com um sorriso para tentar o deixar mais calmo

- Não precisa se fazer de forte na minha frente, sabe disso não é? - falou olhando nos meus olhos - Eu sempre vou estar aqui pra você, okay? Pode contar comigo - eu queria chorar quando ele falou aquilo.

- Eu sei... - O abracei forte e ele retribuiu - Você é incrível, sabia? - Queria dizer a ele o quanto eu o amava naquele momento...

- Eu sou incrível mesmo. - disse convencido me fazendo rir - brincadeira... Você é linda, sabia? - ele se afastou do abraço e levantou meu rosto para que eu o olha-se. Aquilo me deixou um pouco sem jeito, confesso.

- Eh... - não sabia o que dizer.

- Não precisa dizer nada, princesa - ele simplesmente me beijou. Um beijo lento e apaixonado. Eu não esperava aquilo dele, ele me pegou de surpresa e... eu amo esse moleque. O beijo terminou com alguns selinhos, e sorrisos, ele me olhou e então disse o que eu tanto queria ouvir. - Eu te amo minha princesa - ele deu o seu melhor sorriso, aquele sorriso que me tirava o chão.

- Eu também te amo meu delinquente - disse rindo e ele me deu aquele olhar que parecia me desvendar - O que foi? - disse sem jeito

- Nada, eu só gosto de admirar sua beleza... - disse fazendo carinho no meu rosto, me fazendo corar um pouco - Que bonitinha, ta vermelhinha aww - falou brincalhão com voz de criança - meu deus que vontade de morder ah - disse me colocando no seu colo

- Ah sai, não estou vermelha - disse tentando o empurrar, mas ele me apertou mais forte, ele estava com aquele sorriso brincalhão nos lábios -

- Meu deus como eu amo essa menina! - diz dramatico me fazendo rir - É sério, eu te amo