Capitulo 9

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Estou rodeada de mulheres, enquanto ouço a minha mãe explicar o quão linda tenho que estar hoje, o quão importante isso será pra minha vida e como tudo mudará

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Estou rodeada de mulheres, enquanto ouço a minha mãe explicar o quão linda tenho que estar hoje, o quão importante isso será pra minha vida e como tudo mudará. Hoje é a posse de Vicenzo.

Há uma semana não temos muito contato; desde o beijo, confesso que as coisas ficaram um pouco estranhas, mas culpo o tempo. No mesmo dia, marcaram a posse e tivemos apenas uma semana pra cuidar de tudo e a casa esteve cheia sempre. Nos víamos ao acordar e ao deitar. Sempre estávamos cansados demais para conversar ou até mesmo tocar no assunto do beijo.

Se não o atingiu, também finjo que não mudou nada por aqui. Talvez não tenha mudado mesmo. Uma boca todo mundo tem.

Droga! A dele é tão macia, tão quente, gostosa...

Não, não, não... foco! Seria a maior loucura me apaixonar por Vicenzo.

Há horas estou em pé, acertando os últimos detalhes do vestido, enquanto minha mãe e Theodoro estão também ajeitando seus últimos detalhes. Trouxe todos pra cá, queria a opinião da minha mãe sobre tudo. Ela sempre teve o costume de organizar jantares em nossa casa e se eu fizesse um, no meu estilo, seria um desastre.

— Essa prova não termina? — pergunto, revirando os olhos.

Theo está girando na cadeira, como se não tivesse nada pra fazer. Estamos no quarto de visita e meu pai adentra ele, segurando um charuto entre os dedos.

— Achei que tinha me dito para não fumar — Theo solta.

— E disse — meu pai diz e traga mais um pouco, soltando a fumaça entre os lábios.

— Então por que você faz? — meu irmão questiona de novo.

— Eu disse pra você não fazer, não disse que eu não faria.

Meu irmão revira os olhos, girando de novo na cadeira. Ele já terminou a prova do seu glorioso termo e só o meu vestido é que não termina. Parece uma eternidade esses últimos ajustes. A festa é daqui três horas e é capaz de eu ir com essas mulheres penduradas na barra do vestido, ainda ajeitando-o.

— Por que não compraram um vestido pronto? Era tão mais fácil... — digo.

— Os vestidos para ocasiões especiais são feitos em lugares especiais. Nossa alfaiataria é a melhor, Bella — minha mãe explica.

— Onde está meu marido?

Era assim que eu vinha me referindo a Vicenzo nos últimos dias. Meu marido. Não por causa do beijo, mas acho que já por ter costume de tanto pronunciá-lo dentro dessa casa, já abusei seu nome, então, chamo-o de marido. Já que ele é um marido.

— Vicenzo está com Lázaro em seu escritório — meu pai responde.

Finalmente as mulheres finalizam o vestido e dou graças, arranco-o de meu corpo e volto para minha calça e bota. Comecei a usar bota quando fui percebendo que deveria haver algum lugar para guardar arma, adaga... eu precisava me proteger. Fora que são mais estilosas, mas também não abandono um bom salto alto estiloso.

JOIA RARA - Trilogia: Guerra por Amor #2Onde histórias criam vida. Descubra agora