Colégio InFernal

C h a p t e r 5

A semana passou rápido, todos estavam animados para o acampamento na semana que vem, menos eu.

— Aqui está, milkshake de morango com cereja em cima. — O garoto da lanchonete faz algumas manobras para colocar meu pedido em cima da mesa.

— Obrigada... — Olho para o seu crachá de identificação. — Ken.

Posso dizer que a única coisa boa nessa escola é sem dúvidas a lanchonete Candydream, é a melhor doceria do mundo. Tomo meu milkshake e fecho os olhos saboreando cada pedacinho de morango.

— Acho que tem um admirador secreto. — Ken volta novamente colocando um pudim na minha mesa.

— Eu não pedi isso.

Ele vai embora com um sorriso no rosto e logo o mesmo garoto da festa senta a minha frente, como era o nome dele mesmo? Ah, Noah o garoto irritante.

— Gostou da surpresa? — Ele sorri para mim.

— Eu odeio pudim. — Arrasto o pudim para ele.

— Você é do tipo difícil né? — Noah rouba a cereja do meu milkshake e lanço um olhar assassino.

— Eu sou do tipo que não quer nada com você. — Pego minha cereja de volta antes que ele colocasse na boca.

— Tudo bem... — Ele suspira em rendição. — Podemos pelo menos ser amigos?

— Talvez, se não for irritante o tempo todo. — Digo e ele dá risada.

— Você me faz querer ficar perto de você cada vez mais. — Seus olhos mel encontram os meus, ele era bem bonito, típico menino de família.

— Isso soou muito psicopata. — Nós rimos até Vick se aproximar.

— Eu vou roubar a minha amiga um pouquinho se não se importa. — Ela pega o meu braço e me arrasta para longe com sorriso no rosto.

— Noah Carter em? — Seu sorriso se alarga.

— Cala boca Vickttória.

— Bom, nós vamos ajudar o Harry com uma coisa. — Ela diz animada. — Primeiro de tudo, o Harry é gay!

— Isso eu já sabia, ele me contou ontem a noite. — Ele me olha confusa. — Depois explico.

— Bom, ele quer fazer uma surpresa de desculpas para o Dylan, mas precisa da nossa ajuda.

— Eu estou dentro. — Falo sem pensar duas vezes.

— Ótimo, eu te conto tudo no caminho. — Ela me puxa me levando pelos corredores.

Todos nós nos juntamos na sala do laboratório, Harry nos contou como iríamos ajudar, e logo todos começamos a colocar o plano em ação.

Eu e Hana fomos atrás do Dylan, enquanto os outros iam todos para o refeitório.

— Meninas, vocês estão bem? — Nós Paramos na frente de Dylan quase sem fôlego.

— Precisamos que venha com a gente para o refeitório. — Hana diz com dificuldade.

— Eu tenho um encontro daqui a pouco, pode ser depois?

— Não. — Digo puxando ele pelos corredores.

Chegamos ao refeitório e todos já estavam na mesa.

— Quem morreu? — Dylan fala assim que vê todos reunidos.

Harry sobe em cima da mesa com uma caixa de som e um pequeno microfone.

— Eu quero pedir a atenção de todos, por favor. — Harry chama a atenção a todos que estão a nossa volta. — A pouco tempo atrás eu magoei uma pessoa, uma pessoa que me fazia feliz e me aceitava independente das merdas que eu fazia, eu a perdi, e presumo que talvez ela não me perdoe, mas nesse meio tempo sem estar ao lado dela, eu percebi que o amor é uma das coisas mais belas do mundo, mas não será para mim se você não estiver ao meu lado, se existe uma pequena parte de você, por menos que seja, que ainda sente algo por mim, me perdoa. — Seus olhos fixam ao de Dylan que tinha uma respiração forte e lágrimas em seus olhos. — Eu te amo Dylan Wolfraid.