Prólogo | A garota à prova de garotos bonitos

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- De novo essa porcaria de atleta e a nerd? Por que não fazem a guria de atleta e o cara de nerd? Será que isso é clichê também? Puts grila, tô confusa.

- Miyou! Vai demorar muito para pegar esses alfaces ou eu vou ter que ir aí?!

Aff eu estava quase terminando o capítulo.

Meti o celular no bolso e peguei duas cabeças de alface.

- Estava fazendo o quê? - Meu chefe perguntou todo brabinho ao me ver. - Cagando o alface?

- Se eu cagasse alface com certeza ia usar para fazer a sua salada. - resmunguei.

- Como é que é?

- Eu disse que tô indo fazer a salada!

Enquanto eu lavava os alfaces, o som de uma buzina soou no lado de fora.

- É o entregador. - O Sr. Han avisou. - Vai lá pegar as caixas para mim.

- E a salada?! - berrei.

- Deixa aí e termina depois! E vê se para de gritar, menina!

Deixei os alfaces se afogando na pia e corri para os fundos da loja.

Abri a porta dos fundos e acenei para o entregador.

Ele desceu do caminhão e foi para a parte traseira. Voltou com duas caixas pequenas e depois de larga-las no chão me entregou um papel para eu assinar.

- Obrigado.

- De nada. - respondi. - Você é novo, né? - perguntei para o rapaz de bochechas fofas.

- Sou. - respondeu e se virou para ir embora.

- Credo, ingnorante. - resmunguei, me abaixando para pegar as caixas. - Argh! O que é isso?! Chumbo?!

. . .

O Sr. Han preparava os pratos com ajuda do filho esquisito dele e eu corria de mesa em mesa para anotar e levar os pedidos.

Quando noto três garotos bem apessoados entrarem na lanchonete, corro para atendê-los.

- Mesa para três? - perguntei.

- Claro. - O rapaz de cabelos tingidos de azul respondeu. - Tá vendo mais alguma pessoa com a gente?

Puta merda! Vou sentar a mão na cara dele!

Os outros dois começaram a rir da minha cara.

Vou incorporar!

- Miyou, deixa que eu atendo eles. - Jisung, o filho do chefe falou se aproximando.

- Por que?! Deixa eu atender esses filhos d

- Miyou! - O Sr. Han gritou de trás do balcão.

- Tá vendo mais alguma pessoa com a gente? - Me afastei imitando o engomadinho e fui até o balcão.

- Menina, dá para parar de xingar os clientes?

- Você não ouviu o que ele falou, chefe?

- Não. O que ele falou?

Repeti a troca de palavras para ele.

- Que filhinhos de mamãe. - Ele falou baixo. - Pode deixar que eu vou cuspir no prato deles.

- É por isso que eu te amo, chefe. - respondi fazendo corações com os dedos.

Ele estreitou os olhos para mim e eu ergui as mãos.

- Tá bom, não vou apelar.

. . .

- Para a mesa oito. - Jisung me entregou uma bandeja com suco de tomate e bife mal passado.

a GAROTA à prova de ClichêsOnde histórias criam vida. Descubra agora