、一 A representante de classe ,

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Olá, meu nome é Luana, mas se quiser, pode me chamar de Lua. Tenho 18 anos e estou no último ano do ensino médio. Sempre tive um desejo pela representante de classe, mas nunca trocamos sequer uma palavra, apenas olhares.

O nome dela é Caroline, mas geralmente as pessoas a chamam de Carol. Ela é branca, um pouco baixa, cabelos negros e olhos de mel, a garota na qual eu sempre tive uma forte ambição. E como todas as representantes de sala, é sempre toda perfeitinha, nunca mostra seus erros, eu até entendo ela, afinal, se eu fosse popular, não queria ter meu nome sujo.

Mais uma vez, eu estava sentada sobre aquela cadeira, de uma forma um tanto desconfortável, enquanto um de meus cotovelos estava sobre a mesa e meu rosto estava apoiado sobre a palma de minha mão. Novamente era a aula daquela professora chata, poucos davam atenção para aquela aula entediante.

Respirei profundamente, assim olhando de um lado para o outro, com o intuito de achar a Carol. Após alguns segundos olhando para todos os cantos, finalmente, nossos olhos se encontraram. Observei a garota de longe, ela me fitava bastante concentrada. Após perceber que eu estava a olhando, rapidamente abaixou sua cabeça, assim, começando a anotar algumas coisas em seu caderno. Eu apenas ri com a ação da garota, novamente, voltei a pose desconfortável sobre a cadeira, assim fitei o quadro negro dali, esperando as horas passarem.

As horas se passaram lentamente, parecia que eu estava no inferno. Novamente, repeti a ação de olhar de um lado para o outro, logo avistando dois garotos em pé sobre as cadeiras, enquanto um segurava uma bolinha de papel, pronto para arremessá-la. A garota de cabelos escuros que estava concentrada em seu caderno, rapidamente avistou os dois rapazes. Levantou em um solavanco da cadeira e assim, aproximou-se dos dois.

- Vocês não querem que eu lhes mande para a diretoria de novo, não é? - A garota falou, com um semblante sério.

- Qual é Carol, não seja chata desse jeito, entra na brincadeira com a gente - Um dos garotos disse de uma forma brincalhona.

- Você ouviu o que eu disse ou eu preciso desenhar para que possa entender? - A garota disse, já ficando um pouco aborrecida. Logo, a mesma puxa a bola de papel da mão de um dos rapazes, logo arremessa no lixo.

- Tá bom então... - Os garotos falaram em uníssono, logo seguiram para suas cadeiras com cabeças baixas.

Carol, agora, seguia para sua cadeira, assim se sentando na mesma, enquanto bufava de raiva. Eu continuei a encará-la de longe. Aposto que a mesma percebeu meu olhar sobre ela, logo virou seu rosto para me olhar. Um sorriso de canto nasceu em meu rosto enquanto eu a olhava, ela apenas me encarava um pouco tímida.

Me levantei daquela cadeira em um solavanco, assim seguindo para perto da cadeira da mesma em passos lentos. A mesma, percebendo que eu estava me aproximando dela, ficou um pouco inquieta sobre a cadeira, e eu pude perceber seu desespero apenas com o seu olhar. Continuei a seguir até sua cadeira, sem tirar o sorriso desafiador do rosto.

Em poucos segundos, eu estava em frente em sua cadeira, enquanto olhava fixamente a garota, lançando o mesmo sorriso para ela. Ela continuou a me olhar, sem palavras, mas logo retribui o sorriso da mesma forma. Apoiei minhas mãos sobre aquela mesa, logo empinando um pouco minha bunda, apenas para complementar minha pose. Aproximei meu rosto devagar do seu, ficando apenas a alguns centímetros de distância.

- Foi uma ótima ação com aqueles meninos, Carol. - Digo, em um tom de voz baixo e rouco, mantendo meus olhos na garota.

- Sério? Não fiz mais do que minha obrigação. - A garota pronuncia, me lançando seu sorriso.

Eu podia perceber os olhares de todos naquela sala sobre nós duas, porém eu pouco me importava. Eu continuei com o meu sorriso desafiador e meus olhos penetrantes perante a ela. Eu podia sentir sua respiração um pouco ofegante, isso apenas me deixou mais empolgada, mas eu não podia fazer nada nesse momento, tudo isso iria chamar atenção do povo e logo iria rodar pela escola toda, não quero que a Carol seja difamada.

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