Capítulo 7

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Acordei e senti uma puta dor de cabeça, aff não devia ter abusado da bebida ontem. Sentei na cama quase que dormindo de novo, peguei meu celular para ver as horas, mas estava sem bateria, dei uma olhada em volta pra ver se enxergava o carregador em algum lugar, mas não encontrei nada. Me espreguicei e juntei forças pra sair da cama. Quando coloquei um pé no chão e levantei, senti meu outro pé preso no cobertor e só senti meu corpo indo de encontro ao chão. Apenas tomei um susto com a queda, não aconteceu nada graças ao carpete que tem no chão do meu quarto, mas também já fiquei por ali mesmo, com metade do corpo em cima da cama e a cara colada no carpete macio. O sono era tanto que fiquei uns quinze minutos ali.

Quando dei uma acordada, abri os olhos e vi um monte de coisas em baixo da minha cama que eu nem lembrava estar lá, inclusive...

- Olha... Meu carregador... – estiquei o braço e o peguei. Havia uma caixa também, não faço idéia do que tem lá, depois vou dar uma olhada. Respirei fundo e levantei, fui ao banheiro e fiz minhas necessidades matinais. Voltei pro quarto e quando fui colocar o celular pra carregar bati o dedinho na quina da cama – AAAAI, PORRA... – senti uma dor insuportável, me joguei na cama e segurei meu dedinho na intenção de diminuir a dor – AÍ CARALHO... Mas que merda – rolei de um lado pro outro esperando a dor passar. Quando diminuiu, fui me arrastando na cama até a tomada que tinha perto da cabeceira e coloquei meu celular pra carregar.

Desci até a cozinha para tomar um remédio pra dor de cabeça e encontrei minha mãe preparando o almoço.

- Bom dia – falei e peguei o remédio no armário, fui até a geladeira e peguei um suco, coloquei em um copo e sentei na bancada.

- Boa tarde filha, como foi ontem? – tomei o remédio e olhei no relógio, já era 13h da tarde.

- Foi legal, o Mathew teve que ser carregado de dentro da bo... festa, coitado – ri e dei um gole longo no suco, disfarçando. Olhei pra ela pra ver se tinha percebido algo, mas acho que não porque ela continuou mexendo nas panelas. Aff, quase que eu solto a boate no ar, imagina se eu deixo isso escapar.

- Eita esse menino, isso que era pra ele ser o mais responsável de vocês – ela riu e continuou dando atenção ao fogão.

- HAA TÁ, ele é mais criança que todos nós juntos. Em questão de diversão ele não é nada responsável – ela riu e concordou. Todos sabem que o Math é muito organizado com as coisas dele, mas em questão de festa e outras coisas da vida, só Deus na causa.

- O almoço vai demorar um pouco pra ficar pronto – disse minha mãe enquanto ia à geladeira pegar alguma coisa.

- Tá bom. Vou tomar um banho – falei e terminei meu suco, coloquei o copo na pia e voltei pro meu quarto.

Tomei um banho pra dar uma acordada e retirar os vestígios de maquiagem da cara, coloquei um shortinho confortável, uma camiseta que ficava larga em mim e prendi meu cabelo em um coque bagunçado. Sentei na cama e peguei meu celular na esperança de já ter carregado pelo menos um pouco, pressionei o botão pra ver se tinha sinal de vida e enquanto ele ligava comecei a me lembrar da noite passada. Meu deus, que loucura, o que foi aquilo? Não me lembro de muita coisa, mas o pouco que lembro é nos mínimos detalhes. Sorri sacana, preciso saber quem é aquele cara.

De repente escutei o som de uma chamada de vídeo vindo do meu notebook, olhei pra ele e era a Katy. Peguei o note e atendi a ligação.

- Oiee – falei assim que vi ela.

- Oii, nossa que doidera ontem né?! – vi ela pegar um pacote de salgadinho e abrir.

- Ai, nem me fale, to só o pó. Toda doída de ficar dançando e morrendo de dor de cabeça – coloquei a mão na testa, doía só de lembrar – mas foi muito foda, temos que voltar lá.

- Siim, com certeza – ela concordou com a cabeça – e aí? O que você fez depois que separou todo mundo? – perguntou curiosa e comeu uma batata do salgadinho – AAAAH, e pode ir me falando que foi aquilo no final.

Coloquei as mãos no rosto e sorri envergonhada com o comentário, comecei a me lembrar de algumas cenas e meu coração acelerou quando me dei conta de quem o Sam havia falado que era o homem misterioso.

- MEU DEUS, o cara falou o que eu penso que falou? – rapidamente me recompus e perguntei pra ter certeza de que não inventei coisa.

- Depende. Se Bill Skarsgard for o que você ta pensando, então sim – ela disse com um sorriso sacana e lambeu o dedo. Eu me joguei na cama e coloquei as mãos na cabeça, não crendo no que tava acontecendo. Levantei e olhei indignada pra ela.

- Você tem certeza que ele disse isso? Cara, se você soubesse o que aconteceu, mano, você não ia estar aí desse jeito, calma – ela largou o pacote e prestou atenção no que eu dizia.

- Ué, então fala garota, não me deixa curiosa – olhei pra trás e a porta estava aberta, fui até lá e fechei, caso meus pais pudessem ouvir.

Votei e me apoiei de cotovelos no colchão.

- Então, não me lembro de tudo certinho, mas assim, depois de um tempo que eu tava mongando com o Alyfer lá na nossa mesa, eu fui até o bar pra pegar um whisky né. – ela me ouvia com atenção – Aí eu resolvi ficar por lá mesmo, sentei e fiquei brizando, daí eu vi que um cara sentou do meu lado, eu já tava meio bêbada então fiquei encarando ele.

- QUE? – ela deu risada.

- É véi, sei lá. Daí tipo, eu não me lembro direito, mas acho que ele pediu mais uma bebida pra mim e fico lá.

- Oxi. E você não viu quem era?

- Não, tava escuro e eu já não tava enxergando direito.

- Aff e aí?

- Aí que eu não sei o que me deu na cabeça que eu puxei ele pra pista e nóiz começo a dança – falei envergonhada e indignada comigo mesma por ter feito aquilo.

- Meu deeeus, eu queria muito ter visto isso – começou a rir sozinha – Você devia estar bêbada mesmo, pra ter feito isso.

Amor à Primeira Vista | Bill Skarsgård [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora