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Acordo no chão gelado, e possivelmente já é de manhã. A minha visão são os pés da cama, o tapete, e nele o meu celular com a tela quebrada. Pego o mesmo e ligo a tela, que graças a Deus ainda funciona. São exatamente 6 da manhã da tempo de ir no hospital. Pra minha mãe não desconfiar, de jeito nenhum eu posso falar pra ela sobre ontem.

Me levanto e meu corpo inteiro está doendo, parece que um caminhão passou em cima de mim, nossa.
Entro no banheiro, me olho no espelho, e meu Deus, nunca vi minha cara tão inchada como hoje, enfim, tenho que manter o foco, o que eu vou fazer Quando chegar lá? Droga esse filho da p*, vai me enlouquecer mesmo.
Lavo meu rosto, logo tomo um banho, depois vou me vestir. Não demorou muito pra eu tomar café, e sair de casa mais rápido do que um papa-léguas. Ainda cheguei a falar com a minha mãe, mas foi de poucas palavras.

Estou nesse exato momento esperando o ônibus, que já vem ali, ainda bem que eu não esperei muito. Subo no ônibus cabisbaixa meu coração apertado, com tudo aquilo de ontem, é como se fosse um nó na garganta, que me impede de respirar. Levanto a cabeça, e de cara meu olhar vai para o garoto, o nome dele? Kim Taehyung, o mesmo está com sua cabeça encostada na janela do ônibus. Por um segundo, tudo pra mim está tão lindo, só falta uma música de fundo... Pera que? Chega S/n, definitivamente não. Depois disso tudo isso que a minha querida mente criou, Caio na real, e o Taehyung agora está me olhando, mas logo eu sento em algumas das cadeiras da frente. O que eu tava fazendo? Fala sério S/n, aaaa. E agora, o plano é: depois do hospital, eu vou direto pro lugar marcado, porém, o Taehyung não pode saber, e concerteza ele vai quer saber onde eu vou.
Chegou meu ponto, desço, e logo vejo que o Tae vem falar comigo.

Tae: S/n!

S/n: Oii

Tae: Pra onde você está indo?

S/n: Vou no Hospital, e você?

Tae: Bem, eu vou na casa do meu tio, entregar alguns documentos que o meu pai pediu.

S/n: Ah... bem eu preciso ir, não posso chegar atrasada.- Começo a andar.

Tae: Espera... S/n.

Olho pra ele.

Tae: Você tá bem??- Se aproxima.

S/n: Tô sim...

Tae: Não mente pra mim, eu conheço você muito bem pra saber que tem alguma coisa errada.

S/n: Não sei se posso confiar em você...

Tae: Eu não vou deixar você sozinha, tá ouvindo.

Como não acreditar nele, o olhar fixamente sobre mim, suas palavras são tão verdadeiras, que me fazem me sentir segura. Não S/n, eu tenho que ir sozinha.

S/n: ... Desculpa, mas eu tenho que ir.

Antes que ele falasse qualquer coisa saí dali. Por que isso tem que acontecer comigo, justo comigo, só queria uma trégua de tudo que tá acontecendo, será que é pedir demais. Atravesso a rua, e ando mais um pouco pra chegar do hospital.

*Consultório*

Médico: Olá S/n, sente-se.

S/n: Oii, bom dia.

Médico: Então como está você? Senti alguma coisa incomum?

S/n: Eu estou bem, e não.

Médico: Muito bom estão!

Conversei bastante com o doutor, depois de fazer o exame, e agora estou esperando os resultados dele.

[...]

Depois de muito esperar, os resultados saíram, está tudo bem comigo, espero que continue estando. Saindo do hospital, fui logo a onde ele tinha marcado, talvez seja perigoso, não planejei nada ainda, só espero que ocorra tudo bem, ou não??

Passando por algumas esquinas, sinto alguém pegar a minha mão.

S/n: Mas o que é... - Paro de falar, ao ver que era o Taehyung.

Tae: Desculpa se te assustei.

S/n: Não se precupa, tá tudo bem

Tae: Tá... Mas aonde você vai?

S/n: Pra... Casa.

Tae: Mas esse não é o caminho pra sua casa.

S/n: Ahh, é que eu vo- corta minha fala, e começa a falar.

Tae: Pra onde você vai?? Me fala a verdade.

S/n: Ok, sequestraram a Myung-Hee- Falo cabisbaixa.

Tae: O que?? Como isso aconteceu ?

S/n: Foi ontem... Enfim, eu tenho que ir sozinha.

Tae: de jeito nenhum que eu vou deixar  você ir só. Vamos ligar para polícia.

S/n: Não!! Se eu ligar ele acaba com ela.

Tae: Então vamos nós dois. Aonde é o lugar.

S/n: Ele só me disse que é a uns 4 quarteirões da minha casa, em um galpão.

Tae: Da pra saber mais ou menos onde é. Vamos- Começa a andar.

S/n: Espera... - O mesmo para de andar, e me olha.- Obrigada, por... me ajudar.

Tae: Sempre vou estar disposto a te ajudar.

Ele realmente me trás confiança, me sinto mais tranquila em saber que eu não estou sozinha nessa.

S/n: Taehyung o que a gente vai fazer quando chegar lá?

Tae: Não sei ainda, mas a gente vai descobrir como.

Andamos o necessário para chegar no lugar determinado. É... como eu poderia dizer, não é um lugar muito agradável, mas eu vou fazer o Impossível pra salvar a Myung-Hee. Mas a minha mente só quer entender, como um ser humano pode ser capaz de fazer isso, já não basta tudo que vem acontecendo comigo, parece que nunca vou ter trégua dos medos que me cercaram, agora só me restam perguntas sem respostas.
     
Antes de entrar, respiro fundo, já me preparando só pra ver a onde isso tudo vai dar. Antes de mais nada, Taehyung segura em minha mão, nos olhamos e logo em seguida abrimos a porta, não vou mentir que estou com um pouco de medo do que está prestes a acontecer, mas só enfrentando pra saber com que fim isso vai sair. Logo após abrirmos a porta, só consigo ver várias caixas, e alguns caixotes empilhados. Depois de passar pelas caixas, vejo alguém amarrada em uma cadeira, sem pensar duas vezes corro até lá.

S/n: Myung-Hee! Espera...- Tiro os cabelos que estavam cobrindo seu rosto. - Mas o que...

Yasmin: Olha só quem veio.- Sorri.

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