Thinkin Bout You

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Alex's POV

Assim que o médico da Maia ligou para mim e meu coração descompassou imediatamente, já imaginando as piores notícias possíveis.

Ela estava em coma há três tortuosos dias.

Tratei de avisar a minha namorada e ela rapidamente pegou as chaves do carro para nos levar até o hospital. Ela estava tentando me acalmar no carro, já que eu estava muito inquieta. Agora, pela primeira vez, eu agradeço à Deus por essas longas viagens que meus pais fazem, como minha mãe tem problemas no coração, ela seria capaz de ter um treco.

Meu pais são empresários. Trabalham e viajam muito, quase nunca param em casa. Eu quem praticamente cuidei de Maia e, eu sei que, mesmo não dizendo em voz alta, ela sente falta deles. Mais especificamente da nossa mãe, já que ela e o papai não se dão muito, nunca se deram, na verdade. Bom, meu pai é um tanto estranho em relação a Maia, talvez seja porque ela não é filha de sangue dele.

Ela é fruto de uma relação da que minha mãe e o irmão do meu pai, meu tio Andrew, tiveram. Maia é a única que não sabe disso. Meu pai não quis dar o divórcio por ter um alto cargo em uma empresa e querer manter as aparências de família perfeita. Mal eles sabem que Adam Mitchell, o dono das maiores empreiteiras dos Estados Unidos é um alcoólatra.

Chegamos aqui no hospital e eu tinha ido pegar um café, quando cheguei no corredor do quarto da Maia, vi Lilly que parecia estar discutindo com o Shawn na parede contrária ao quarto da minha irmã, mas não sei ao certo se era isso que eles estavam fazendo porque eles falavam baixo em respeito ao local onde estávamos.

Me virei e vi o médico sair do quarto que já sabia ser o de Maia, ele fez um sinal para que eu me aproximasse. Olhei para Lilly e a chamei enquanto andava rapidamente em direção ao homem.

— E então? O que aconteceu, doutor? Ela ainda não respondeu aos estímulos? — Falei tão rápido que não sei se ele entendeu.

— Se acalme, jovem. — Ele sorriu docemente — Como nós suspeitávamos, sua irmã teve mesmo uma concussão, mas foi moderada e conseguimos reverter o caso. — Eu dei um sorriso largo imediatamente. — E, sim, ela respondeu aos estímulos e está acordada desde a manhã. Eu só estava fazendo uns exames para checar se estava tudo bem antes de chamá-la, vocês podem entrar agora.

— Ela está... cem por cento? A memória dela, tudo... tudo bem? — Perguntei.

— Está sim, eu disse que a sua irmã era forte, senhorita Mitchell. — Sorriu. Ele abriu a porta devagar para que eu pudesse ver minha irmã.

— Ela passou por uma grande cirurgia e acabou de receber uma medicação. Maia deve se esforçar o mínimo possível, até o ato de falar para ela deve ser evitado por algumas horas, ok? — Ele informou e assenti.

— Depois eu retorno aqui, para falar sobre os cuidados que ela deve ter em casa. Ela passará mais um ou dois dias aqui, para observação, e será liberada em breve.— Ele nos saudou e saiu.

Ela estava com uma máscara de oxigênio, com um soro no seu braço esquerdo, e outras coisas que eu não sou capaz de identificar agora, e havia uma faixa na sua cabeça. Parecia mesmo cansada.

— Maia... — suspirei e fui ao seu encontro. Ela estava sorrindo levemente por baixo da máscara de oxigênio e eu me sentei ao seu lado, pegando em sua mão.

— Você assustou a gente, pequena Mitchell. — Lilly sorriu e se aproximou de nós também.

— Eu quase morri, Maia. Por Deus, nunca mais faça isso de novo. — Falei ainda segurando sua mão e me abaixando na mesma, minhas lágrimas estavam começando a se formar agora. Mas é de alívio, nossa, em fiquei tão mal só de me imaginar num mundo sem ela.