Capítulo 21

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Depois de pouco mais de uma hora, entramos em um conjunto de casas muito chiques, pequenas mansões melhor dizendo. Senti Katy me dando uns tapinhas na minha coxa. Olhei pro lado e ela olhava pela janela do carro impactada.

Katy- Olha isso amiga... – apontou para uma das mansões que havia um portão dourado, reluzente mesmo sendo à noite. Eu até não duvido que seja ouro e realmente, as residências do local são extremamente bonitas, uma mais linda que a outra.

Seguimos até a última casa à esquerda, em uma rua sem saída, onde Tomaz parou em frente a um portão enorme, num tom marrom escuro e o murro que cerca o terreno é uma coisa meio creme, meio bege, sei lá.

Tomaz- Augusto! É o T741, solicito liberação de entrada! – disse assim que apertou um botão no interfone que fica próximo ao portão.  Me distrai por um momento, olhando para um daqueles vidros pretos em que só quem está do outro lado vê quem está fora e a pessoa de fora apenas vê o próprio reflexo, que cobre uma metade da parede esquerda, indo até o final.

Interfone- Fala Tomaz, só um minutinho – ouvimos o suposto “Augusto” responder o motorista – A478 liberando a entrada do funcionário T741! – e logo abriu o portão.

Assim que entramos, pude ver o longo jardim todo iluminado com as várias luminárias que havia nas plantas. Ao fundo do terreno se vê a grande mansão, que, por estarmos um pouco longe, aparenta ser pequena, mas conforme nos aproximamos ela vai ficando cada vez maior. Bem na frente da residência há uma fonte grande, redonda, que está ligada e a água brilha por conta das luzes que saem de dentro dela. Tomaz a contornou e paramos em frente à entrada da casa. O motorista desceu do carro e abriu a minha porta, me dando espaço pra sair e assim que o fiz, fechou a porta e se dirigiu a porta da Katy, fazendo o mesmo.

S/n- Obrigada! – agradeci da forma mais simpática possível e dei um sorriso. Ele se curvou e voltou pro carro, deu continuidade ao contorno da fonte e foi embora.

Esta uma noite bonita, um pouco quente, mas tem um vento fresco. As luzes externas da casa ajudam a ficar ainda mais lindo, alguns feixes de luz colorida saem de dentro dela, pois as paredes da frente são de vidro. É possível ver o pessoal lá dentro, dançando e bebendo, apesar de estar com todas as luzes internas desligadas e só ter os feixes.

Katy- Quantos andares você acha que tem? – vi ela olhando pra cima, apreciando a beleza da mansão. Analisei melhor os detalhes e a parede de vidro é muito alta, devem ser no mínimo uns dois andares gigantescos.

S/n- Chuto uns três... – mais a cima da vidraça, parece ter uma sacada e o telhado é muito alto também. Daria fácil uns cinco andares, mas o telhado engana bastante.

Olhei pra frente e a porta é antecedida por uma espécie de “varandinha” com uns dois degraus de altura. O “teto” é sustentado por duas colunas com alguns detalhes.

S/n- Caralho! Olha isso – nos aproximamos – Não lembra muito aqueles templos gregos? – passei a mão em uma das colunas.

Katy- Siiim cara, é igualzinho! – é muito bonita, toda feita de um mármore branco lindíssimo.

Katy- Então... – paramos em frente a porta, em cima de um capacho – A gente só entra? Toca a campainha? – nervoso é pouco pra descrever o que senti agora. Meu corpo está todo “amortecido” devido ao leve ataque de ansiedade, as mãos suando frio, o estomago embrulhado e aquela sensação indescritível que vem de dentro da gente.

S/n- Não faço a mínima idéia... – olhei pra baixo e vi escrito “Välkommen” no capacho e nas laterais da porta há dois vasos de planta.

S/n- “Bem-vindo”?! – deduzi enquanto encaro a palavra desconhecida. Ela me olhou e depois desviou para onde eu olhava.

