(06) Tell me your f sin

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Foi aí que, após tirar uma gravata do bolso, Jungkook vendou meus olhos e me carregou para outro cômodo da casa. Tudo estava em silêncio, e eu não enxergava absolutamente nada.

Podia sentir o frio contínuo rondar meu corpo, e ao mesmo tempo, o calor tocar minha curiosidade.

-Jungkook?-perguntei baixo, quando percebi que se passaram alguns minutos.

-Você só vai abrir a boca quando for pra dizer que quer me contar o que anda fazendo por trás das minhas costas!

-O que vai fazer comigo?-questionei.

Da última vez que Jeon tentou arrancar palavras de mim, ele usou um método totalmente controverso, me deixando assustada o suficiente para querer que ele ficasse a quilômetros de distância.

Me senti novamente a jornalista no casebre, sendo interrogada por quem nem deveria estar do lado de fora de uma cadeia.

Ainda sim, ouvir ele mexendo em coisas, abrindo e fechando gavetas e armários, sem saber do que se tratava, me deixava nervosa.

Queria tirar a gravata ali mesmo e ver para que cômodo ele tinha me trago, mas, fiquei receosa dos resultados não serem bons.

Embora eu estivesse claramente acostumada a contrariá-lo em muitas coisas.

Porém, dessa vez, ele parecia estar mais firme que nunca. Quando vi seu reflexo atrás de mim, notei algo diferente, persuasivo, tentador e assombroso.

Parte de mim adorava a sensação que ele causava quando eu o irritava.

Depois de mais alguns minutos ouvindo passos, senti suas mãos descendo por minhas pernas, chegando aos meus pés, retirando meus sapatos. Seus dedos firmes e calorosos, pegaram meu braço e na minha cintura, me guiando ao que aparentava ser, uma enorme cama.

Os lençóis eram confortáveis e rapidamente se adaptaram a temperatura que meu corpo estava transmitindo.

Jungkook subiu em cima de mim, saltando sua respiração pela superfície da minha pele arrepiada, chegando a minha maçã do rosto, onde roçou os lábios, torturando-me, pois acreditei que seria na minha boca.

Ele mordeu meu pescoço e o lóbulo da minha orelha, enquanto suas mãos se afundavamno colchão, ao lado do meu corpo.

Por muito tempo, ele continuou passeando com uma de suas melhores armas por toda a minha compleição física.

Era como se Jeon quisesse despertar cada sentido, ligando cada botão, para uma possível sobrecarga.

Tentei tocá-lo, mas ele afastou minhas mãos, as colocando em cima da minha cabeça. Ele exalava frieza e chateação, eu podia cheirar sua decepção.

Minha boca obsecrava por seu sabor, por seu veneno assassino e fomentador.

Junto de seu rosto, suas mãos desceram e então, ele chegava a chave-mestre do prazer.

Jungkook realizava cada ato com lentidão, como se fizesse tudo de propósito, para vingar-se de mim.

Até quando deslizou a delicada costura vermelha por minhas coxas, fez questão de me fazer sentir cada segundo pesando em minha pressa.

Mais uma vez, tentei apressá-lo, mas, dessa vez, ele puxou meu corpo para cima e me algemou na cabeçeira. Podia inalar o aroma de neurastenia que transpassava seus tecidos.

Então, após firmar o metal nos meus pulsos, ele voltou para o ponto em que estava. Aos poucos, foi abrindo as minhas pernas, na menor velocidade possível, quando na verdade, eu queria estar sem freio.

Posteriormente, quando firmou seus lábios centro a mim, toda a minha estrutura se ativou e eu começava a ferver.

Como um marinheiro desancorado, ele navegava por todo mar, explorando cada terra à vista, captando os sabores e as texturas disponíveis em meio as minhas pernas.

Entretanto, seu objetivo era, com certeza, diferente de algo prazeroso, pelo menos para mim.

Em um certo momento, suas mãos seguraram em meus quadris, e Jeon usou sua língua para me matar. Me segurei para não unir meus joelhos em sensações momentâneas. Mal conseguia manter minhas costas numa posição normal, porque o que me cabia, era curvá-la enquanto gemia continuamente.

Estava chegando lá, com a força com que ele me beijava, eu estava chegando.

E então, ele parou.

Como a pequena onda do mar derrubando o perfeito castelo de areia na praia, eu me senti totalmente frustrada. O gemido ficou preso a minha garganta, e tudo o que fiz foi tentar me soltar.

-O que foi isso?- perguntei.

Sem dizer nada, novamente o ouvi se aproximar, dessa vez, para colocar algo na minha boca.

Uma mordaça.

O que quer que Jeon Jungkook queira arrancar de mim, ele fará de tudo para conseguir.

Soul Criminal: BLACK - Vol. II [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora