Capítulo 13 - Epílogo

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Depois de MUITO tempo, meu bloqueio criativo parece ter sumido KKKKK escrevi esse capítulo hoje de noite, apenas um bônus, para realmente encerrar a história. Vou atualizar o status para "completo", mas estou pensando em revisar tudo e, quem sabe, adicionar mais alguns capítulos no meio da história.

Me deixem saber se seria algo que vocês gostariam. Eu prometo que não vou levar tanto tempo para postar esses capítulos (rindo de nervoso)
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Epílogo

Ver o sol nascer nunca deixava de ser surreal. Aquele efêmero momento onde as nuvens pareciam finas e leves, flutuando para mais perto do sol enquanto o céu era iluminado por cores laranjas e rosas e roxas. Era uma das partes do dia que eu raramente perdia a chance de ver: sobre uma montanha; me equilibrando nas telhas que mal aguentavam meu peso ou com os pés enterrados na areia e Damon sempre ao meu lado. 

Mesmo depois de dois anos desde que minha vida resolveu sofrer outra reviravolta, até mesmo os momentos de tempestade pareciam calmos quando ele estava ali. E não somente Damon. Todos os que eu achava que havia perdido no instante em que meu coração parou de bater, permaneciam fielmente ao meu lado.

Eu poderia ouvir a risada de Scott há quilômetros de distância, ou sentir o cheiro de cachorro molhado toda vez que um dos integrantes do pack estacionavam na porta de casa para mais um encontro. Com o passar dos meses, fui aprendendo a controlar o que eu queria sentir e ouvir, entendi como controlar meus sentidos bem o suficiente para não passar o dia nutrindo uma dor de cabeça, apenas por que o cachorro duas ruas abaixo da propriedade Salvatore, estava latindo para o gato do vizinho. 

Damon, Stefan, Derek e Caroline sempre tinham as melhores dicas, quando eu não sabia o que fazer. De qualquer maneira, eu ainda não havia perdido o hábito de ouvir os batimentos cardíacos do pack, apenas para me convencer de que eles realmente estavam vivos.

Enxergar a vida de forma diferente era assustador. Eu não envelhecia mais, preso no meu corpo de recém-adulto. Ouvia e sentia cheiros que humanos normais não seriam capazes de distinguir. Me curava mais rápido do que os lobisomens e não precisava dormir, como os vampiros. Para alguém como eu, que tentou fugir do mundo e de tudo não-humano que vagava por ai, o destino não foi tão gracioso ao tentar me manter onde eu estava. 

No início, quando o choque de reviver e a adrenalina de mais uma batalha ganha saíra da minha corrente sanguínea, se acostumar com a ideia da imortalidade demorou mais do que eu gostaria de admitir. Eu me sentia muito diferente, apenas de estar quase igual. 

Ter o apoio do pack para entender tudo o que aconteceria a partir dali era como respirar pela primeira vez depois de ter passado anos debaixo d'água ou ser enterrado vivo. Não apenas por tudo o que havia acontecido antes (com Allyson e Aiden), mas pela facilidade em que meus amigos tinham de aceitar a vida do jeito como ela era. Todos eles (ou quase todos) passaram pela mesma situação: se adaptar ao que antes, não era normal.

Apesar de achar que entendia pelo que Scott havia passado, tantos anos antes, posso dizer que imaginar algo e passar por aquilo, são suas coisas completamente diferentes. 

A parte mais difícil, no entanto, foi entender a vida. E a morte. Meu pai não estaria para sempre ali, assim como Melissa e tantas outras pessoas que continuavam normais no meio de toda aquela bagunça. Pelo menos o mais normal que poderiam ser. Contar para John que eu não era mais humano, que o nogitsune havia me transformado em algo que, até onde sabíamos, ainda não estava nos livros, foi um dos momentos mais difíceis da minha vida.

Depois de dizer aquilo que estava preso em minha garganta, de sentir as lágrimas presas em meus olhos e me forçar a suportar o ardor que elas carregavam, meu pai foi tomado por um olhar que ainda não sei dizer o que era. Talvez medo por mim, talvez aceitação, mas principalmente, alívio. E ele disse:

O Garoto que Fugiu do Mundo - Fanfic StamonOnde histórias criam vida. Descubra agora