Numa noite escura e silenciosa, os ventos sussurravam entre as árvores, criando uma atmosfera de mistério. A cidade estava adormecida, imersa em um profundo silêncio. Era um cenário tranquilo, mas o cemitério, onde as lápides de Johnny e Lucas estavam enterradas, contava uma história diferente.
Cinco anos se passaram desde os trágicos assassinatos e a morte dos dois amigos, e agora, à medida que a lua iluminava o céu noturno, um fenômeno inexplicável começou a acontecer. De repente, uma mão surgiu da terra, rompendo a sepultura de Johnny. A madeira do caixão, deteriorada pelo tempo, se quebrou, permitindo que ele emergisse da escuridão, confuso e desorientado.
Johnny se levantou, coberto de terra, sem entender como estava ali, novamente entre os vivos. Ele olhou ao redor, sentindo o ar frio da noite em sua pele, e as memórias de seus últimos momentos começaram a voltar com força. Cada ferida em seu corpo era um eco do passado, cada corte uma lembrança do que havia acontecido. Ao tocar a máscara que usava, lembrou-se dos momentos finais da luta contra Lucas, das dores e da traição que os separaram.
Enquanto explorava o cemitério, um turbilhão de emoções o dominava—raiva, confusão e tristeza. Ele se lembrou de tudo o que havia passado, dos tormentos que sofreu e da transformação de sua amizade em inimizade. Ao caminhar, seus olhos se fixaram em uma lápide que leu: "Lucas Fignis 1971-1987. Filho amado, junto com seu irmão amado." O peso do ódio e da tristeza se misturou em seu coração ao lembrar de como seu amigo se tornou seu rival e como os dois haviam se destruído.
Com a mente ainda confusa, Johnny continuou sua jornada pelo cemitério. Em meio a suas reflexões, de repente, ele avistou outra lápide, uma que paralisou seu coração: o nome era igual ao da sua mãe, e a data de nascimento correspondia à dela. Um arrepio percorreu sua espinha ao perceber que ela realmente havia falecido.
Ajoelhando-se em frente à lápide, as lágrimas começaram a escorregar pelo seu rosto, um misto de dor e arrependimento. Ele chorou sem pronunciar uma única palavra, perdido em sua dor. Mas, ao erguer o olhar, sua tristeza se transformou em uma onda de raiva. A raiva pelos que ainda estavam vivos—suas irmãs e seu pai, que não tinham valorizado sua mãe enquanto estava viva. A frustração cresceu dentro dele, uma ideia sombria começando a se formar.
Pensamentos de vingança surgiram em sua mente. Se ele tinha retornado à vida, talvez fosse sua missão fazer com que aqueles que não cuidaram dela sentissem a mesma dor que ele sentira. Eles precisavam pagar por não terem dado o valor que sua mãe merecia, por terem deixado que ela morresse sem amor e carinho.
Com um novo propósito obscurecido pela raiva, Johnny se levantou. O cemitério agora não era apenas um lugar de tristeza, mas um ponto de partida para a sua vingança. Ele tinha voltado, e isso era apenas o começo.
Saindo do cemitério, Johnny puxou o capuz de seu casaco preto sobre a cabeça, tentando se misturar à escuridão da noite. Cada passo era carregado de uma mistura de adrenalina e angústia, enquanto ele se perguntava sobre o que deveria fazer a seguir. Sua mente estava repleta de planos sombrios, mas a sensação de estar de volta à vida era avassaladora.
Ao caminhar pela estrada deserta, a luz de um farol cortou a escuridão. Um carro de polícia se aproximou, e Johnny sentiu seu coração disparar. O veículo parou repentinamente, e um policial saiu, olhando fixamente para ele.
— Ei, você! O que está fazendo aqui a essa hora? — O policial parecia suspeitar da presença de Johnny, sua voz autoritária ecoando na noite.
Sem hesitar, Johnny acelerou o passo, sua mente focada em não ser capturado. Ele sabia que não poderia permitir que ninguém soubesse que estava vivo novamente. O policial, percebendo o movimento, começou a se aproximar rapidamente.
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Noites Sombrias: Volume I
HorrorQue pode acontecer quando uma pessoa não tem família, amigos, infância, ou coisas boas na vida além de desprezo dos outros por ser ele mesmo? Nessa história vai contar sobre Johnny que cansado dessa vida, decide matar as pessoas que te fizeram mal...