(07) Ultraviolence

1K 142 29
                                    

Tentei entender o que ele fazia comigo.

Contei os minutos que se passaram no silêncio, e ele voltou. Com força, ele rasgou minha blusa, e com os dentes, abriu meu sutiã, colocando logo em seguida, algo nos meus mamilos.

Instantaneamente, foi como se eu acabasse de ser ressuscitada. A energia excitante que cobriu meu corpo, me estimulou a quebrar as algemas e a arrancar a gravata do meu rosto, para olhá-lo nos olhos.

Mas, aquilo me deixou trêmula, até com as pernas bambas. Era algo deleitoso, que nunca havia sentido antes.

Pela segunda vez, ele interrompeu minha circulação, me transformando apenas num experimento.

Mesmo com a mordaça, tentei reclamar, até com um pequeno murmúrio.

Procurei até ver se conseguia pronunciar um "filho da puta, termine de uma vez", mas nada saía como eu planejava.

A mesma pausa aconteceu, até ele voltar.

Cruzei as pernas, irritada com o jogo dele, e Jeon, irritado, colocou algo em meus tornozelos, e sem que eu pudesse fazer nada, minhas pernas se esticaram e se afastaram, abrindo total caminho para seu plano diabólico prosseguir.

-É só me contar, Lalisa! E eu irei até o final, porque eu sei o quanto você quer!

Experienciei algo vibrar sobre minha pele, chegando ao ponto que queria.

Dessa vez, sem embromação, ele introduziu mais uma de suas ferramentas de confissão em mim.

Com certeza, tudo aquilo era prazeroso e lascivo. O fogo que habitava no meu âmbito corporal queimava toda vez que ele partia para a próxima fase.

Eu mordia a bola de silicone entre meus dentes, contendo os gemidos, para irritá-lo. Mesmo assim, dava para ler minhas reações, as sensações eram despertadoras e perceptíveis.

Eram efeitos irrefutáveis.

Outra pausa.

Estava exausta, sedenta pelo toque verdadeiro dele, algo que sentia falta naquela hora.

-Eu prometo parar, me conte, Lisa!

Assenti com a cabeça, e ele tirou a mordaça, aguardando minhas palavras.

-Não há nada para contar!-falei, em meio a uma respiração descompensada.

Seu mutismo me intrigou, já que estava ansiosa por outra coisa.

-Não, você está mentindo para mim! Eu contei tudo para você, confiei que não haveriam segredos!

Dessa vez, era ele. Era sua pele na minha, e todos os seus sentimentos estavam postos nos movimentos hidrófobos. Era um colapso, uma guerra, e eu baixava a guarda a todo instante, visto que agora, sem a mordaça, eu podia explodir minha voz contida em prazer.

-Me diga!-ele repetia, enquanto seguia reentrante.

-Jeon...

-Me conte, por favor!-sua voz mudou.

Ele estava implorando?

-Eu já disse a verdade!-eu tentava dizer, em meio as minhas lamúrias.

-Não, Lisa! Mas que porra! Por que está mentindo para mim?

Ficamos parados, enquanto podia sentir o suor escorrer em minha testa.

Sua última entocada havia me destruído, me estonteado.

Como se eu estivesse anestesiada.

Ele gemia baixo, provavelmente de dor.

-Por que está fazendo isso comigo?-sua cabeça se confortou sobre meus seios.

-Eu não mentiria para você!-falei.

Ao retomar seu fôlego, ele deixou a cama e me soltou.

Tirei a gravata dos olhos e o procurei pelo quarto que jamais havia visto, mas Jeon não estava mais lá.

Ainda haviam coisas separadas minuciosamente em uma mesa, ao lado da cama, que ele provavelmente iria usar em mim.

E o que o fez mudar de ideia?

-Jungkook?-chamei.

Olhei em todos os cantos, ele havia saído.

Como não podia me comunicar com os meninos até que a vistoria dos celulares e dos computadores fosse finalizada, o que me restou foi esperar.

Durante a madrugada, olhei para o relógio a cada dez minutos, aguardando que ele voltasse.

Mas isso não aconteceu.

Pela manhã, tomei um banho e me vesti, pronta para ir até os meninos, saber dos resultados.

Jackson estava comigo no carro, observando as marcas dos meus pulsos a todo momento.

-O que ele fez com você ontem?- sua expressão era de preocupação.

-Não se preocupe!-respondi.

-Lisa, não o deixe encostar em você dessa forma!

-Jungkook não fez nada, está tudo bem!

Procurei transparecer calma e serenidade, mas me perguntava internamente onde ele teria ido.

Ao chegarmos, entrei primeiro, já que Jackson iria estacionaram o veículo. Assim que adentrei na sala, notei uma enorme bagunça e Jisoo, segurando carne congelada no rosto de Jin.

-O que aconteceu?-perguntei.

-Jungkook veio aqui ontem!-Yoongi respondeu, enquanto mexia em um notebook, com um corte nos lábios.

Jimin estava com o supercílio inchado, Tae com o canto da boca ferido e Hoseok com a maçã do rosto esverdeada.

-Ele fez isso com todos vocês?

-Ele está fora de controle! Acho que sem pistas do JinHwan ou sobre o Seungri ainda estar na cidade o deixou conturbado.

Eu sabia perfeitamente que a culpa era minha, e me senti péssima vendo que ele atacou as pessoas próximas a ele dessa forma.

-Onde ele está?-questionei, irritada.

-Ele foi para o galpão, atirar! Deve estar descontando o restante da sua ira, pois faz horas que está gastando munição.

Ao dar o primeiro passo para ir até ele, Sana me barrou.

-Não faça isso! Ele ficou exatamente assim quando descobriu que Seulgi escondeu dele que Seungri havia matado seu pai!

Ele realmente detestava mentiras e farsas.

-Não me interessa, nenhum de vocês tem que passar por isso em nenhuma circunstância, não quando são a família dele!

Soul Criminal: BLACK - Vol. II [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora