Empoderada e dona de uma personalidade forte, Bella Salvatore não é a princesinha dos contos de fada. Soube desde cedo sua origem e a honrou desde o momento que a conhecera. Filha e neta de mafioso, Bella não é nada ingênua ou dependente da proteção...
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Passei o dia ocupado com umas pendências burocráticas da máfia. Pois é, nem só de ação se vivem os mafiosos. Na verdade, sempre fiquei encarregado com essas questões e as ações eu demando aos meus soldados. Agora posso chamá-los de meus.
Ainda haverá um evento de posse e eu anseio por isso. Me casei com a filha do temido Rico Salvatore e me admirei por tamanha coragem. Bella tem um sangue fervente, emana raiva e coragem. Ela realmente nasceu para viver nesse mundo perigoso. Parece que nada a abala. Além, de claro, ser espetacularmente linda. A morena puxou os olhos verdes do pai e eu diria que talvez, fossem os mais lindos que já vira.
Chegamos tarde no dia em que fui buscar ela, então não me dei o trabalho de discutir de íamos ou não dormir no mesmo quarto, o que é óbvio que sim, mas eu sabia que ela não estava habituada, então, deixei que dormisse sozinha no primeiro dia. Mas hoje, é dia de voltar.
Entro no quarto sem bater. Ela passou o dia inteiro trancada nele. Não nos vimos, pois tive um almoço fora e cheguei bem tarde para o jantar. Entro e me deparo com ela admirando o céu pela sacada do quarto.
Bella veste um vestido branco, com um cinto vermelho e tem o cabelo solto, recebendo a brisa. O vento joga os seus cabelos pro alto e percebo que apesar de estar concentrada demais, já percebeu minha presença.
— A noite está bonita, não está? — comento, tirando os meus sapatos.
— Ficará melhor, assim que você se explicar onde esteve o dia todo...
Ela não se dá o trabalho de virar para mim e eu coloco um sorriso largo no rosto.
— Eu sabia que você era muita coisa, menos ciumenta — brinco.
Bella vem caminhando na minha direção e eu continuo estático, esperando a ação dela. Sei que vem fervendo. Uma dos meus maiores prazeres é vê-la queimando de raiva. Sempre me diverti.
— Você não ache que eu, Bella Salvatore, aceitarei ser sua submissa ou até mesmo aceitar que você tenha outras mulheres... Vicenzo, eu juro, por tudo que é mais sagrado no mundo — ela respira fundo, enquanto tem o dedo apontado na minha cara e eu tenho a maior cara de deboche — Que eu arranco o seu pau fora e o resto do seu corpo vai pros meus cachorros. Você entendeu?
Eu tento não sorrir, mas é prazeroso demais vê-la dessa forma. Ela está parada, me olhando e seu sangue ainda ferve. Pego no seu rosto e tento acalma-la.
— Não se preocupe quanto a isso. Fui muito bem criado e jamais faria algo que a desonrasse.