Katy- É... Acho que sim – encarou também.

Senti meu celular vibrando, peguei e dei uma olhada.

S/n- Bill disse que é só entrar – a olhei – Acho que a gente não devia ter vindo...

Katy- Que? Por quê?

S/n- To nervosa – sorri sem jeito.

Katy- Fica não mulher. A gente estava mofando lá em casa, é bem melhor estar aqui – deu com as mãos – Com seu homem, do que sentada no sofá comendo besteira e se afundando em desgosto.

Nossa... Agora pegou pesado. Ri do jeito serio que ela falou.

S/n- Meu homem... – repeti – ATÁ! Eu não tenho homem, os homens me têm e é quando eu quiser.

Katy- Hummmm falou bonito – rimos.

S/n- E como se a gente não comesse besteira em qualquer lugar.

Katy- É que aqui você não vai comer besteira. Até vai ser a besteira de alguém – demorei um pouco pra raciocinar, mas quando entendi senti a vermelhidão estampada no meu rosto.

S/n- QUE? Que isso garota! Eu eim – a empurrei e ela riu.

Depois disso até esqueci minha ansiedade. Peguei na “maçaneta” que nem é uma, em minha opinião, porque é só um apoio pra empurrar/puxar a porta e nem fechadura tem esse negócio, eu não entendo gente rica... Mas não precisei fazer muito esforço, um empurrãozinho e abriu facilmente. Entramos e dei uma olhada em volta, tem gente pra caralho. Isso que Bill disse “uns amigos”, se essa é a definição de “uns amigos” pra ele, o que deve ser muitos ou o total de amigos que ele tem?

S/n- E agora? – falei perto dela e um pouco alto, por causa da musica.

Katy- Vamos fazer o que a gente sempre faz. Ir atrás de bebida – realmente. To precisando. Fomos entrando no meio das pessoas e a bonita aqui já estava de olho nos macho.

Katy- Acho que tem ali – apontou para uma mesa com algumas comidas e tinha um cara, que parece muito um bartender. Nos aproximamos e lá estava ele, servindo as bebidas. Pedimos um drink e logo recebemos. É bem fraco, mas é o que tem. Fazer o que.

Em meio a toda aquela gente, avistei uma ruiva que eu reconheço muito bem.

S/n- E aí pô – fui até ela e peguei em seu braço. Se virou com uma cara de surpresa.

Valentina- S/n! Katy! Não sabia que vocês vinham – falou animada e nos deu um abraço.

S/n- Pois é, nem a gente kk. Á uma hora atrás nós estávamos morrendo de tédio em casa, aí do nada o Bill chamou a gente pra vir pra cá – fiquei um pouco perplexa, agora que parei pra pensar no que a gente fez.

Valentina- Ele é meio louco assim mesmo – disse rindo.

S/n- Falar nisso... sabe aonde ele está? – ela deu uma olhada em volta.

Valentina- Ah, deve estar lá na cozinha. Vem! Eu levo vocês – pegou na minha mão e foi me arrastando com a Katy vindo atrás.

S/n- Ah, a propósito. Ta gata eim – dei uma olhada de cima a baixo nela e ela sorriu.

Valentina- Tenho que ficar neh. Pra crush! – fez uma pose, muito linda essa mulher, meu deus.

 Pra crush! – fez uma pose, muito linda essa mulher, meu deus

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Katy- Ué. Lisa ta aqui?

Valentina- Ta sim.

Katy- Que vagabunda traidora. Vem pra uma puta festa da hora, na casa do boy da s/n e nem chama a gente – ficou indignada.

Valentina- Kkkk eu que trouxe ela, boba – rimos do comentário.

Val foi nos guiando ao que eu percebi ser o único lugar da casa com as luzes acesas, pois o resto está apagado e apenas com os feixes coloridos que ficam passando.

Amor à Primeira Vista | Bill Skarsgård [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora