Cecília era como uma droga. Nunca alguém me fez tão bem quanto ela. Até conhecer você, Thalita.
•••
A sensação de estar apaixonada e sentir que a pessoa amada também está, é maravilhosamente boa. Talvez eu ainda esteja confusa em relação aos meus sentimentos por Thalita, ou talvez não. Eu só quero aproveitar ao máximo esse momento com ela. E muito menos não sei quando essa história vai ter fim. Eu apenas quero aproveitar ao seu lado todos os dias da minha vida. Ou pelo menos, até quando durar.
O medo sempre me perseguiu. Seja com medo do bicho-papão, ou até mesmo, o medo de me relacionar romanticamente com outras pessoas. E quando conheci Thalita, senti que finalmente as coisas poderiam mudar.
Hoje meus pais irão se divorciar. Thalita era a única pessoa que sabia. Recebo uma mensagem em meu celular. É ela.
Thalita: Você pode vir na minha casa ou quer que eu vá na sua? Sinto sua falta.
Não estou interessar-se sair de casa. Prefiro que ela venha.
Eu: Pode vir aqui? Também estou com saudades.
Em poucos minutos Thalita chegou. Ela me abraça e sou surpreendia por um beijo. Na porta da minha casa, sério? Vamos subir para o quarto.
— Hoje vou fazer de tudo para te animar. Trouxe chocolate o seu preferido, eu sei que você ama!
Ela é um anjo.
— Eu também tenho pais separados. Eles se separaram muito antes de eu nascer. Eles moraram juntos mais ou menos até eu completar cinco anos e divorciados. Ele sempre chegava bêbado em casa, sempre fazia qualquer coisa para me deixar mal. A minha infância foi resumida em esperar ele bêbado em casa e meus pais discutindo. Meu travesseiro era encharcado, era muita coisa para uma criança aguentar. A minha infância foi horrível, eu tenho muito medo de ser igual a ele. — seus expressivos olhos castanhos se encharcam com lágrimas — Já você… Não. Não sei o motivo pela separação dos seus pais, mas sei que você é forte e vai conseguir. No começo é difícil, e eu prometo sempre estar ao seu lado.
Ela se abriu para mim. Julgo que finalmente consegui sua confiança por completo. Um eu te amo quase saiu da minha boca. — Ainda é cedo, Laura!
— Eu não sabia. Queria ter te conhecido antes, e te ajudar a superar. Se você estiver comigo, vou conseguir.
Ela me abraçou. Eu poderia ficar dias naquele abraço.
— Um passarinho me contou que em alguns dias, uma pessoa muito maravilhosa vai fazer aniversário…
— Mãe! — gritei — Não gosto muito do meu aniversário, geralmente é chato.
— Mais esse ano será divertido. Te prometo!
— Tá bom, Thali — esses apelidos que Gaby nós demos são realmente muito engraçados, ha ha!
— Posso dormir aqui? — Como já era tardiamente ela queria estar comigo para ter a certeza que eu ficaria bem.
— Sim.
Deitamos na cama. Aquela expressão “abraço de urso” era como estávamos.
E não… Não aconteceu nada.
— Bom dia, filha. Trouxe…
Esse é o meu pai que entrou no quarto em um momento nada favorável. Estávamos dormindo ainda abraçadas e sem entender nada respondo:
— Já vou descer
Acordei e fui escovar os dentes. Thalita continuou dormindo e eu não quis acordar-la, então desci para cozinha.
— Quem é aquela? — tenho certeza que ele percebeu algo
— Minha Amiga. Thalita Albuquerque.
— Conheço seus pais. Bom, porque não há chama para tomar café também?
— Claro.
Subo as escadas. Ela dormindo parece um anjo! Chego por de trás a abraçando.
— Thali, vem, vamos tomar café!
— Ah? Está bem — ainda sonolenta.
Tomamos café.
— Thali, não podemos nos esquecer da Gaby. Ela pode dedurar a gente a qualquer momento. — maldita Gaby — melhor conversamos com ela.
— Na segunda, na escola… Pode ser? Vamos aproveitar ser final de semana e assistir alguns filmes?
— Tenho uma série de filmes ótimos aqui. Vamos!
Passamos o resto do dia inteiro de pijama, assistindo Netflix no sofá, de mãos dadas. Afinal, estávamos sozinhas. Infelizmente, a mãe de Thalita veio buscá-la, pois já havia passado muito tempo na minha casa. Já que segunda iremos falar com Gaby, acredito que temos o resto da semana livre.
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The Diary of Bissexual - Um Novo Diário
FanfictionLIVRO 2 (dois) Há alguns meses meus pais descobriam que sou bissexual. Para eles, isso é basicamente uma ofensa. Eu cresci em uma família totalmente religiosa e gostar de ambos os sexos pareceu ser uma ofensa para eles. Contudo, mesmo sabendo da mi...