Empoderada e dona de uma personalidade forte, Bella Salvatore não é a princesinha dos contos de fada. Soube desde cedo sua origem e a honrou desde o momento que a conhecera. Filha e neta de mafioso, Bella não é nada ingênua ou dependente da proteção...
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O fim de ano chegou e com ele, as confraternizações um tanto desnecessárias, contando a falsidade de cada sorriso e aperto de mão, e o famoso "réveillon". Nós da Frash tínhamos costume de nos reunirmos todos os anos para a comemoração e esse ano não havia de ser diferente.
O Natal foi apenas um jantar entre a minha família — meu pai — e a de Bella. Foi bem harmonioso e percebi o quanto minha esposa se sentia realizada.
Minha esposa.
É exatamente isso que Bella vem sendo nos últimos meses. Há mais de seis meses nos casamos e eu esperava que durássemos apenas a primeira semana, depois eu receberia um tiro no meio da testa — dado por ela — e fim da história. Mas a cada dia eu só consigo me surpreender com ela.
Está acontecendo a festa e faltam poucos minutos para a meia noite. Bella está acompanhada de sua mãe e Katherine, sua mais nova cunhada. Vejo Theodoro recostado em um dos balcões de drinks e me aproximo.
— Devo esperar o seu convite de casamento no primeiro semestre do ano?
Ele sorri. Lembro-me de que ele não curtiu muito a ideia de me casar com sua irmã — o que é normal para um irmão mais velho —, mas logo fortalecemos uma amizade.
— Provavelmente, meu caro — ele afirma, bebendo um pouco do líquido — Mas vamos esperar o nascimento de Giovana.
Theodoro estava encantado com o fato de que seria pai de uma menina. Falando em filhos, ainda não comentei com Bella se ela um dia deseja ter. Eu, particularmente, quero herdeiros.
— E você, não pretende ter filhos? — Theodoro pergunta, após eu apenas acenar da sua afirmação acima.
— Ainda não conversamos sobre isso. Não sei se Bella tem interesse... — confesso.
Ele sorri pelo nariz.
— Bella é louca por criança, Vicenzo. Proponha um time de futebol que ela te dará — ele afirma e depois sorri, vendo sua amada se aproximar.
Procuro Bella com os olhos e finalmente a encontro. Está vendo a lua, pelo enorme vidro que dá lugar a uma parede. Caminho devagar e assim que me aproximo, deixo um beijo calmo em seu pescoço que está a amostra hoje. Como ela está maravilhosa.
— Eu já disse como você está linda?
Bella sorri.
— Umas quinze vezes desde que chegamos — responde sorrindo e me dá um beijo molhado nos lábios.
Me viro assim que ouço um dos homens anunciando a chegada de alguém. Imediatamente meus olhos recaem sob uma mulher incrivelmente linda. Olívia Beliovatto.
— Olívia... — resmungo baixo.
Bella se posiciona na minha frente, coloca as mãos na cintura e diz:
