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As minhas férias foram ótimas. Alguns dias na casa do meu tio, e os outros dias em um parque em Recife. Tenho pensando bastante em Cecília, cogitando até em mandar mensagem para ela, no entanto, não me parece uma boa ideia.

Devido a alguns problemas familiares tiveram que mudar de cidade. E para ser sincera… Só de não vê-la todos os dias na escola me deixa triste, porém aliviada. Eu não queria acabar com nossa amizade, se eu pudesse eu voltaria para o dia que nós conhecemos e faria tudo diferente. Meus pais acabaram “descobrindo” e me colocaram em um colégio interno para garotas.

— Ah! Vamos resolver isso colocando ela em um colégio para garotas!

Em um colégio de garotas, onde garotas comem juntas, garotas dormem juntas, GAROTAS FAZEM TUDO JUNTAS. Na tentativa de curar o meu “lesbianismo”.

Tínhamos que usar um uniforme padrão. Um vestido das cores preto e branco com um laço enorme na frente da cor branca. Simples, porém magnífico.

Tinha muitas garotas bonitas, bastante diversidade

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Tinha muitas garotas bonitas, bastante diversidade. Da morena dos cabelos negros à loira de um metro e setenta. Entretanto, uma delas me chamou certa atenção. Ela era alta (por volta dos 1,70 de altura), cabelo castanho-claro, e andava engraçado.

— Meninas, recebam a Laura. Nova colega de turma de vocês.

Essa é a Sra. Lia, professora de língua inglesa. Aparentava estar na casa dos 30, a filha do diretor, sr. Antônio.

— Seja bem-vinda Laura! — todas as alunas disseram em coro.

— Era só o que nós faltávamos… Outra novata — respondeu alguma menina da frente.

— Algum problema, Thalita? — Sra. Lia perguntou, fitando-a

— Nenhum problema, senhora.

Possivelmente já escutara aquela voz anteriormente.

Algo nela chamou a minha atenção. Sentei em minha carteira, logo atrás de Thalita. Thalita parecia a típica garota rica, com o namorado perfeito, com a vida perfeita…

O sinal para o intervalo tocou. Peguei minha mochila e sentei no pequeno gramado ao lado da escola. Consegui avistar a garota mais uma vez. Ufa, meus olhos brilharam ao vê-la.

Por trás de um belo par de óculos escuros, sabia que haveria um rosto encantador. Aproximei para perto da moça e por fim consegui ver seus lindos olhos castanhos.

— Você? — falei, levando a mão boca para fingir espanto.

A garota que tanto me encantava era a Thalita. A mesma garota mal-educada da aula, a mesma que não foi com a minha cara quando cheguei! Anota aí: ainda seremos boas amigas.
 

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