Capítulo Bônus

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Edward

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Edward

Conheci o senhor  Lourency no dia mais triste de sua vida . Eu era um ex fuzileiro na época.

Havia acabado de chegar da minha última missão quando vi o carro a minha frente perder o controle e capotar.
Paro o carro e corro em socorro e a visão com que me deparo me gela a alma.

Uma mulher morena coberta de sangue enquanto a outra se arrastava para sair debaixo do carro e um homem inconsciente.

Tiro o homem de dentro do carro e o coloco deitado no acostamento antes de voltar para a mulher ensanguentada enquanto ligo para a emergência.

Mas ela está morta.
Em sua garganta há um caco de vidro que provavelmente é da janela e seus olhos estão abertos e me encaram como se estivesse pedindo algo.

Me afasto um pouco dela enquanto falo com a atendente da emergência e me aproximo da outra mulher.

- Você está bem? - pergunto a ela e ela assente.

Suas mãos estão encharcadas de sangue e pergunto se é dela mas ela faz que não frenéticamente.

- É da minha irmã. - ela diz e começa a chorar - É de Alice.

- Como é o seu nome? - pergunto e ela me olha assustada.

- Anna. - ela responde e então lembra do outro passageiro - Onde está Otávio? - pergunta e eu aponto para ele.

Dou todas as informações que consigo sobre o que aconteceu e volto para perto do corpo da mulher para fechar seus olhos.

- Eu sinto muito pelo seu trágico fim, Alice. - lhe digo e fecho seus olhos. E então noto sua aliança de noivado. - Mas vou fazer uma coisa por você. Vou proteger seu noivo, sua irmã e seu amigo ali. - prometo.

Minutos depois ouço o homem acordar bem na hora que a ambulância e a polícia estão chegando. Ele chama por ela e chora ao ver seu corpo.

- Não! - ele diz e abraça o corpo inerente da mulher - Não, meu amor! Não me deixe! - ele pede aos prantos.

E desde então estou do lado dele.
Saí do exército e me tornei seu segurança pessoal, torci por seu sucesso e cuidei dele em seus momentos mais difíceis.
Nos tornamos amigos.

- Você nunca fala da sua vida, Edward. - Otávio fala enquanto assina alguns papéis em sua mesa.

- Sr. Lourency, o senhor está nesse escritório a 12 horas. - lhe digo e coloco a bandeja com seu jantar no espaço desocupado de sua enorme mesa de trabalho - Precisa comer.

- Em um minuto. - ele diz e continua.

- Foi o que me disse a duas horas atrás. - falo e ele me olha surpreso.

- Já faz todo esse tempo mesmo? - pergunta e eu confirmo - Eu...

- Não percebeu. - falo e ele assente - Precisa se alimentar, Sr. Lourency.

Minha Doce FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora