(Bônus 1)

790 89 7
                                    


E olha quem voltou rsrsrsrs (rindo de nervoso)

Esse não era o bônus que eu esperava publicar, e ele surgiu de repente hoje de noite, depois que vi alguns comentários perguntando sobre uma continuação. 

Espero que esse capítulo esteja bom, porque comecei e terminei ele hoje, e não vou ter tempo de revisar os erros agora (sorry)

Me digam o que acharam e não desistam de mim KKKKKKKKK

............................................................................................

Acordar com falta de ar tinha se tornado rotina nos últimos dias. Mesmo que meu corpo estivesse curado e eu sentisse como se, quando acordado, as memórias do dia em que eu morri não pudessem me afetar, aquela não era a realidade. 

Todos os dias, há quase uma semana, Damon precisa me segurar firme para que eu não caia da cama. Há quase 7 dias, eu acordo com meu peito ardendo em chamas que não existem, sentindo uma dor que não está verdadeiramente lá. Os sons a minha volta são altos demais nos primeiros minutos, o barulho do meu estômago roncando ou do ar raspando em minha garganta enquanto tento recuperar o fôlego consomem toda minha energia. 

Depois de ter sido humano desde o meu primeiro suspiro de vida, se tornar um ser sobrenatural era mais do que assustador e desafiador. O Pack e Damon estavam ao meu lado, assim como Caroline e todos os outros. Eu sabia que não estava sozinho, que não havia morrido, e que era apenas questão de tempo até meu cérebro entender que tudo estava diferente. 

Quando abria meus olhos, as cores eram sempre mais vivas. Eu usava os olhos de Damon, aquele azul que passei a amar e apreciar pelos pequenos detalhes, para me focar na realidade. Não havia sangue, nem dor, apenas o azul que me mantinha são nos primeiros minutos do dia. 

E todas as manhas eram exatamente iguais as outras: eu acordava, sem ar e com um grito de desespero preso em minha garganta, e Damon estava ali para me ajudar a passar pelo descontrole. Depois, o Pack iria começar a acordar para fazer o café e quando eu chegasse na cozinha, um prato estaria pronto para mim. 

Eu sabia que todos eles podiam ouvir o que acontecia antes daquele pequeno momento de paz, mas nenhum deles estava pronto para dizer alguma coisa em voz alta. Naquelas horas, eu não sabia dizer se estava feliz por estarem respeitando meu tempo ou se ficava com raiva por nenhum deles ter coragem de quebrar o clima de tensão que havia se instalado desde a primeira vez que seus pesadelos começaram a acontecer. 

Na manhã do sétimo dia não foi diferente. Um banho demorado no chuveiro de Damon e eu estava mais ou menos pronto para encarar os rostos incertos do Pack e passar mais um dia pensando e me preparando para o resto da minha longa vida. 

Todos ainda estavam preocupados que os caçadores pudessem voltar para uma retaliação, depois do banho de sangue que quase o matara. Eu achava improvável, mas tudo não passava apenas de uma sensação. Ter a presença do Pack vinte e quatro horas por dia era um alívio. Eu sabia que eles estariam ali por mim caso alguma coisa acontecesse, e eu também podia ter certeza de que todos estavam a salvo. 

O pack e os donos da casa estavam na cozinha quando eu cheguei, conversando sobre nada em particular. Eu disse bom dia, como fazia todas as manhãs, e fui respondido com os mesmo sorrisos sem graça de sempre. Nenhum deles sabia o que fazer, muito menos eu. 

Ajudar meus amigos a passar pelo processo de aceitação e autoconhecimento era completamente diferente do que entender pelo que eu estava passando. Usar a lógica como eu havia feito todas aquelas vezes não parecia adiantar, e apesar de estarem ali, nenhum deles sabia exatamente qual seria a melhor escolha a se seguir. 

O Garoto que Fugiu do Mundo - Fanfic StamonOnde histórias criam vida. Descubra agora