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Querida, não fique assim! — mamãe parece estar triste

— ATÉ MAIS TARDE, MÃE — falo em um tom mais alto.

Vou para casa da minha mãe ainda chorando um pouco, deito em minha cama e me acabo em lágrimas.

Algum tempo depois alguém bate na porta do quarto.

— Laurinha, está aí filha? — ela parece estar preocupada. Ainda estou muito chateada, mas isso logo vai passar.

— Eu preciso de privacidade, mãe! Então por favor, me deixe sozinha.

— Calma Laura, respira um pouco e deixa eu falar com você, por favor.

— Por que jogar esse peso em mim? Eu mereço isso? Por que vocês não arrumam outro jeito de terminar isso? — estou me acabando em lágrimas.

— É complicado filha, destranque a porta e deixa eu te acalmar um pouco, juro que depois disso nunca mais toco no assunto até eu e o seu pai resolver.

— Você promete? — ainda com voz de choro

— É claro, sei que você sofre com isso e não quero isso para você.

Ficamos conversando por alguns minutos até ela ir arrumar o jantar, era um pouco tarde quando ela chegou, acabei dormindo antes de jantar, e sinceramente, eu estava sem fome alguma.

— Laura? Ta acordada? Ela deve estar dormindo, vou deixar ela esfriar a cabeça.

Por algum motivo, neste dia acordei melhor que nos outros, com mais disposição ou algo assim, achei até estranho, mas segui em rumo ao banheiro para me arrumar para mais um dia de escola. Logo após meu banho, coloquei meu uniforme e fui para varanda esperar o ônibus.

BU!

— Droga, quem fez isso?

Olhei para trás e estava Thalita rindo incontrolavelmente.

Haha, que engraçado — digo ironicamente

— Desculpe, eu precisava fazer isso — ainda gargalhando

— Pois espere, ainda vou me vingar disso - um tom mais abusivo

— Muito bem! Veremos. — Thalita fala em tom sarcástico

O ônibus chegou, fomos para a escola e chegando lá fui direto para minha aula, e consequentemente, Thalita seguiu para sua aula também.

Uns 5 minutos antes da minha aula acabar, pedi permissão para ir ao banheiro, pois no final das aulas, a maioria das meninas vão para o banheiro, afinal são 4 horas presas em 1 sala sem poder sair direito. Thalita sempre ia à mesma cabine, a 23-C, então coloquei uma almofada de pum embaixo do acento da privada, e fui à cabine 22-C, para gravar a cena, não demorou muito e o sinal tocou.

— Ai caramba! Aquilo não me fez bem — desesperada para entrar em sua cabine.

Coloquei para gravar e esperei.

*barulho da almofada*

AAH!!

Logo todas as meninas do banheiro começaram a rir, e eu não sou feita de ferro, então ri muito também.

— Eu disse que iria me vingar — gargalhando muito

— É, não foi ruim, mas lembre-se que eu vou voltar — ela me olha séria e fria.

The Diary of Bissexual - Um Novo Diário Onde histórias criam vida. Descubra agora