Capítulo XI

331 26 6
                                    

(Eu mudei o nome da personagem principal, em vez de ser Kath é Violet, acho que Kath era muito vulgar, espero que gostem do nome que escolhi, acho que soa muito melhor que Kath, escolhi com a ajuda de uma amiga minha, ela é basicamente a minha conselheira, sobre esta história, e sobre tudo o resto, mas isso não interessa, espero que gostem, leiam a nota final) 

Entrei no bar e a música já estava alta o suficiente para fazer a minha cabeça doer. Odeio barulho excessivo e começo a pensar que trabalhar aqui não foi a melhor ideia.

O Taylor veio ter comigo; o seu cabelo escuro estava emaranhado e despenteado, mas o seu ar profissional continuava de pé no seu rosto simpático.

-Olá, Violet. - o Taylor estende a sua mão e fico ainda mais desconfortável. Escondo a minha insegurança e levo a minha mão ao encontro da sua. - Pronta? - pergunta. Abano a cabeça e espero que ele me dê alguma indicação. - Não precisas de estar nervosa. - ri. A música parece aumentar a cada segundo e os meus olhos fecham com a sensação desagradável. O Taylor decide cortar a nossa conversa e puxa-me delicadamente por entre a multidão suada e embriagada, na direção de um armazém compacto, ele arrasta a porta para eu entrar e fecha-a atrás de si. O barulho é abafado pela porta fechada e a minha dor de cabeça alivia com o som de um quase-silêncio.

O espaço é agradável aqui. Algumas cadeiras estão arrumadas contra um canto, há pequenas as almofadas coloridas e gigantes espalhadas no chão,  parecem confortáveis.

Está um frigorífico encostado a uma parede verde e com a pintura levemente descascada, suponho que por culpa da humidade. As prateleiras altas e largas de madeira estam  cheias de caixas empilhadas e o cartão delas está rabiscado palavras que daqui não consigo ler.

-Aqui é a sala dos funcionários, podes vir aqui para descansar do barulho, - eu balanço a cabeça. - eu sei que no princípio é incomodativo, mas acabas por te habituar. - decido confiar nas suas palavras para tentar relaxar. - Podes comer ou beber tudo o que quiseres do frigorífico e é aqui que vens buscar as coisas que estiverem em falta no bar. - desvio o olhar do espaço acolhedor para os olhos do Taylor.

-Okay. - parece-me fácil. Estou confiante e consigo sentir a hesitação do Taylor para me falar sobre algo, ou talvez seja apenas impressão minha.

-Toma! - ele pega num embrulho preto de plástico brilhante e atira-mo bruscamente. Agarro - o o melhor que consigo. - Diz-me senão for o teu tamanho. - ele vira as suas costas e sai deixando escapar uma nota aguda da música barulhenta que está a passar atrás da porta. Abro desajeitadamente o material grosso e retiro de lá a suposta "t-shirt" do bar. Bem, mas não é uma t-shirt, é algo muito mais curto, não há maneira de eu vestir isto. Eu percebo agora todos os avisos do Niall. Sinto-me completamente exposta, depois de deslizar a peça pelo meu tronco,  as minhas costas estão quase nuas e eu nunca na minha vida usei algo tão revelador. Eu espero apenas que, com as luzes ofuscantes não seja possível reparar em mim. Olho-me em frente ao pequeno espelho situado ao lado do frigorífico, viro-me de costas e a imagem reflectida faz o meu pânico aumentar. Tenho de ligar ao Alex. Procuro o meu telemóvel apressadamente, entre os bolsos das minhas calças, mas a porta da arrecadação abre. Pressiono as costas contra uma das prateleiras.

-Hey. - um rapaz com um olhar simpático diz-me e eu sorrio e empurro o meu pânico para dentro. - Deves ser a Violet. - encontro o meu telemóvel e deixo-o entre as minhas mãos antes de as levar contra o meu corpo para esconder o que não devia estar exposto. - É por causa da roupa não é? - ele pergunta. Eu estou demasiado nervosa para dizer o que quer que seja,  mas antes que eu possa impedir a t-shirt azul clara dele com o logótipo do bar a branco está a deslizar pelo seu tronco.

-O q-que- eu engasgo-me. Ele atira a peça de roupa na minha direção. Eu apanha-o quando está a um milímetro do chão.

-Veste isso. - esclarece. - Se o Taylor perguntar diz que a tua estava pequena e eu dei-te a minha. - Oh. Estendo a camisola dele em frente aos meus olhos. É comprida, quase do mesmo tamanho das do Alex.

Breath ➸ hot Where stories live. Discover now